Belém
Eu vivi os primeiros 26 anos da minha vida nos arredores de Lisboa e por isso esta cidade tem um especial valor pessoal. Sempre que penso em Lisboa lembro-me de Belém, provavelmente por ser a parte da cidade que mais visitei. E é exactamente por Belém que vou começar na nossa viagem por Lisboa. Quando penso em Belém penso na torre de Belém, nos passeios lânguidos junto ao rio e claro os famosos Pastéis de Nata.

Claro que existe várias opiniões sobre este pastel. Afinal é ou nao é em Belém onde se come os melhores pastéis de nata no país? Como qualquer um de vós tenho a minha opinião pessoal sobre esse assunto, mas não quero levantar desacatos. Por isso ficamos-nos por: vale a pena comer um pastel de Belém na zona de Lisboa que lhe deu o nome.
Onde comer?
E falando já de comida começo por aqui. Eu e o meu marido adoramos um restaurante que por acaso fica mesmo ao lado da casa dos Pastéis de Nata chamado de Pão Pão Queijo Queijo. É um restaurante pequenino e por vezes é difícil encontrar mesa principalmente naqueles dias em que há uma fila enorme. Mas é um sítio com piada, acho muita graça aos vários azulejos com provérbios tradicionais portugueses. O tipo de comida pode-se dizer mediterrânea mas talvez seja mais focada no meio Oriente. As baguetes shawarma são as nossas preferidas sem qualquer dúvida e depois vêm acompanhadas com um molho de alho delicioso. Também podem escolher saladas e pitas com diferentes tipos de recheios mas para nós são mesmo aquelas baguetes a nossa escolha. Ali na zona também existe um Macdonald’s para quem estiver mais interessado em comida fast-food.

Para uma refeição mais completa tenho duas recomendações. Para um ambiente mais descontraído tem-se o mercado de Algés, onde há várias escolhas e o ambiente é sempre animado. Fica apenas a cerca de meia hora a pé mas se mesmo assim acharem longe, basta apanhar um Uber. Por outro lado, se forem como eu e adorarem sushi existe um restaurante muito bom, com vista para o mar em Paço de Arcos. O restaurante chama-se Mokuzai. Podem escolher ou não sushi “a la carte”.

Para docinhos e café, claro que quando se está em Belém, a recomendação são os Pastéis de Belém. A casquinha estaladiça com o molho cremoso não deixa ninguém sem água na boca.

Se quiserem uma refeição junto ao rio Tejo, com uma vista espectacular entre monumentos a escolha é o Nosolo Italia. Mesmo que não queiram fazer uma grande refeição ou mesmo refeição nenhuma podem sempre escolher entre um gelado ou um cocktail. A vista compensa. Se quiserem umas tostas e uma bebida quente numa esplanada ao sol há tambem este café muito apreciado, o cafe À Margem. Outra boa opção para se sentarem com vista para o Tejo.

O que visitar?
Viremos-nos agora para o que visitar em Belém. E preparem-se porque há muita coisa.
Primeiro temos claro a Torre de Belém. Esta torre de estilo manuelino foi construída no século XVI e impõe-se como um marco da época dos Descobrimentos. Por dentro é muito simples mas o valor histórico é sem dúvida irrefutável.


Se continuarmos junto ao rio avistamos rapidamente o Padrão dos Descobrimentos, a sua forma que lembra a proa de uma caravela e o Infante D. Henrique à frente acompanhado de muitos nomes importantes da época dos Descobrimentos como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e Bartolomeu Dias. No interior do Padrão dos Descobrimentos existem vários andares com diferentes exposições, mas o ponto alto é sem dúvida a vista do terraço. O rio, a outra margem com o Cristo Rei e a cidade de Lisboa mesmo ali ao lado, o que é preciso mais?


Passando a estrada existe outro monumento que todos de alguma forma já ouviram falar, o Mosteiro dos Jerónimos. Este mosteiro é um dos marcos mais importantes da arquitectura manuelina e não é preciso entrar para reconhecer a sua majestosidade. No entanto, ao entrar o detalhe dos claustros e a beleza dos jardins definitivamente requerem uma atenção extra. Dentro do Mosteiros dos Jerónimos existe o Museu Nacional de Arqueologia, onde se podem visitar várias exposições interessantes.

