Índice desta página
- Último post
- Chegar a Leeds
- Crowne Plaza Hotel Leeds by IHG
- Leeds Art Gallery (galeria de arte)
- Leeds City Museum (museu)
- Leeds Kirkgate Market (mercado)
- First Direct Arena (concerto)
- Outras cidades incluídas nesta road trip
Último post
No último post desta road trip tínhamos ficado na cidade de York depois de passarmos o dia a explorar um pouco da costa norte de Yorkshire onde acabámos por ver leões marinhos. Voltámos à cidade de York para provar novas delícias culinárias e relembrar outras antes de acabarmos a noite. No post de hoje vamos falar do último dia da viagem, esta que foi uma road trip de 6 dias, desde Norfolk a Yorkshire, terminando em Leeds. A razão de virmos até Leeds foi o concerto dos Deep Purple, uma banda britânica de 1968 que ganhou grande fama durante os anos 70. Talvez não conheçam esta banda, mas talvez esta música, uma das mais conhecidas dos Deep Purple (ver em baixo).
Chegar a Leeds
A localização de Leeds é óptima a partir de qualquer parte do país. Quem vem de Londres pode apanhar um comboio directo em King’s Cross que demora cerca de 2 horas e meia. Se vierem de carro contem com quase 4 horas, especialmente se estiver a chover ou se for numa sexta-feira à noite. Se não precisarem de carro, o comboio é a opção ideal. O mesmo tempo de viagem é estimado se o comboio partir de Birmingham, ou é apenas de 1 hora partindo de Manchester. Como disse, chegar a Leeds é bastante fácil.

Quanto a nós, que partíamos de York e de carro, demorámos cerca de 1 hora a chegar e pouco passava das 10 da manhã quando chegámos a Leeds. Estacionar na cidade pode não ser muito fácil, principalmente se a ideia for apanhar estacionamento gratuito. Como sabíamos que viríamos de carro, fizemos questão de marcar um hotel para aquela noite que incluísse estacionamento e foi por isso que marcámos o nosso quarto no Crowne Plaza.
Crowne Plaza Hotel Leeds by IHG
Como chegámos a Leeds ainda não eram 11 horas, fazer o check-in era impensável. O estacionamento do hotel é pago por cada 24 horas e por isso fomos à recepção apenas para informar que tínhamos já estacionado o carro já que contávamos sair no dia seguinte antes das 11. A recepcionista foi super simpática e disse que não havia problema nenhum e que só teríamos de pagar no acto do check-out. Apesar do estacionamento ainda nos ter custado 18.5 libras foi mesmo assim a melhor opção.
Antes de falar do que visitámos na cidade, vou já passar para o nosso quarto e a nossa experiência neste hotel. A Crowne Plaza pertence a uma rede de hotéis e eu já tinha ficado em diferentes Crowne Plaza em outras cidades, e tinha sempre gostado muito. E em Leeds não foi diferente. O quarto deste hotel de 4 estrelas era espaçoso, limpo e com alguns miminhos extra, como robes e chinelos.


Aproveitámos também entre a visita aos vários museus e o concerto para experimentar a piscina, o jacuzzi e a sauna. E foi uma das melhores escolhas porque depois deste tempo mais dedicado ao relaxamento não havia dúvida que estávamos prontos para o último capítulo da viagem, o concerto dos Deep Purple.
Também o pequeno-almoço do dia seguinte levou a um positivo desfecho desta road trip, com uma enorme escolha entre croissants, folhados, cereais, pães, queijos, iogurtes e claro está os vários elementos que formam o English Breakfast (o pequeno-almoço inglês). Esta é certamente uma das minhas redes de hotéis preferidas, apesar de por vezes ser um pouco cara para os meus recursos financeiros – uma das razões para não escolher sempre estes hotéis. Mas a experiência vale o sacrifício se for possível fazê-lo.
O website oficial do hotel pode acedido em: Crowne Plaza Hotel Leeds by IHG
Leeds Art Gallery (galeria de arte)
Para este dia em Leeds quisemos ficar mais ‘dentro de portas’, um tanto para fugir ao frio como para incutir alguma cultura sobre esta parte de Inglaterra no nosso itinerário. Depois de deixarmos o carro ao pé do hotel Crowne Plaza fomos a pé até ao centro da cidade onde ficam a maior parte dos museus e restaurantes. Começámos por entrar na galeria de arte de Leeds, entrada essa que é gratuita, e que fica num edifício colado à biblioteca, a qual também vale a pena visitar nem que seja pela sua arquitectura.


