Depois do dissabor de nos perdermos do nosso guia e de termos tido possibilidade de “terminar” a tour com outro grupo seguimos para o Groeningemuseum (museu Groeninge).Havia grandes expectativas para este museu, grandes nomes da área da arte vieram de Flandres como é o exemplo de Jan van Eyck e por isso um museu que se foca na arte dos pintores desta zona deveria ser magnífico. A entrada fica escondida num pequeno jardim mas lá demos com ela. Comprámos os bilhetes, 12 euros cada um, dando acesso não só a este museu mas um outro ali perto o Arentshuis. Eu pessoalmente não percebo muito de arte, mas o meu namorado sendo conservador-restaurador tem muito mais conhecimento na área e ficou desapontado com o que viu.

É um museu bastante mais pequeno do que o esperado, visto este ser o museu principal da cidade e não deixa ninguém com vontade de voltar. O mesmo se passou com o Arentshuis, infelizmente. Quando saímos do Arentshuis já nos estava a chegar a fome. Decidimos só visitar a Onze Lieve Vrouw Brugge (a Igreja de Nossa Senhora) e depois escolher o sítio onde almoçar. Para passar do Arentshuis para a Igreja tivemos que passar por uma famosa ponte, a ponte de São Bonifácio. A ponte sendo pequenina facilmente se “enche” de gente e foi mesmo este o cenário que encontrámos. Mesmo assim vale a pena parar e tirar umas quantas fotografias, pois todo o arranjo da ponte com aquela zona vale-lhe bem a fama, a de ser a ponte mais romântica da cidade. Esta ponte encontra-se um bocadinho escondida e fica mesmo por detrás da igreja de Nossa Senhora.
Agora em relação à Igreja. Esta é facilmente reconhecida devido à sua alta torre e imponente estrutura. A nossa intenção na visita a esta igreja era puder ver a famosa escultura em mármore branco da “Madonna and Child” (Virgem Maria com Criança) de Michelangelo. Infelizmente quando estávamos prestes a comprar os bilhetes para entrar na exposição apercebemos-nos de um cartaz a informar que esta peça estava em restauro e que no lugar dela havia apenas uma réplica. Mal vimos isto decidimos que afinal não valia a pena pagar para ver a exibição.

Passeámos ali pela igreja (a entrada para a igreja é gratuita, apenas para a exposição é necessário adquirir bilhete) e decidimos ir almoçar a uma pizzaria que fica no Grote Markt e que eu tinha reparado no dia anterior os preços serem acessíveis. Confesso que não sei o nome do restaurante, apenas que fica na mesma correnteza de edifícios do restaurante “Friterie 1900″. Eu e o meu namorado dividimos uma pizza, mas não pensem que estávamos sem fome foi mesmo porque queríamos ir a seguir às batatas fritas e daí saber que o restaurante ficava bem perto da Friterie 1900, o sítio onde as íamos comprar. Nós adorámos as batatas fritas belgas que tínhamos experimentado na nossa viagem a Bruxelas e por isso não íamos perder a oportunidade.

Como os meus amigos entretanto decidiram subir ao campanário de Bruges (Belfort van Brugge) e eu sabia que o meu namorado não queria ir, fiquei com ele para irmos às batatas. Como sabem nós temos sempre mais olhos que barriga e pedimos um cone enorme com batatas fritas cheias de molho. As batatas não eram más, mas infelizmente não se podem comparar às que tivemos em Bruxelas. Essas sim era mesmo deliciosas. Os meus amigos voltaram pouco depois, pelos vistos havia uma enorme fila e disseram-lhes que eles eram capazes de não conseguir subir antes de fechar, e assim ficou para o dia seguinte. Tinham dito ao namorado da minha colega, durante a tour em espanhol (ele não se perdeu como nós) que havia um concerto de harpa gratuito no Site Oud Sint-Jan que fica na mesma rua da Igreja de Nossa Senhora mas do lado oposto. O concerto começava às 5 horas e como ainda por cima tinha começado a chover, pareceu-nos a todos uma excelente ideia. O artista é um harpista local Luc Vanlaere e apesar de não sermos dados a este tipo de eventos, esta experiência deu um toque especial à nossa viagem a Bruges. Se também estiverem interessados: http://harpmuziek.be/.
O concerto teve duração de 40 minutos e infelizmente quando saímos ainda chovia. Abrigámos-nos um bocado no mercado de natal para os meus amigos comprarem waffles e tentarmos fugir da chuva. Nós depois da montanha de batatas fritas nem queríamos ouvir falar em comida. Passado um bocado como a chuva não parava fomos um bocadinho para casa, para nos secar e descansar. Acabámos por ficar mais do que pensávamos, até porque chegámos a adormecer, e com isto chegava a hora de jantar. Na verdade já eram 9 da noite e como ninguém tinha assim muita fome, fomos parar no café Red Rose para beber qualquer coisita e petiscar.
Chegou-se assim ao final do 2º dia em Bruges
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