Mais um dia em Lisboa, a explorar a cidade conhecida pela sua luz dourada e edifícios coloridos. Lisboa é mais do que uma cidade, é um estilo de vida, é procurar tesouros e encontrá-los a cada recanto, é ouvir rap numa rua e Amália a plenos pulmões na outra. É subir e descer, é bater com o mindinho na calçada e é dançar até de madrugada.

Hoje vamos procurar sítios menos conhecidos pela cidade de Lisboa. Mas primeiro vamos ao pequeno-almoço. Eu no final do post contar-vos-ei de um local que experimentei com a minha família, um daqueles locais onde se toma o brunch, mas que pelos vistos só aceitam pessoas jovens e em grupos de menos de 5 pessoas. Depois vejam no final, para não estragar já o post, depois de tanta inspiração no primeiro parágrafo. Então comecemos pelas delícias d’ A Padaria Portuguesa. Há muitos cafés da mesma companhia espalhados pela cidade de Lisboa mas aconselho começarem pelo que fica perto da Rua Augusta.

Isto apenas para já nos encaminharmo-nos para o próximo destino – o Museu Nacional do Azulejo. Podem ir a pé mas eu aconselho a apanharem a camioneta na Praça do Comércio. Este é um dos museus que grita Portugal com toda a força. Nada é mais conhecido como tipicamente português do que um azulejo, principalmente aqueles a azul e branco. O mais impressionante neste museu é um longo painel de azulejos onde Lisboa está representada. O museu foi desenvolvido onde outrora era o antigo convento de Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor.

Na exposição permanente podem-se visitar azulejos desde o final do século XV até à actualidade. A grande maioria destes azulejos foram feitos em Portugal, tal como objectos tridimensionais, estes em cerâmica. A arte de fazer azulejos é admirável, especialmente porque apenas se vê a cor final depois do azulejo estar cozido. É um orgulho da cultura portuguesa que se encontra espalhada por todo o Portugal.
De volta ao centro de Lisboa, a pé ou de camioneta, é tempo de experimentar uns cachorros-quentes. Tanto podem escolher a Avenida da Liberdade onde encontrarão Hot Dog Lovers para o melhor cachorro-quente da cidade. São tão deliciosos que eu e os meus pais chegámos a fazer uma viagem de quase 1 hora (ida e volta) só para vir buscar estes cachorros-quentes. Até de pensar já estou a salivar (a teoria do cão Pavlov a ser mais uma vez confirmada).

Daqui podem apanhar o metro para a estação “Praça de Espanha” ou “São Sebastião”. No entanto, se estiverem mais numa de passear pela cidade a pé talvez possam antes ir aos cachorros-quentes do Frankie Hot Dog para uma refeição mais substancial (se estão a passear a pé, merecem-no!). Pelo caminho do Frankies até ao Jardim Zoológico podem ir até à Fundação Calouste Gulbenkian, criada em 1956, em homenagem a Calouste Sarkis Gulbenkian. A fundação conta com um museu onde está exposta a coleção de Calouste Gulbenkian. Eu estive prestes a dizer que era a coleção privada, mas já não é assim tão privada se a podem visitar a qualquer altura. Também podem aqui encontrar o Centro de Arte Moderna onde se encontra a mais importante e proeminente coleção de arte moderna e contemporânea portuguesa, a biblioteca de arte e arquivo, o instituto de investigação científica e um jardim maravilhoso. Eu visitei esta fundação quando fui assistir uma palestra sobre o ambiente, e há sempre vários eventos a decorrer dos quais vocês também podem desfrutar. Cliquem aqui para entrar no website da fundação e ver as exposições temporárias ou eventos que estarão a decorrer na altura da vossa visita.
Se estiverem virados para a animação é nesta zona que se encontra o Jardim Zoológico ou se estiverem mais virados para compras ou para visitas “dentro de portas” podem encontrar o El Corte Inglés. Eu já visitei os dois locais, mais do que uma vez, e seja qual for a vossa inclinação, será certamente uma boa escolha. E já que se encontram perto da estação de metro de “São Sebastião” saltem agora para a linha vermelha até “Oriente”.