A galeria tem várias exposições muitas delas temporárias que vão mudando durante o ano. Quanto às exposições permanentes, estas focam-se em obras de pintura e escultura britânicas dos séculos XIX e XX. E as colecções das quais fazem partes estas obras de arte são consideradas das mais importantes colecções a nível nacional. Das obras que pertencem hoje a esta galeria pode-se mencionar alguns dos artistas célebres como Dame Barbara Hepworth, Francis Bacon, Henry Moore e Sir Jacob Epstein. A galeria de arte de Leeds faz parte do grupo de museus e galerias de Leeds, nome original ‘Leeds Museums and Galleries’, e foi fundada em 1888 como uma galeria de arte cívica.
Como disse acima a entrada para a galeria é gratuita e está aberta todos os dias da semana, excepto à segunda-feira.
Para mais informações sobre esta galeria: Leeds Art Gallery
Leeds City Museum (museu)
Este foi o segundo museu do dia que fica apenas a 5 minutos da galeria de arte. A entrada para este museu também é gratuita e tal como a galeria de arte está aberto todos os dias da semana excepto à segunda-feira.
Tal como a galeria de arte também o museu faz parte do grupo Leeds Museums and Galleries e também ele alberga exibições temporárias. Mas pessoalmente as exposições permanentes que podem ser visitadas em qualquer altura do ano são as mais interessantes.

Pode-se por exemplo, ver a múmia de Nesyamun com mais de 3000 anos vinda do Egipto e que hoje se encontra na exposição Ancient Worlds, ou então conhecer a história da cidade de Leeds e como esta foi moldada desde os tempos primórdios até à actualidade. Outra exposição a não perder foca-se na Ásia onde não só se celebra a cultura asiática com mais de 6000 artefactos como também se fica a conhecer as ligações da Ásia com Leeds. Não menos importante é a exposição The Collectors Cabinet que nos conta a história sobre o coleccionismo em Leeds, desde 1700 e onde se encontra o esqueleto de Moa, uma das maiores aves que alguma vez habitaram a Terra, agora espécie extinta. Por último, a exposição Life on Earth (vida na terra) alberga cerca de 800,000 espécimes de animais, vegetais e minerais.


Portanto, o que quero dizer é que são muitas as razões para visitar este museu e muito poucas para não entrar neste edifício e explorar tudo o que há para ver.
Para mais informações sobre este museu vejam: Leeds City Museum
Leeds Kirkgate Market (mercado)
Depois de visitarmos os museus era altura de irmos comer qualquer coisa. E um dos locais mais recomendados era o mercado de Leeds – Leeds Kirkgate Market, no centro da cidade. Este mercado é um dos maiores da Europa e aqui qualquer um pode deliciar-se não só com as várias bancas de comida e bebida, mas também com lojas de roupa, de joias, floristas e retrosarias. Este mercado, como normalmente acontece, faz parte da história da cidade com um papel bastante importante no seu desenvolvimento.

O Leeds Kirgate Market abriu as suas portas em 1857 tornando-se assim o maior mercado coberto na Europa. No entanto, este mercado não se destacou apenas pelo seu tamanho, mas também por algumas das tecnologias inovadoras introduzidas tal como a área refrigerada onde os peixeiros podia manter o peixe fresco para venda. E o facto de ser coberto, dava uma maior protecção e uma melhor experiência tantos aos vendedores como aos compradores.
Foi também neste mercado onde nasceu uma das redes de supermercados Marks & Spencer que ainda hoje é popular no Reino Unido. E como marco histórico ainda hoje há uma banca dentro deste mercado da Marks & Spencer.

