North York Moors faz parte de uma viagem que incluiu também Norfolk e Leeds.





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Primeiro dia
Sandsend
Chegámos a esta pequena vila pecuária depois de 4 horas a conduzir de King’s Lynn, perto de Norfolk. Estacionámos na estrada principal antes mesmo de chegar ao centro da vila, parque esse que durante os meses de inverno é gratuito. Viemos a Sandsend por duas razões, para ver a parte da praia e da falésia e para irmos até a um pub que me tinha sido aconselhado por um colega.

Sandsend fica a cerca de 5km da cidade mais próxima, Whitby, sendo possível fazer o caminho a pé entre ambas. O percurso pode ser feito pela praia, se a maré estiver baixa, ou então pela estrada. Se o tempo estivesse melhor talvez tivéssemos sido tentados a fazer pelo menos parte do caminho, mas como o tempo não estava grande coisa ficámo-nos por Sandsend. Andámos pela praia até junto à falésia, mas como a maré estava a encher decidimos ir para o pub, o The Hart Inn, e beber qualquer coisa. Ficámos um bocado à conversa sentados na esplanada, antes de seguirmos caminho até Whitby.

Acabámos por não ficar muito tempo em Sandsend mas também é preciso ter em consideração que já tínhamos chegado a esta vila perto da 1 da tarde. Como ainda queríamos ir até Whitby e visitar a abadia não pudemos ficar aqui durante muito tempo. No entanto, mesmo assim conseguimos ficar a conhecer um pouco desta pitoresca vila de pescadores.
Whitby

Chegámos a Whitby perto das 3 horas da tarde. Estacionámos o carro ao pé da Whitby Abbey (abadia) para visitarmos tantos as ruínas como o museu. Não deixámos o carro no estacionamento oficial já que este era pago, deixámo-lo antes estacionado numa das ruas ali perto onde era gratuito. Para visitar as ruínas aconselho a comprarem o bilhete online já que assim têm um desconto de 15%. O website oficial da Whitby Abbey, onde se pode adquirir os bilhetes é o seguinte: Whitby Abbey
Whitby’s Abbey
Hoje em dia o mosteiro do século VII encontra-se em ruínas, mas não deixa de ser um majestoso lugar para visitar. A história desde mosteiro começa em 657 quando a abadessa Hild fundou o mosteiro nas terras doadas pelo Rei Oswiu. No ano de 664, os líderes da Igreja reuniram-se aqui para o Synod de Whitby, uma reunião organizada para decidir a data da Páscoa. Foi durante esta reunião que se determinou seguir as prácticas romanas em vez das célticas, o que moldou a direcção da igreja em Inglaterra pela história. A Abadessa Hild morreu em 680 e pouco depois começou a ser venerada como uma santa.

Este mosteiro foi abandonado em meados do século IX até que Reinfrid, soldado normando, se estabeleceu aqui nas ruínas do mosteiro. Em 1109, a comunidade adoptou a Regra de St Benedict (São Bento). A nova igreja era dedicada tanto a St Peter como a St Hild. Os monges viveram aqui até a supressão da abadia pelo rei Henrique VIII em 1539.
Para além da visita às ruínas também se pode visitar o museu que fica no mesmo recinto da abadia onde vários objectos da história de Whitby estão em exposição como cruzes anglo-saxónicas, manuscritos dos tempo medievais e até uma cópia rara e assinada por Bram Stoker, o autor do famoso livro Drácula.


Uma das partes culturais importantes que moldaram a cidade de Whitby foram as lendas e mitos associados a ela. Um exemplo é a história de St Hild. De acordo com a história, St Hild conseguiu remover as cobras que assombravam as falésias de Whitby. Ao fazê-lo foi homenageada por gansos que voavam sobre a sua cabeça enquanto os sinos perdidos da abadia ressoavam no fundo do mar.
St Mary’s church e os 199 steps
Mesmo ao lado da abadia encontrámos a igreja de St Mary erguida em 1110 rodeada pelas campas antigas do cemitério. Ao passar por este local fomos de encontro a outro ponto de interesse em Whitby, a escadaria dos 199 degraus (199 steps) também conhecida como as escadas da igreja (church stairs). Acho que não vale a pena dizer que há mesmo 199 degraus e posso confirmá-la pois fiz o caminho tanto para baixo como para cima. Apesar de haver algum debate sobre quantos degraus de facto existem.

