O destino desta viagem foi decidido pelo meu namorado. Como ele fazia anos agora em Novembro, decidimos ir a qualquer lado para festejar. Ele decidiu-se logo por Bruxelas. Não por causa dos chocolates ou das waffles. Claro que foi por causa da cerveja. Para verem o quanto ele estava entusiasmado até tínhamos dois roteiros, um com os sítios que queríamos visitar, monumentos, igrejas e outro onde ir beber. Mas já lá vamos. A primeira decisão foi como ir. O preço dos voos estavam mais caros que o esperado e por isso encontrámos uma alternativa. Visto que vivemos perto de Londres, decidimos apanhar o comboio Eurostar. E assim comprámos os bilhetes. Foi uma boa surpresa. Não há filas intermináveis de espera, não há atrasos e não é preciso estar lá muito tempo antes do voo. Ou seja, não tem o problema mais comum que o mundo sofre: Pessoas. A viagem foi de 2 horas com uma paragem rápida a meio do caminho em França. A segunda escolha: onde dormir. Nós não queríamos gastar dinheiro em transportes e por isso decidimos ficar a meio do caminho entre a estação do comboio e o centro da cidade. Ficámos no Bedford Hotel & Congress Centre. Este hotel está a 10 minutos da estação de comboio e a 10 minutos, se tanto, do centro da cidade.
Então agora sobre os nossos itinerários:
Cervejas
No centro
Delirium Café – Impasse de la Fidélité 4
A la Mort Subite – Montagne-aux-Herbes Potagères 7
Poechenellekelder – Rue du chêne 5
Na região de Flagey
Le Pantin – Chaussée d’Ixelles 355. IR ANTES DAS 18:30h
Belga – Place Eugène Flagey 18
De Valera’s
Na região de St. Gilles
Brasserie de l’Union – Parvis De Saint-Gilles 55
Comidas
COSTELINHAS DE PORCO – Amadeo
WAFFLES – A Maison Dandoy
CHOCOLATE – Pierre Marcolini, Laurent Gerbaud e Mary
Visitar
No centro
GRAND PLACE
MANNEKEN-PIS
IGREJA NOTRE-DAME DE BON SECOURS – Rue du Marché au Charbon 91
IGREJA ST. NICOLAS – Petite Rue au Beurre 1
LES GALERIES ROYALES SAINT-HUBERT – Rue du Marché aux Herbes 90
CATEDRAL DE SÃO MIGUEL E SANTA GUDULA – Place Sainte-Gudule
IGREJA NOTRE-DAME DU SABLON – Rue de la Régence 3
MUSEUS REAIS DE BELAS ARTES – Rue de la Régence 3
Não sei se se aperceberam mas o que vem primeiro é onde ir às cervejas. Claro que isto foi feito pelo meu namorado.
Mas a viagem a Bruxelas acabou por ser inesperada, acabou por ser muito mais que cerveja, waffles, chocolates e batatas fritas. Aqui foi onde vi as igrejas mais bonitas (até agora pelo menos) e a cada canto há algo para ver. Também fiquei admirada com o valor que dão a uma estátua que mija, mas pronto.
Bruxelas – A chegada
Partimos para Bruxelas na sexta-feira à noite (o comboio partiu às 19:30) depois de sairmos do trabalho. A viagem é apenas de 2 horas com uma paragem rápida a meio em França.
Chegámos ao hotel por volta das 10 e meia da noite (na Bélgica é mais uma hora que em Portugal) e depois de fazermos o check-in fomos à comida. Durante a tarde tinha andado a ver o que estava aberto até tarde e que fosse perto do hotel e encontrei boas reviews do Fritland. Posso-vos dizer que foi onde comi as melhores batatas fritas da minha vida. Nunca tinha percebido muito bem qual era a fixação de comer batatas fritas em cone, mas depois de as ter experimentado dou-lhes razão. São mesmo boas.
Fritland Grand Place Grand Place
Depois de jantados, fomos ver a cidade e acabámos por ir dar ao Grand Place. A nossa primeira impressão de Bruxelas quando saímos da estação de comboio e fomos para o hotel não foi muito gratificante. Bruxelas pareceu-nos um sítio não muito seguro mas o Grand Place mudou-nos definitivamente a nossa opinião sobre esta cidade. Acho que as fotografias falam por si.
Depois disso, claro que o meu namorado quis ir beber qualquer coisa. Não podia faltar. Fomos a um dos muitos cafés que se podem encontrar à volta do Grand Place e assim acabámos o nosso primeiro “dia” em Bruxelas