Mesmo ao lado existe outro museu que também vale imenso visitar e que mencionei ao de leve no post anterior. Este é o museu da Marinha que faz parte da Comissão Cultural da Marinha. A incrível colecção de caravelas, elementos náuticos e história portuguesa ligada à marinha fazem desta visita não só interessante mas também bastante agradável. Se quiserem entrada grátis venham visitá-lo de manhã nos primeiros domingos de cada mês e já agora aproveitem para visitar o Mosteiro dos Jerónimos com entrada grátis todos os domingos de manhã até às 2 da tarde.


Ao lado do Museu da Marinha temos o Planetário, também ele pertencente à Comissão Cultural da Marinha. Durante o dia há várias sessões diferentes, umas mais direccionadas para a pequenada e outras mais para adultos como por exemplo “O Fantasma do Universo – à procura da matéria escura”. Mas há várias sessões e também elas vão sendo que digamos “renovadas”. Eu já visitei o Planetário 3 vezes, uma vez em criança e duas já em idade adulta e a experiência é sempre fascinante. Na verdade, para quem tem algum interesse ou curiosidade sobre o cosmos acho que a informação apresentada e a explicação nas sessões consegue captar um grande interesse.

Mas um bocadinho acima temos o jardim Botânico Tropical. A entrada fica assim um bocadinho escondida e talvez por isso passe facilmente despercebido. No entanto, aqui encontram-se mais de 600 espécies de plantas, a maioria de zonas tropicais ou sub-tropicais. É um sítio que nos tira durante algumas horas da confusão da cidade e permite relaxar-nos em harmonia com a natureza.


Cruzeiro pelo Rio Tejo é a última experiência a fazer em Belém. E porquê eu digo a última? Porque nada como passear pelo rio Tejo e ver a luz dourada do pôr do sol a descer sobre a cidade de Lisboa. Eu comprei o bilhetes no site Viator para cruzeiro no rio Tejo ao pôr-do-sol com bebida e petiscos a sair de Belém (ao lado do Padrão dos Descobrimentos). Este cruzeiro é operado pela empresa Lisboa by boat. Não há nada melhor do que ver a cidade de outros prisma de copo na mão a ouvir as histórias dos pontos mais importantes na cidade das sete colinas – a famosa Lisboa.
Lisboa é uma cidade muito especial, não só foi onde morei durante 26 anos mas também pela sua cor, luz e arquitectura. Demorei muito tempo a decidir que estava na altura de escrever sobre Lisboa, porque tenho a sensação que por muito que diga sobre a cidade, nunca ficará à altura da sua potencialidade.

No entanto vou começar com um aviso para aqueles que nunca estiveram em Lisboa – tenham pernas. Lisboa é conhecida pela cidade das 7 colinas e por alguma razão o é. Já tive colegas e amigos que vieram visitar Lisboa e que pediram ajuda e ideias de onde visitar e o que fazer, mas regressam sempre com a mesma frase – porque não nos avisaste que em Lisboa é tudo a subir?! É que para ir a qualquer lado é preciso escalar uma ruazinha inclinada com a famosa calçada portuguesa que aumentar o risco de partir uma pena em 100%. Ou de dar de caras no chão. Por isso talvez fazer umas caminhadas antes de visitar Lisboa não será uma ideia completamente absurda.
Centro de Lisboa
Para não assustar já com subidas pela cidade fora vou começar por um local que eu gosto muito, o Terreiro do Paço, uma larga praça junto ao rio. Mesmo em frente encontra-se o Cais das Colunas com uma parede perfeita para nos sentarmos a olhar para o rio com a ponte 25 de Abril e a estátua do Cristo Rei no horizonte. No centro do Terreiro do Paço podem encontrar a estátua do rei D. José I. D. José I também conhecido como o Reformador teve um papel importante na reestruturação das leis, da economia e da sociedade transformando Portugal num país moderno para a época. Esta reorganização do país não poderia ter sido realizada sem o apoio do seu secretário de estado, o Marquês de Pombal. Ambos reconstruíram Lisboa depois do terrível terramoto e tsunami de 1755 que destrui grande parte da cidade.

Terramotos têm sido atualmente um tema bastante falado depois do terramoto na Turquia e Síria. Isto porque se eles têm um terramoto a comunicação social foi logo buscar que nós em Portugal também temos e um pode estar prestes a acontecer, como se fosse uma espécie de competição onde apenas o medo da população sai como resultado. E virem ainda políticos dizerem que Lisboa está muito, mas muito preparada para um terramoto é a mesma coisa que dizer que um barco furado está muito mas muito preparado para uma viagem transatlântica. Enfim.


