Tendo em conta que chegámos a Bruges a meio da tarde de Sexta-feira e nos íamos embora no Domingo depois do almoço, Sábado era o dia para conhecer a cidade. Foi por isso mesmo feita a proposta de fazer uma tour gratuita pela cidade que foi prontamente aceite por todos. Eu e o meu namorado nunca tínhamos pesquisado pelas tais tours, mas os meus amigos já, e esta é uma óptima maneira de conhecer a história e a cultura da cidade enquanto se visita os pontos principais. Por acaso acabei por ser eu a procurar pelas tais tours na Internet e vi que havia uma às 10:30 cujo ponto de encontro era no Grote Markt. A companhia chama-se Legends of Bruges Walking Tour: https://legendstours.be/walking-tours-bruges.

Antes disso tínhamos que ir ao pequeno-almoço e o local já tinha sido decidido. Tanto eu e a minha colega andávamos a ver de sítios para comer bem antes do dia da chegada e por coincidência ambas escolhemos o mesmo sítio. @Tattie’s é um dos locais com melhores reviews da cidade e confirma-se. Fica mesmo ao lado da estátua do Jan Van Eyck, um pintor conhecido da região.

Uns pediram tosta mista e cappuccino, outros o pequeno-almoço inglês em que os feijões vinham num tachinho mesmo fofinho. Estava tudo delicioso. Ficámos depois um pouco aguados porque havia a opção de waffles com fruta, molho de chocolate e chantilly. Para nós pareceu demasiado para a primeira refeição do dia, mas nas mesas ao lado havia quem mostrasse o contrário. Há que dizer que tinha um aspecto óptimo, mas depois de um pequeno-almoço desses tinha-se que ir fazer uma corrida para abater as calorias. O site deles nem tem muitas fotos, mas no tripadvisor há daquelas de nos fazer babar. Dêem aqui uma olhada: https://www.tripadvisor.co.uk/Restaurant_Review-g188671-d9974560-Reviews-At_Tattie_s-Bruges_West_Flanders_Province.html
À hora que saímos do @Tatties’s já não conseguíamos ir à tour. Eu por acaso tinha visto mal e não tinha visto que havia outra às 11:30 (foi mesmo por lapso meu) mas a minha amiga voltou a verificar o site e descobriu que havia outra. Como agora tínhamos tempo, eram isto 10 e 40, aproveitámos para ir visitando um pouco a cidade.

Primeiro fomos ao Historium Brugge que fica na praça central da cidade. Nós acabámos por só ficar à entrada mas pelo que li sobre o sítio há várias salas representando a época medieval. Existe também a possibilidade de usar óculos de realidade virtual impregnando realismo à experiência dos que dela usufruem. Suponho que retrate a cidade nesta época. Outro extra é o terraço de acesso de onde se pode ver a cidade. Nós, no entanto, queríamos ir antes ao campanário que é muito mais alto e por isso pensámos que valesse mais a pena. Não visitámos o Historium Brugge só por medo de ficarmos atrasados para a tour das 11 e meia. Combinámos voltar aqui mais tarde mas não tivemos oportunidade. Fomos seguindo para a praça Burg. Aqui encontram-se edifícios de uma arquitectura magnífica como o da Câmara Municipal, o Stadhuis, e a Basiliek van het Heilig Bloed (Basílica do Sangre Sagrado).
A basílica pode até passar despercebida devido ao seu tamanho, especialmente quando comparada com o majestoso Stadhuis. Na verdade, esta basílica é constituída por duas igrejas, uma em cada piso. A capela do piso inferior é a capela de São Basílio e a superior a capela do Sangue Sagrado. A entrada para as igrejas é gratuita, tendo só que se pagar 2,5 euros para visitar a exposição com peças do tesouro. É neste “museu” onde se encontra a cápsula que se diz conter o sangue de Jesus.

Aproveitámos para passear pela praça de Burg e chegando a hora da tour fomos-nos dirigindo de novo para a praça central. Fiquei surpreendida com o número de pessoas que ali se encontravam para a tour. Os organizadores até decidiram dividir o pessoal em dois grupos. Ao mesmo tempo que começava a tour em inglês também começava em espanhol e por isso dividimos-nos aqui, pois alguns de nós não percebiam muito bem inglês. O nosso guia tinha muito jeito para aquele trabalho, conseguia cativar a atenção dos presentes. A duração da tour é de mais ou menos 2 horas e meia e por isso pensámos que estaríamos entretidos por bastante tempo. O pior foi que no primeiro terço da tour perdemos-nos do nosso grupo. A sério foi uma questão de segundos. Não querendo me desculpar houve dois factores que influenciaram para que isto acontecesse: o primeiro foi o do guia ter acelerado o passo a seguir a uma curva e o segundo foi a quantidade de gente que havia naquela cidade. Um sítio tão pequeno e cada vez se via mais gente, podia-se até dizer que estava a abarrotar. E depois aquela cidade tem tantos recantos que não deu mesmo para voltar a encontrar o nosso grupo apesar de termos tentado. Acho que a minha amiga ficou um bocadinho aborrecida mas não podíamos fazer nada. Vejam lá que uma senhora até nos veio pedir ajuda, também se tinha perdido do grupo dela e já estava a desesperar porque não sabia o que fazer. Tivemos pelo menos uns 20 minutos a tentar ajudá-la, até que uma amiga a encontrou. É para verem a confusão que não estava.
Resolvido este caso acabámos por nos juntar a outro grupo, suponho que o da tour que começou às 10:30. Sabíamos que era a mesma companhia porque os guias para se distinguirem no meio da multidão traziam consigo um chapéu de chuva vermelho que iam pondo no ar de maneira a serem sinalizados. Este segundo guia já não tinha muito jeito mas fizemos o resto da tour. Acho que no final de tudo só perdemos só 1/3 da tour. Foi pena mesmo assim.
Para verem o resto do nosso dia que até inclui um concerto de harpa cliquem nos seguintes links:
Post anteriores desta viagem:
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