Bruxelas – 1º Dia
Aqui vamos ao segundo dia da nossa viagem a Bruxelas. Como viemos só num fim-de-semana prolongado tivemos que aproveitar cada minuto. Fomos primeiro ao pequeno-almoço que como já nos conheço marquei com a reserva do hotel. Se não já sabia que era um stress logo de manhã arranjar sítio para comer. É que ninguém escolhe onde ir comer, depois ficamos com fome e rabugentos e é logo um mal começo do dia. Em relação ao pequeno-almoço no hotel, recomendo mesmo, tem bastante escolha e tudo tem aspecto muito limpo e arranjado.
Então de barriguinha cheia lá partimos para o nosso passeio que era um misto de ver igrejas e monumentos e parar para ir experimentando cerveja. Fomos primeiro à igreja Notre-Dame de Bon Secours que fica na Rue du Marché au Charbon 91. Esta igreja de estilo barroco foi construída quase exclusivamente com arenito branco local. A rua onde se encontra é uma das 7 que nos leva ao Grand-Place. Esta rua é mencionada desde o século XVII.
Em seguida fomos ver o tal memorável Manneken-Pis. Réplicas da estátua estão por toda a parte na cidade, em cafés, em restaurantes, pelas ruas, a sério está mesmo por todo o lado. Eu na verdade estava à espera de uma estátua enorme. Mas não, a estátua é minúscula. Pelo vistos é uma reacção normal. Pelo que li, a estátua actual de bronze foi ali colocada em 1619 para substituir a primeira versão desta estátua que era de pedra. A estátua representa a necessidade da distribuição de água potável naquela zona. Na verdade, existem várias lendas à volta do Manneken-Pis. Já foram feitas várias tentativas de roubo (o que por acaso não me espanta). Nós tivemos sorte porque tivemos a oportunidade de ver a mudança de roupa da estátua, uma formalidade deveras impressionante que teve direito a procissão e tudo.
Depois de vermos o espectáculo, fomos beber uma cervejinha a um bar que ficava mesmo ao lado da estátua, o Poechenellekelder. Como ainda era cedinho éramos os únicos no estabelecimento. É um sítio que a minha mãe diria que estava cheia de canquilharia, mas na verdade são colecções de tudo e mais alguma coisa. É considerado um dos mais famosos bares da Bélgica. Se querem ver cliquem aqui: http://www.poechenellekelder.be/
Daqui fomos ao Grand-Place. Já lá tínhamos estado na noite anterior, mas em Bruxelas acabas sempre por aqui passar. Tal como o nome indica é a praça central. É onde fica a câmara municipal e a casa do rei (onde se encontra o museu da cidade de Bruxelas). Está inscrita desde 1998 na lista de Património Mundial pela UNESCO. Quando aqui chegámos estava a decorrer um casamento, mas como não nos apercebemos íamos já a caminho do interior da igreja. Só vimos que não era suposto ali estarmos quando a fotógrafa nos pediu para desviar. E assim, no meio do Grand-Place éramos penetras num casamento.
Depois da vergonha que passámos e sem termos entrado na igreja o nosso próximo ponto foi a vez da Igreja St. Nicolas. É uma pequena igreja lindíssima mesmo no meio de Bruxelas que vale a pena visitar. Como vos disse, as igrejas em Bruxelas são mesmo bonitas.
E com isto a nossa manhã tinha quase acabado. Para descansar decidimos, claro está, ir beber mais uma cervejinha e petiscar qualquer coisa a outro bar: À la morte subite. Pelo caminho passámos pelas Les Galeries Royales Saint-Hubert. Estas galerias são em termos muito simples um corredor com lojas e cafés. À la morte subite é um bar famoso que tem o seu nome derivado a um jogo. Para ver a história clique aqui: https://alamortsubite.com/en/. E assim acabou a nossa manhã por Bruxelas.
Agendado estava a seguir a Cathédrale Saints-Michel-et-Gudule. Nada do que vimos até agora ficava longe, por isso apesar de termos visto muito não estávamos exaustos (ainda). Cada coisa ficava a cerca de 5-10 minutos a pé. A catedral se é bonita por fora, por dentro ainda é melhor. Os vitrais são tão, mas tão bonitos que nem as fotografias conseguem captar o seu total esplendor. Se vierem aqui a Bruxelas esta catedral é mesmo um sítio a não perder. Nós para além de vermos a igreja também fomos a uma exposição de uma cidade romana que se encontrava debaixo desta catedral. Por fim, fomos a uma outra exposição que apesar de estar também dentro da igreja tínhamos que pagar 2 euros para termos acesso. Enquanto aqui estivemos a senhora que estava à entrada da exposição explicou-nos um pouco o que os items da exposição significavam tal como os vitrais da igreja.
Maravilhados com o que tínhamos visto, fomos todos contentes para o passo seguinte: Les Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique.