Há entrada da cidade de Lisboa percorrendo o Terreiro do Paço encontra-se o Arco da Rua Augusta. Pode-se subir até ao topo do arco o que recomendo porque a vista sobre Lisboa é completamente fantástica. Atravessando o arco encontram-se na famosa Rua Augusta que é uma das mais conhecidas da baixa de Lisboa. Há várias lojinhas e restaurantes, mas aconselho a escolherem restaurantes mais escondidos entre várias ruazinhas estreitas, uma vez que estes para além de serem mais caros são também menos autênticos.
Pequeno-almoço
Para pequeno-almoço aconselho a Sacolinha. Apesar de nunca ter estado nesta pastelaria em Lisboa existe uma a 5 minutos da casa dos meus pais e é sempre uma delícia tanto os bolos como as miniaturas como os pães de leite, entre muitas mais tentações. Sempre que vou a Portugal há sempre uma paragem na Sacolinha.



E assim se encontram na zona do Chiado onde se encontram os famosos armazéns do Chiado agora transformados num centro comercial, o elevador de Santa Justa e também na zona do Delirium Cafe. Delirium cafe não é marca portuguesa, mas sim holandesa, no entanto é onde vão encontrar as mais diferentes cervejas e se forem gulosos como a minha mãe também vão encontrar doces. Ou se quiserem antes um gelado aconselho Amorino, uma gelataria italiana, sempre cheia, mas onde a espera vale a pena. Nos dias de 40ºC um gelado é sempre uma boa desculpa para fugir ao calor.



O que visitar durante o dia
Com energias renovadas sejam pelos doces da Sacolinha ou pela cerveja do Delirium começa-se então a subir até ao Museu Arqueológico do Carmo que fica no largo do Carmo.

O Museu Arqueológico do Carmo encontra-se junto às ruínas do Convento do Carmo, um antigo convento da Ordem dos Carmelitas da Antiga Observância, fundado em 1389 pelo D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável de Portugal. Infelizmente, parte da igreja e convento foram destruídos durante o terramoto de 1755. Ainda se deu início à reconstrução do edifício que não foi concluída de forma a que hoje se vê as grandes colunas a céu aberto como era o gosto romântico pelas ruínas e por antigos monumentos medievais do século XIX, altura em que se decidiu não completar as obras, formando este cenário idílico. No museu propriamente dito existem em exposição várias peças de valor histórico, arqueológico e artístico acompanhando uma viagem pelo tempo, desde a Pré-história à época contemporânea.



Metendo-nos mais pelas ruas estreitas de Lisboa avançamos até à Sé de Lisboa. A primeira vez que visitei a Sé foi em 2022 e é completamente magnífica. 1147 foi o ano em que a Sé de Lisboa começou a ser construída sendo hoje considerada a igreja mais antiga de Lisboa. Também parte deste edifício foi destruído no terramoto de 1755 (como podem-se aperceber foi uma grande catástrofe em Lisboa, que ainda hoje é recordada) e desde 1761 até 1940 houve várias obras de reconstrução e de renovação de várias partes da Sé como a Capela do Santíssimo, a torre sul, a cobertura da nave, abóboda da nave central e a rosácea central. Desde 1910 que a Sé de Lisboa é classificada como Monumento Nacional.



Para continuar o dia há duas boas escolhas: voltarem-se para as várias ruazinhas de Lisboa ou visitar o Castelo de São Jorge. Eu confesso que nunca o visitei, apesar de muitas vezes ter estado nos meus planos. O Castelo no cimo da colina de Lisboa é impossível de não chamar a atenção. No final do dia nada como ver o pôr do sol ou no Terreiro do Paço, junto ao Tejo, ou num dos muitos miradouros que se espalham pela cidade como o Miradouro de Santa Catarina ou o Miradouro de Santa Luzia.

