Irlanda do Norte – 1º Dia – Manhã

O primeiro dia desta viagem à Irlanda do Norte foi para nós o melhor dos 3 dias. Veio-nos buscar ao aeroporto um amigo nosso que vive em Belfast para depois seguirmos directos para a costa, com paragem a meio na destilaria Bushmills. Se quiserem fazer o mesmo (o que aconselho vivamente porque vale muito a pena) têm duas opções – ou marcam uma excursão que normalmente dura 1 dia inteiro e passa por vários pontos ou então alugam um carro e conduzem vocês pelos locais junto à costa que mais vos agrada. Esta última opção é a minha preferida mas para quem não gosta/possa conduzir há alternativas e não é por isso que não tem forma de visitar a costa do Norte da Irlanda.

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Quadro no café da destilaria Bushmills

Como disse acima, fizemos uma paragem a meio antes de chegar à costa ,  na Destilaria Bushmills. A destilaria abria às 10, e pouco mais tarde era dessa hora quando aqui chegámos. Antes de fazermos a visita fomos tomar o pequeno-almoço ao café adjacente ao bar da destilaria, pois nós já sabíamos que whisky em estômago vazio não é uma boa ideia. Claro que no café os preços são um bocado puxados, mas já se contava com isso. É o assim em todo os sítios turísticos. A visita à destilaria tem que ser feita com um guia,  mas começa uma de 10 em 10 minutos, por isso a espera não é longa. O guia avisa logo de início que não é possível tirar fotografias nem gravar dentro da destilaria, daí as fotos serem escassas. A visita em si foi bastante informativa e como já nos tinha sido dada uma explicação detalhada sobre o whisky escocês (Edimburgo – 4º Dia) percebemos mais facilmente quais as diferenças que existem entre whisky irlandês e escocês. No final da visita tivemos direito a experimentar dois tipos de whisky, um deles só é vendido ali naquela destilaria. Eu, não sendo muito apreciadora desta bebida fiquei por uma margarita de whisky, uma bebida bem mais feminina.

Depois de mais conhecedores de whisky seguimos para a Calçada dos Gigantes. O tempo quando lá chegámos apresentava-se como o que se espera do Reino Unido, chuva e frio. Para não ficarmos completamente encharcados apanhámos um autocarro que desce até perto do mar, onde se encontra efectivamente a Calçada dos Gigantes. Felizmente enquanto aqui estivemos o tempo melhorou e pudemos desfrutar mais à vontade desta zona.  Suponho que a maior parte de vós já tenha visto fotografias da peculiar paisagem que aqui nos é oferecida, as muitas colunas prismáticas de basalto como se formassem uma calçada feita para gigantes, daí o nome. Esta zona foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1986 e como Reserva Natural em 1987.

Existe uma lenda associada a esta zona, claro que existem varias versões mas esta era a que o meu amigo sabia:

“Segundo a lenda irlandesa, ali vivia um gigante chamado Finn MacCool que queria lutar com um gigante escocês, o Benandonner que vivia na costa escocesa em frente. No entanto, o gigante tinha um problema, não existia maneira de ele conseguir atravessar o mar. A lenda conta que MacCool resolveu o dilema construindo uma calçada que ligava as duas costas usando enormes colunas de pedra. O gigante escocês aceitou o desafio e viajou até à Irlanda usando a tal calçada. A mulher de Finn MacCool com medo que o marido fosse morto, enquanto este dormia vestiu-o como se de um bebé se tratasse. Quando Benandonner chegou à Irlanda e viu o “bebé” pensou “Se o bebé é deste tamanho, não quero saber de que tamanho é o pai” e a correr voltou para casa esmagando a calçada pelo caminho, de forma a que o gigante irlandês não o pudesse apanhar.”

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As “botas” de Finn MacCool

Por ali se podem encontrar rochas que dizem ser o orgão que o gigante irlandês tocava e as suas botas. Isto devido à forma das próprias rochas.

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O “Orgão” de Finn MacCool

Passeámos bastante tempo por ali – sabíamos que aquele seria o ponto alto da nossa viagem (e foi). Haviam de ver o meu noivo,  já ele estava contente a tirar milhares de fotos. Como tinha parado de chover subimos a colina a pé  e pudemos ver a paisagem de vários ângulos. Atenção para visitar a calçada não é preciso pagar, apenas se quiserem visitar o centro turístico que inclui um museu sobre esta zona, e o autocarro – 1 libra para cada lado. O museu não o visitámos, não achámos que valesse a pena, ao contrário da própria Calçada, que como já disse várias vezes, recomendo mesmo.

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