Na verdade, ali na zona existem mais museus como por exemplo o da música. Mas fomos realistas, sabíamos que não tínhamos tempo para ver todos e achámos este o mais interessante. E ainda bem que assim foi, o museu é enorme e passámos aqui a maior parte da tarde. Mas valeu bem a pena. Não vou por aqui muitas fotos, mas acreditem é um museu mesmo muito bom.
Quando saímos do museu já era quase de noite mas também só tínhamos mais uma paragem antes de ir jantar. Fomos à Igreja Notre-Dame Du Sablon. Esta igreja de estilo gótico é considerada uma das mais bonitas da Bélgica. Foi pena que já estivesse escuro, porque a nave central da igreja é quase exclusivamente iluminada de luz natural que atravessa os vitrais.
Para jantar decidimos ir ao restaurante Amadeo. Quando chegámos estava uma fila enorme e o empregado disse-nos que se não tínhamos reserva, não tínhamos mesa. Isto foi por volta das 7 horas. Decidimos ir dar uma volta por ali, ver se encontrávamos outro restaurante, mas acabámos por lá ir tentar outra vez passado 1 hora. Felizmente o restaurante estava quase vazio. Arranjaram uma mesa para nós num instante. O Amadeo é um restaurante que tem como prato tradicional costelinhas de porco com molho barbecue. E podes comer o quanto quiseres que eles vão sempre trazendo mais. A carne era boa, mas eu até do que gostei mais foi da batata assada com um molho que não sei bem do que era, mas era muito bom. Recomendo.


Para final do dia, aqui sim já estávamos de rastos, acabámos a noite num sítio que era mais café do que bar ao pé do nosso hotel e que tínhamos reparado no dia anterior. Foi aqui que o meu namorado diz que bebeu a melhor cerveja de toda a viagem, a “Bush”.
Bruxelas – 2º Dia
E chegámos a domingo. Isto a cada dia que passava estávamos mais cansados. É o problema de querermos ver muita coisa e não termos tempo. Hoje, no entanto, as previsões era de ser um dia mais calmo mas com bebedeira para o final da noite. Primeira coisa do dia claro que foi o pequeno-almoço no bucho. Depois lá fomos à nossa vida. O que fizemos primeiro? Não adivinham? Fomos a um bar ao pé do Grand Place para uma cervejinha.

Ah pois, não podia faltar. Havia quem já lá estivesse a beber bem. Aquele bar, como muitos em Bruxelas, oferecem uma espécie de prova de cervejas belgas. É basicamente um metro de 6 cervejas belgas diferentes e acreditem que já havia às 11 da manhã quem marchasse aquilo. Nós decidimos que também queríamos experimentar mas íamos deixar para a noite.
Então em seguida fomos às Waffles. Há muitos sítios a vende-las principalmente ao pé do Manneken-Pis, mas nós fomos à Maison Dandoy. Pelas reviews estas eram as melhores waffles de Bruxelas e se Maison Dandoy não é a mais antiga casa de waffles é uma das, contando já com 150 anos. As waffles por acaso são muito boas. Foi pena estarmos tão cheios do pequeno-almoço que tínhamos tido há menos de uma hora atrás.

Hoje o dia tinha sido planeado pelo meu namorado e como não podia deixar de ser o dia era focado em experimentar cervejas e pelos vistos, de acordo com ele, os melhores sítios encontravam-se mais para o lado sul-este de Bruxelas, na região de Flagey. Como pelo caminho íamos passar pelo Parlamento Europeu decidimos ir lá (ainda por cima começou a chover mesmo muito nesta altura). A entrada é gratuita e ainda podes tirar uma selfie com um dos fundos do parlamento que depois podes mandar para o teu mail (foi só rir com as nossas caras). Aquilo é giro.
Fomos então andando para a zona dos tais famosos bares, que pelo que o meu namorado me disse também é uma zona onde moram muitos portugueses e acreditei nele no momento em que vi esta estátua.

Com isto chegámos ao Place Eugéne Flagey, uma praça rodeada por vários cafés. Começámos então por um um Irish bar chamado De Valera´s. Eu experimentei algo que gostei imenso, cidra com qualquer coisa. Epá tenho mesmo muita pena de não saber o que era (epá não me lembro). Para o meu namorado foi mais uma cerveja para experimentar. Se vieram cá, venham com alguma fome e peçam qualquer coisa para petiscar porque a mim parecia-me tudo com muito bom aspecto e era cada prato!

Depois era para irmos a um café chamado Le Patin. Nós entrámos mas saímos sem experimentar nada (talvez demasiado alternativo para nós?). Mas entrámos porque este sítio tem muito boas reviews nos vários sites que vimos.