Adicionalmente é importante mencionar como este mercado se manteve firme durante a Segunda Guerra Mundial já que apesar dos bombardeamentos raramente encerrou portas. Já em 1975, este mercado foi palco de um grande incêndio que destrui cerca de 2/3 do mercado. Este incêndio acabou por ser mais devastador do que as bombas durante a guerra. Apesar das grandes perdas, um dos pavilhões que ficou intacto, o pavilhão de 1904, reabriu três dias após o desastre. Mais tarde, já em 2013, a câmara de Leeds lançou este mercado num projecto de renovação de 12 milhões de libras.
Quanto a nós, viemos a este mercado à procura de algo para comer, especialmente algo doce, mas no final das contas escolhemos o sítio errado. Decidimos experimentar a Karpaty Bakery já que todos os bolos na montra pareciam deliciosos. Acabámos por comprar dois para experimentar e fomos até à zona aberta do mercado onde havia várias cadeiras e mesas. Infelizmente os bolos não eram bons, um deles era muito seco e outro não tinha sabor.


Se pudesse recomeçar e escolher outro lugar para experimentar tinha ido a um destes três, que estão muito mais bem avaliados:
- Fat Annie’s para cachorros-quentes ou hambúrgueres: https://fatannies.co.uk/
- Bánh & Mee Vietnamese Street Kitchen para comida vietnamita:: https://www.facebook.com/banhandmee/
- Teapot – Tea or Coffe para um bolo e um café: https://www.cafe-tea-aire.co.uk/
Eu ainda cheguei a beber café do Teapot, mas não provei os bolos daqui. Este café tem uma enorme colecção de diferences cafés e chás provenientes de todo o mundo, sendo uma escolha perfeita para quem adora bebidas quentes. No entanto, parece-me que qualquer uma das opções acima teria sido melhor do que a nossa escolha, a Karpaty Bakery. Fica assim aqui a dica de onde não ir e algumas sugestões de onde ir no mercado Kirkgate de Leeds.
First Direct Arena (concerto)
O First Direct Arena é um dos lugares mais importantes em Leeds para assistir a concertos ao vivo, espectáculos de comédia ou de desporto. O First Direct Arena fica bastante perto do centro da cidade, o que é óptimo, pois não é preciso apanhar transportes públicos ou conduzir.

A sala de concertos é bastante grande com espaço para mais de 13 mil pessoas. Nós viemos a Leeds e não a Londres por dois motivos, primeiro por causa da data do concerto sendo que esta nos dava mais jeito e segundo por causa do preço, que era bastante mais em conta do que o de Londres. Como disse no início desta página, nós viemos ver os Deep Purple e dos nossos lugares tivemos boa visibilidade e bom som, dois pontos que infelizmente nem sempre vão de encontro às expectactivas.
Esta foi a primeira vez que estivemos nesta arena e se a oportunidade aparecer, voltaremos a vir aqui de bom grado.
Na seguinte página podem ver os espectáculos agendados no First Direct Arena: https://www.firstdirectbankarena.com/
O concerto foi arrebatador e, apesar de os membros da banda já terem alguma idade, a verdade é que os Deep Purple nos ofereceram um espetáculo fantástico que durou duas horas. Como o concerto terminou depois das 11 e àquela hora já não havia muitos restaurantes abertos acabámos por ir parar ao Burger King, por ser perto e conveniente. Fizemos essa escolha nós e muitas outras pessoas que vinham do concerto. Depois do jantar, seguimos em direção ao hotel, passando pelas ruas de Leeds, onde reparámos que grande parte dos edifícios que tínhamos visitado naquele dia se iluminava em diferentes cores.

Aqui fica o final desta road trip, que consistiu em seis dias a explorar Inglaterra e, mais uma vez, a mostrar-nos que o país é muito mais do que Londres. Norfolk, Yorkshire e Leeds — locais que merecem ser visitados e que nos proporcionaram memórias inesquecíveis.