E assim se encontram numa das zonas mais famosas de Lisboa, que já não é bem em Lisboa, o Parque das Nações. Podem não acreditar mas está é uma zona requalificada junto ao rio Tejo onde antigamente era ocupada por grandes infraestruturas industriais incluindo o Matadouro Industrial de Lisboa e o Aterro Sanitário. Toda esta zona foi transformada no agora magnífico Parque das Nações com um longo passadiço junto ao rio Tejo, um teleférico para longas vistas sobre a água, um grande centro comercial e muitos restaurantes. Em 1998, o Parque das Nações foi palco do grande evento conhecido como Expo 98, uma grande exposição internacional como tema “Os oceanos: um património para o futuro”. Hoje o Parque das Nações é uma zona de lazer onde se encontra o famoso Oceanário de Lisboa. Aqui vivem mais de 8000 criaturas marinhas em 7 milhões litros de água salgada. Desde aves a peixes a anfíbios, à parte vegetal, a visita ao oceanário é sempre especial.


Se em vez do Jardim Zoológico ou do El Corte Inglés decidirem passar a tarde no Parque das Nações também não se arrependerão, apesar de achar que o Jardim Zoológico é uma boa aposta. Uma visita ao oceanário, um passeio de teleférico e acabar o dia a jantar no terraço do centro comercial ou num dos muitos restaurantes espalhados pelas ruas, o dia para terminar a visita à cidade de Lisboa, não podia acabar melhor. Talvez apenas com um espetáculo no Pavilhão Atlântico, agora conhecido como Altice Arena. E só assim um aparte – a minha universidade fica a 5 minutos do Parque das Nações e não tenho nenhuma fotografia na zona sem pessoas a posar para as fotografias. As coisas que se aprende como se vivia antigamente – sem um telemóvel sempre na mão a apontar a câmara em todas as direções como se estivéssemos num carrossel descontrolado.

E assim acabo o terceiro post sobre Lisboa, começámos em Belém, atravessámos o centro de Lisboa até ao Parque das Nações. Foram 3 dias cheios de cultura, com muita comida à mistura e a acabar os dias com pôr de sol numa cidade inundada pela luz dourada de ternura.
Discloser: Em seguida vou dar uma crítica negativa a um dos locais que experimentei em Lisboa. Se quiserem deixar esta parte de fora, eu compreendo.
No último outubro eu quis passar algum tempo em família e por isso decidi tirar uns dias para passear com os meus pais em Lisboa. Neste dia também a minha sogra e cunhada vieram de Abrantes, o que foi algo muito importante para mim. Para almoçar eu fiz a infeliz decisão de introduzir o brunch na nossa viagem. Escolhi o Seventh Lisboa Chiado pela boa pontuação e maravilhosas reviews. Quando chegámos havia fila, mas já tinha passado pelo mesmo no Canadá, no Jam Cafe, e em Gante no Luv l’Oeuf. Nestes locais também havia uma grande fila, o que era esperado, mas a organização dos locais não tem comparação. No Canadá esperámos cerca de meia hora e em Gante diria de 30 a 45 minutos. E nestes dois locais tinha valido a pena à espera, a comida era simplesmente divinal. Neste restaurante em Lisboa não se passou o mesmo. Primeiro tivemos à espera cerca de 2 horas para nos sentarmos, e quando chegámos à porta para entrar foi quando nos disseram que não aceitavam grupos de 5. Sem nenhum aviso à porta e depois de esperar tanto tempo é claro que ia haver mesa para o nosso grupo. No entanto, se eles preferem grupos de pessoas mais novas, deixam lá que o deram a entender com os vários olhares de julgamento que as empregadas nos lançaram. E pior de tudo – a comida não era nada de especial. Por isso a minha review é NÃO percam o vosso tempo aqui. Há escolhas bem melhores, com melhor comida, menos tempo de espera e a preço e empregados bem mais simpáticos.