Cruzeiro no Douro – entre o Porto e a Régua

O famoso cruzeiro no Douro. Tenho a certeza de que a maioria de vocês, especialmente se vivem em Portugal já ouviram falar do magnífico cruzeiro pelo rio Douro com as suas muitas vinhas e bonitas paisagens e tudo mais. Era realmente um passeio que eu e a minha família queríamos fazer já a algum tempo, mas nunca se tinha tido a oportunidade para tal. Talvez por isso tínhamos expectativas bastante altas para este cruzeiro. E normalmente expectativas altas dão lugar a desilusão. Se valeu a pena – eu diria que sim, porque até houve partes giras do cruzeiro especialmente em relação à passagem pelas barragens e paisagens bonitas. No entanto, campos a perder de vista de vinhas, não aconteceu. Mas vamos a pormenores.

Comprámos bilhetes para a descida do rio Douro Porto-Régua-Porto. A companhia de cruzeiros que escolhemos foi a “Cruzeiros Douro” que nos informou que para a data que queríamos já só havia a descida do rio e não a subida. A diferença entre as duas viagens é que na descida do rio vai-se de autocarro do cais de Vila Nova de Gaia até à Régua, onde aí se passa para dentro do barco que vos leva de novo até ao Porto. A subida é o contrário – de barco até à Régua e depois de autocarro até ao Porto. A viagem de autocarro demora entre 1 hora e meia e duas horas. Como fomos no Domingo de manhã não havia trânsito e por isso a viagem de autocarro foi mais rápida. Quando estávamos a chegar à Régua vimos alguns campos de vinha, o que nos espicaçou a curiosidade para o que iríamos ver no cruzeiro, sem saber que seriam as únicas vinhas que veríamos.

Antes de entrarmos no barco ainda comprámos rebuçados tradicionais da Régua – rebuçados de caramelo.

Quando entrámos para o barco conduziram-nos para a mesa que nos estava reservada. No bilhete do cruzeiro está incluído almoço e as bebidas até ao final da refeição. A partir desse momento, as bebidas apenas no bar e definitivamente não gratuitas. Quando começámos a viagem, a todos os visitantes já sentados nas respetivas mesas foram oferecidos sumo de laranja ou o famoso vinho do Porto, não era este um cruzeiro relacionado com as vinhas do Douro que produzem este famoso néctar português. À medida que fomos avançando rio abaixo, a nossa guia foi explicando os locais por onde íamos passando mencionando factos históricos importantes. Também foram sendo mencionados avanços tecnológicos nesta zona e como esses têm uma importante influência no nosso país. Com o sol a despertar fomos para o piso de cima, não coberto, para as típicas fotografias e para apreciação da paisagem das encostas verde que rodeiam o azul do rio Douro.

É verdade que o que esperávamos eram campos a perder de vinhas, no entanto, não posso deixar de mencionar que na descida do rio as paisagens são belíssimas, especialmente para aqueles que são amantes da natureza.

Durante o cruzeiro realizou-se duas travessias por barragens, a barragem do Carrapatelo e a barragem de Crestuma-Lever. Foi de facto os grandes eventos do cruzeiro, mas penso que por isso houve ali uma má organização do serviço. O almoço foi servido assim que meio a fugir para só faltar a sobremesa quando fôssemos atravessar a barragem do Carrapatelo. E não havia necessidade disso, de facto houve um longo tempo morto entre as barragens que podia ter perfeitamente sido utilizado para o serviço de almoço. Antes de avançar para a parte mais interessante do cruzeiro, vou falar do almoço em si. Começámos por uma sopa de legumes seguida pelo prato de carne assada com batatas assadas e arroz. A comida era saborosa. No entanto, havia uma pessoa vegetariana no nosso grupo e o que lhe serviram foram as mesmas batatas que foram cozidas juntamente com a carne. Não sei se assim sendo as batatas serão consideradas “prato vegetariano”.

Agora a passagem da barragem do Carrapatelo com um desnível de 35 metros. Para a descida na barragem o barco entra num corredor estreito na barragem com duas comportas uma de cada lado do barco (frente e trás) e de repente a água começa a descer de nível, assim como o barco. Quando o nível da água entre as comportas está ao mesmo nível do da barragem do outro lado da comporta, esta abre e o barco segue viagem. O mesmo mecanismo aplica-se na barragem de Crestuma-Lever mas o desnível é de 14 metros.

Depois da passagem pela primeira barragem foram servidos bolo e café. No final da sobremesa, as bebidas eram pagas (como já tinha referido acima). Desde a barragem de Crestuma-Lever até ao Porto, o tempo seguia lentamente. De vinhas realmente nada. Já li várias reviews sobre os cruzeiros no Douro e parece que a viagem entre Régua e Pinhão oferece uma maior paisagem conhecida como tradicional nas encostas do Douro – ou seja milhares vinhas a perder de vista. Talvez nunca próxima oportunidade.

No entanto, foi interessante fazer o cruzeiro, como disse era algo que já queríamos fazer há algum tempo e foi um dia diferente. E sempre foi uma oportunidade de revisitarmos o Porto, comer uma francesinha no restaurante Santiago F e uns cachorrinhos da batalha na Gazela.

E como não podia deixar de ser, maravilharmos com a bonita paisagem entre o Porto e Vila Nova de Gaia.

Para mais sobre o Porto cliquem em:

Portugal – Porto

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