Esta viagem surgiu de uma conversa com uma amiga. Comentámos que ambas gostávamos de ir a esta cidade em Dezembro para visitar o mercado de natal de Bruges. Acabámos por marcar um fim-de-semana prolongado juntamente com os namorados. Eles também gostavam de ir e nos não nos importámos nada. Quantos mais melhor.

Depois de decidirmos ir numa sexta-feira de manhã e voltarmos no domingo seguinte a meio da tarde, foi altura de decidir onde dormir e o transporte que nos levaria até Bruges. A minha colega gostava de experimentar o Eurostar (o comboio de alta velocidade) e por isso fiou escolhido este meio de transporte. Como estamos a viver perto de Londres, a nossa viagem constituíra em apanhar o comboio na Estação de St. Pancras em Londres até Bruxelas (viagem de 2 horas) e depois apanhar o comboio até Bruges (cerca de 1 hora de viagem). Este segundo comboio parte de Bruxelas de 20 em 20 minutos e toda a viagem (desde Londres até Bruges) esta incluída no bilhete do Eurostar. Se vierem de Lisboa há voos directos de Lisboa para Bruxelas e no aeroporto apanham o comboio directo que vos leva até Bruges. Por acaso desta vez, os bilhetes do comboio não ficaram muito baratos, mas os dos voos não eram melhores.
Para estadia usámos o airbnb. Marcámos uma casa que desse para os 4 e que ficasse perto do centro (onde o mercado de natal se encontra). Aliás todos os pontos turísticos onde fomos ficam perto uns dos outros, sendo a distância perfeitamente fazível a pé. Para a acomodação também nos deparámos com preços mais altos do que o esperado, mas penso que o facto de o mercado de natal estar montado e mais tarde descobrirmos que neste fim-de-semana se realizava a corrida de natal em Bruges, fizesse com que os os preços estivessem acima do normal.
Depois de tudo organizado lá chegou o dia da partida. Tudo correu como previsto, encontrámos-nos com o namorado da minha colega já na estação de comboios de Bruges (ele vinha de Lisboa) e para chegarmos a tal casa onde ficaríamos, precisávamos de apanhar a camioneta. Isto porque a pé ainda eram 20 minutos e estava a chover (como aconteceu a maior parte do tempo que aqui estivemos). As paragens das camionetas ficam mesmo à frente da estação de comboios, o que e óptimo. Agora um conselho, perguntem à mulher/homem do guichet quando comprarem os bilhetes da camioneta quais as que devem apanhar ou então sigam as informações vos dadas (se assim for) pelo airbnb/hotel onde ficam. Nós não fizemos nada disso e seguimos-nos pelo google maps. Foi mesmo por causa do google maps que acabámos 1 hora e meia a passear de camioneta por Bruges.
Eu passo a explicar. Segundo o google maps podíamos apanhar a camioneta número 12 (acho ser este um dos números que dizia) que passaria perto da nossa casa, mas pelos vistos as camionetas de Bruges não fazem sempre o mesmo trajecto e mudam de número de camioneta a meio do percurso. Sim, nos também achamos estranho. Mas a verdade é que a meio do caminho já não estávamos na camioneta número 12 mas noutro completamente diferente, o que significa que o percurso que a camioneta agora faria também seria diferente. No início ainda começámos a ir na direcção certa, passámos na praça principal que era como o esperado, mas a partir daí a camioneta mudou de direcção e foi pelo sentido contrário ao que queríamos ou que era suposto. Ainda perguntámos ao condutor mas ele não percebia muito de inglês e nós não o percebíamos a ele. Chegou uma altura em que simplesmente desistimos, saímos na paragem seguinte e fomos a pé. Com isto, perdemos 1 hora e meia do dia, mas podemos dizer que visitámos a cidade. E quando digo visitámos a cidade, significa que passámos em todo o lado até os lugares menos turísticos. Vejam lá que até passámos no hospital de Bruges. Para não vos acontecer o mesmo aconselho-vos a terem cuidado neste aspecto porque na verdade todo este episódio só nos fez perder tempo (e nós até que nem tínhamos muito).

Claro que na altura em que decidimos sair da camioneta havia quem já estivesse a ficar um bocadinho para o aborrecido. O meu problema no entanto era fome, mas como ia mesmo no espírito de férias não me quis chatear com isto. Seguimos então o caminho que nos levaria até à casa. Outro aviso: quando marcam com o airbnb existe a opção de verem a localização da casa directamente no mapa mas aconselho-vos de em vez disso colocarem mesmo a morada que vos é dada, porque a localização do mapa é apenas aproximada e não a exacta. Isso também nos aconteceu. Sim, o inicio da nossa viagem em Bruges estava a ser espectacular.
Agora um bocadinho sobre a casa que nos calhou. O rés-de-chão é usado pela dona da casa que foi transformado numa farmácia/clínica veterinária. Os dois pisos de cima são os alugados. De fora é uma casa típica daquela região com o seu telhado em bico. Por dentro, suponho que não seja muito diferente das outras casas que a rodeavam, mas a escadas eram vá assim um bocadinho para o inclinadas, se calhar para quem tem problemas de mobilidade deve ter isto em consideração.

Até nós tínhamos extra cuidado a subir e a descer. A cozinha e uma das casas de banho ficavam no primeiro piso, os quartos e a segunda casa de banha no segundo. Um dos quartos (o que calhou a mim e ao meu namorado) era o quarto “secundário”.Este espaço deve ter sido adaptado para ser alugado. Era bastante espaçoso e talvez por isso tenham incluído um lava-loucas e chuveiro , o que podem pensar ser estranho mas que deu bastante jeito.
Assim depois de instalados la saímos a descoberta de Bruges (e já agora de comida).
Para verem a nossa viagem cliquem nos seguintes links
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