Jantar e noite
Quando o sol se esconder e o próximo passo for comer nada como jantar num ambiente descontraído como o Time Out Market também ele conhecido como Mercado da Ribeira. O que há mais são escolhas para comer e beber. Claro que talvez vos agrade mais um rooftop bar, principalmente em dias quentes de Verão. Eu tive oportunidade de visitar o Le Chat que de momento se encontra encerrado mas abre brevemente. E quando reabrir é certamente um dos meus sítios recomendados para beber, comer e descontrair com uma vista espetacular sobre Lisboa. Entretanto existem outros rooftop bars na cidade talvez possam ver as recomendações do website TimeOut do qual deixo aqui o link: https://www.timeout.com/lisbon/bars-and-pubs/best-rooftop-bars-in-lisbon
E quem conhece os portugueses sabem bem que são pessoal sempre virado para a festa e por isso deixamos duas recomendações para passar a noite. A primeira está disponível todo o ano e é ele o Bairro Alto. Não há nada mais icónico do que passar a noite nas várias ruelas deste bairro a experimentar vários bares e bebidas. Aqui há uma atmosfera especial. E sim, como morada da zona grande de Lisboa, vim ao Bairro Alto muitas vezes – não perguntem a quais os bares fui mas também quem se lembra desses pormenores depois de uns quantos shots em cima. Bairro Alto é sem dúvida o local a não perder. Ah e já agora não se admirem se vos quiserem vender erva, várias vezes durante a noite, não é estranho por aqui, na verdade já faz parte da experiência.
Mais icónico do que o Bairro Alto talvez seja visitar Lisboa durante os festejo do santo padroeiro da cidade – Santo António. Festeja-se um pouco por toda a cidade durante o fim-de-semana de 13 de junho, dia que é feriado em Lisboa, mas onde se querem perder é em Alfama. Nas ruas estreitas onde o manjerico, a sardinha assada e a música são os reis. Não há nada como Lisboa na altura dos santos, onde há um mar de gente, alegria e comida.
Lisboa & Parque das Nações
Mais um dia em Lisboa, a explorar a cidade conhecida pela sua luz dourada e edifícios coloridos. Lisboa é mais do que uma cidade, é um estilo de vida, é procurar tesouros e encontrá-los a cada recanto, é ouvir rap numa rua e Amália a plenos pulmões na outra. É subir e descer, é bater com o mindinho na calçada e é dançar até de madrugada.

Hoje vamos procurar sítios menos conhecidos pela cidade de Lisboa. Mas primeiro vamos ao pequeno-almoço. Eu no final do post contar-vos-ei de um local que experimentei com a minha família, um daqueles locais onde se toma o brunch, mas que pelos vistos só aceitam pessoas jovens e em grupos de menos de 5 pessoas. Depois vejam no final, para não estragar já o post, depois de tanta inspiração no primeiro parágrafo. Então comecemos pelas delícias d’ A Padaria Portuguesa. Há muitos cafés da mesma companhia espalhados pela cidade de Lisboa mas aconselho começarem pelo que fica perto da Rua Augusta.

Isto apenas para já nos encaminharmo-nos para o próximo destino – o Museu Nacional do Azulejo. Podem ir a pé mas eu aconselho a apanharem a camioneta na Praça do Comércio. Este é um dos museus que grita Portugal com toda a força. Nada é mais conhecido como tipicamente português do que um azulejo, principalmente aqueles a azul e branco. O mais impressionante neste museu é um longo painel de azulejos onde Lisboa está representada. O museu foi desenvolvido onde outrora era o antigo convento de Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor.

Na exposição permanente podem-se visitar azulejos desde o final do século XV até à actualidade. A grande maioria destes azulejos foram feitos em Portugal, tal como objectos tridimensionais, estes em cerâmica. A arte de fazer azulejos é admirável, especialmente porque apenas se vê a cor final depois do azulejo estar cozido. É um orgulho da cultura portuguesa que se encontra espalhada por todo o Portugal.
De volta ao centro de Lisboa, a pé ou de camioneta, é tempo de experimentar uns cachorros-quentes. Tanto podem escolher a Avenida da Liberdade onde encontrarão Hot Dog Lovers para o melhor cachorro-quente da cidade. São tão deliciosos que eu e os meus pais chegámos a fazer uma viagem de quase 1 hora (ida e volta) só para vir buscar estes cachorros-quentes. Até de pensar já estou a salivar (a teoria do cão Pavlov a ser mais uma vez confirmada).

Daqui podem apanhar o metro para a estação “Praça de Espanha” ou “São Sebastião”. No entanto, se estiverem mais numa de passear pela cidade a pé talvez possam antes ir aos cachorros-quentes do Frankie Hot Dog para uma refeição mais substancial (se estão a passear a pé, merecem-no!). Pelo caminho do Frankies até ao Jardim Zoológico podem ir até à Fundação Calouste Gulbenkian, criada em 1956, em homenagem a Calouste Sarkis Gulbenkian. A fundação conta com um museu onde está exposta a coleção de Calouste Gulbenkian. Eu estive prestes a dizer que era a coleção privada, mas já não é assim tão privada se a podem visitar a qualquer altura. Também podem aqui encontrar o Centro de Arte Moderna onde se encontra a mais importante e proeminente coleção de arte moderna e contemporânea portuguesa, a biblioteca de arte e arquivo, o instituto de investigação científica e um jardim maravilhoso. Eu visitei esta fundação quando fui assistir uma palestra sobre o ambiente, e há sempre vários eventos a decorrer dos quais vocês também podem desfrutar. Cliquem aqui para entrar no website da fundação e ver as exposições temporárias ou eventos que estarão a decorrer na altura da vossa visita.
Se estiverem virados para a animação é nesta zona que se encontra o Jardim Zoológico ou se estiverem mais virados para compras ou para visitas “dentro de portas” podem encontrar o El Corte Inglés. Eu já visitei os dois locais, mais do que uma vez, e seja qual for a vossa inclinação, será certamente uma boa escolha. E já que se encontram perto da estação de metro de “São Sebastião” saltem agora para a linha vermelha até “Oriente”.