Em seguida era o café Belga e acredito que deva ser mesmo bom porque havia uma fila gigante à porta (não sei se seria por ter música ao vivo?). Pelo que li é pela arquitectura do edifício e por ser uma sítio que transmite o verdadeiro espírito belga que é assim tão famoso. Até podíamos ter ficado na fila mas visto que estava a chover achei que a cerveja não valia a pena uma constipação. Pelo menos tirámos a fotografia.
Com isto voltámos para trás. E estava assim feita a nossa grande prova de cervejas. Bem ao menos fomos ao Parlamento e vi uma estátua de Fernando Pessoa. Não é a mesma coisa que estar na Baixa-Chiado em Lisboa mas ver algo do nosso país em outro sempre nos aquece a alma.
E chegava a altura de começar a pensar onde ir jantar. Como tínhamos aprendido na noite anterior o melhor era marcarmos mesa. Para o jantar queríamos algo tipicamente belga e assim encontrámos o Grimbergen Café. Marcámos mesa através do site https://www.thefork.com/city/brussels/68211, com o qual ainda tivemos desconto. Assim o jantar ficava resolvido.

Como ainda havia luz do dia, decidimos voltar à Igreja Norte-Dame du Sablon para vermos bem os vitrais. E valeu a pena, realmente a Bélgica tem igrejas lindíssimas para ver.
Fomos ainda a um miradouro ao pé do Palácio da Justiça e assim vimos o sol a pôr-se nesta cidade que foi a nossa casa por um fim-de-semana.
Fomos então jantar e depois apanhar a tal prometida bebedeira, começando a festa com a “prova de cerveja”. E assim, começou o dia de anos do meu namorado, a razão para aqui estarmos. Já agora o café onde fomos de manhã e no final do dia (foi o mesmo que fomos na primeira noite) chama-se “Au Brasseur” e a melhor cerveja do tal metro foi a Waterloo (a mais escura, os dois concordámos).
Bruxelas – Último Dia
E assim chegámos ao nosso último dia. Foi uma fim-de-semana cansativo mas valeu a pena. E hoje também aprendemos que o nosso corpo não está nos 20’s mas sim nos 30’s e que já não lidamos com o álcool muito bem. Depois da noite passada eu acordei com uma ressaca daquelas lixadas. Dor de cabeça, sede e vontade de vomitar. Huuummmm, que maravilha! Como a vontade de vomitar piorou, lá vou eu a correr para a casa de banho e vá de meter os dedos à boca. Já que é isso que o corpo quer, é isso que lhe dou. Depois deste episódio fiquei bem. Tomei banho e ala para o pequeno-almoço. O meu namorado foi mais do género:
“Epá estou muito cansado não vou ao pequeno-almoço”.
Chego do pequeno-almoço está ele a tomar banho e a dizer “Ai eu não estou nada de ressaca”.
Sai da casa-de-banho “Epá estou-me a sentir enjoado.”
E esteve com vontade de vomitar o dia todo.
Como eu não queria perder as últimas horas, visto que tínhamos comboio às 5 da tarde, fomos dar uma volta a ver se o frio lhe fazia bem. Acabámos por ir ver a estátua da Jeanneke Pis (versão feminina do Manneken-Pis, fotogtafia à direita em baixo). Fomos depois ver uma igreja que tínhamos reparado quando ontem tínhamos ido jantar ao Grimbergen café. Ficámos a saber que se chama Igreja de Sainte-Catherine. Demos por ali uma voltinha rápida e como eu já tinha enfiado na cabeça que queria ver a basílica fomos até à basílica Sacré-Coeur.
O meu namorado apesar de estar com mais vontade de vomitar do que de andar, disse para irmos porque sabia que eu queria ver a basílica. Mas sim, ainda foi uma horita a andar. Mas lá acabámos por chegar. Confesso que fiquei um bocado desiludida, depois das igrejas que tínhamos visto pensei que a basílica seria uma coisa impressionante e, de facto é, mas por fora, por dentro é grande sim senhora mas não é nada comparável ao que tínhamos já visto em Bruxelas.
E com isto já estávamos um bocado atrasados. Já eram 14:30 e daí uma hora era para estar no hotel para ir buscar as malas. Ainda tentámos ir de metro, mas nós feito anjinhos não percebemos um chavo da rede de metro e então é que foi dar à perna. Já nem havia enjoo nem havia nada. Vejam lá que até acabámos por chegar mais cedo ao centro de Bruxelas. Com tanto exercício precisávamos de petiscar e fomos mais uma vez ao Fritland comer umas daquelas óptimas batatas fritas. Hum, só de lembrar já estou a salivar. Fomos também às waffles, porque eu queria experimentar uma waffle daquelas que se vendiam por toda a parte em Bruxelas, mas um conselho vão antes à Maison Dandoy. A waffle que comi não valia nada, acabei mesmo por deitar um resto fora.
E assim, de estômago cheio (e com o meu namorado a dizer que já estava enjoado outra vez) lá fomos buscar as malas ao hotel e seguir para a estação de comboio. Acabou então esta nossa visita atribulada a Bruxelas.
Até à próxima!
A foto da nossa viagem