E assim se encontram numa das zonas mais famosas de Lisboa, que já não é bem em Lisboa, o Parque das Nações. Podem não acreditar mas está é uma zona requalificada junto ao rio Tejo onde antigamente era ocupada por grandes infraestruturas industriais incluindo o Matadouro Industrial de Lisboa e o Aterro Sanitário. Toda esta zona foi transformada no agora magnífico Parque das Nações com um longo passadiço junto ao rio Tejo, um teleférico para longas vistas sobre a água, um grande centro comercial e muitos restaurantes. Em 1998, o Parque das Nações foi palco do grande evento conhecido como Expo 98, uma grande exposição internacional como tema “Os oceanos: um património para o futuro”. Hoje o Parque das Nações é uma zona de lazer onde se encontra o famoso Oceanário de Lisboa. Aqui vivem mais de 8000 criaturas marinhas em 7 milhões litros de água salgada. Desde aves a peixes a anfíbios, à parte vegetal, a visita ao oceanário é sempre especial.


Se em vez do Jardim Zoológico ou do El Corte Inglés decidirem passar a tarde no Parque das Nações também não se arrependerão, apesar de achar que o Jardim Zoológico é uma boa aposta. Uma visita ao oceanário, um passeio de teleférico e acabar o dia a jantar no terraço do centro comercial ou num dos muitos restaurantes espalhados pelas ruas, o dia para terminar a visita à cidade de Lisboa, não podia acabar melhor. Talvez apenas com um espetáculo no Pavilhão Atlântico, agora conhecido como Altice Arena. E só assim um aparte – a minha universidade fica a 5 minutos do Parque das Nações e não tenho nenhuma fotografia na zona sem pessoas a posar para as fotografias. As coisas que se aprende como se vivia antigamente – sem um telemóvel sempre na mão a apontar a câmara em todas as direções como se estivéssemos num carrossel descontrolado.

E assim acabo o terceiro post sobre Lisboa, começámos em Belém, atravessámos o centro de Lisboa até ao Parque das Nações. Foram 3 dias cheios de cultura, com muita comida à mistura e a acabar os dias com pôr de sol numa cidade inundada pela luz dourada de ternura.
Discloser: Em seguida vou dar uma crítica negativa a um dos locais que experimentei em Lisboa. Se quiserem deixar esta parte de fora, eu compreendo.
No último outubro eu quis passar algum tempo em família e por isso decidi tirar uns dias para passear com os meus pais em Lisboa. Neste dia também a minha sogra e cunhada vieram de Abrantes, o que foi algo muito importante para mim. Para almoçar eu fiz a infeliz decisão de introduzir o brunch na nossa viagem. Escolhi o Seventh Lisboa Chiado pela boa pontuação e maravilhosas reviews. Quando chegámos havia fila, mas já tinha passado pelo mesmo no Canadá, no Jam Cafe, e em Gante no Luv l’Oeuf. Nestes locais também havia uma grande fila, o que era esperado, mas a organização dos locais não tem comparação. No Canadá esperámos cerca de meia hora e em Gante diria de 30 a 45 minutos. E nestes dois locais tinha valido a pena à espera, a comida era simplesmente divinal. Neste restaurante em Lisboa não se passou o mesmo. Primeiro tivemos à espera cerca de 2 horas para nos sentarmos, e quando chegámos à porta para entrar foi quando nos disseram que não aceitavam grupos de 5. Sem nenhum aviso à porta e depois de esperar tanto tempo é claro que ia haver mesa para o nosso grupo. No entanto, se eles preferem grupos de pessoas mais novas, deixam lá que o deram a entender com os vários olhares de julgamento que as empregadas nos lançaram. E pior de tudo – a comida não era nada de especial. Por isso a minha review é NÃO percam o vosso tempo aqui. Há escolhas bem melhores, com melhor comida, menos tempo de espera e a preço e empregados bem mais simpáticos.