Toda esta parte das ruínas da abadia sobre as falésias imponentes, mais a igreja rodeada pelas lápides antigas e degradadas formaram na mente de Bram Stoker o cenário perfeito para o seu livro, o Drácula. Algumas das lápides deste cemitério erguem-se sobre túmulos vazios assinalando pescadores cujos corpos não voltaram a terra depois de partirem nas suas viagens. Os nomes destes túmulos foram significativos para o livro incluindo ‘Swales’ nome esse que Bram usou para a primeira vítima do Drácula. Para quem quer ler um pouco mais sobre a experiência de Bram Stoker em Whitby e como esta cidade inspirou o livro cliquem em: Drácula em Whitby

Ao passarmos pela igreja e pelo cemitério foi quando começámos a falar abertamente sobre a forma como algumas pessoas estavam vestidas. Já tínhamos reparado que havia algo ‘fora do comum’ na abadia. Havia pessoas mascaradas, no entanto o que chamou mais a atenção foi que a maioria usava roupa e maquilhagem de estilo gótico. E isto intensificou-se quando estivemos perto do cemitério. Não pensem que comentámos em tom de crítica, mas sim de curiosidade pelo grande número de pessoas que assim estavam vestidas. E foi enquanto descíamos os 199 degraus depois de pararmos um pouco para apreciar a bonita vista da cidade que descobrimos que tínhamos vindo visitar Whitby exactamente a meio do Gothic weekend (fim-de-semana gótico). Foi sem querer, mas adorei a coincidência, porque já tinha ouvido falar deste evento e puder estar ali ao vivo era uma oportunidade fantástica.
Gothic weekend
Para quem nunca ouviu falar, o Gothic weekend acontece duas vezes por ano, em abril e no fim de outubro/inícios de novembro. Exactamente no fim-de-semana em novembro que viemos a Whitby!


O Gothic weekend começou em 1994. O incrível é que isto começou com um anúncio numa revista de música, a New Musical Express, de formar a chamar pessoas que tivessem interesses comuns e fossem apaixonadas pela cultura gótica. Em vez de isto ser um encontro de 15 amigos que se comunicavam através de cartas, os chamados pen-friends, foi antes um encontro gigantesco que contou com cerca de 200 pessoas. A partir desse primeiro fim-de-semana, o Gothic weekend adquiriu enormes proporções e hoje para além de acontecer duas vezes por ano, a cidade recebe visitantes com imensos eventos musicais, culturais e artísticos. Sempre a celebrar o gótico. E é impossível escapar ao ambiente que transforma completamente a cidade. E eu sei isto porque voltei a Whitby nesta mesma viagem quando o fim-de-semana gótico tinha terminado e a vibe da cidade era completamente diferente. Se me perguntarem se é melhor vir em abril ou em novembro, eu pessoalmente como ‘turista’ e não aficionada do gótico diria novembro. Não só temos nesta altura a adição do Halloween como os dias são mais curtos e mais frios, criando um ambiente mais aberto à imaginação. Se também estiverem interessados em conhecer esta parte cultural de Whitby vejam: Website oficial do Gothic weekend.

Continuando com a nossa tarde em Whitby, depois de descermos os 199 degraus andámos pelas bonitas ruas empedradas da cidade acabando por passar a ponte sobre o rio Esk. A nossa ideia era ver se era possível jantar no famoso Magpie Café. No entanto, quando chegámos à porta estava uma grande fila por isso o nosso plano foi imediatamente alterado. Faríamos uma reserva para o dia seguinte no Magpie Café para comer o famoso fish and chips (peixe frito com batatas fritas). Para não me adiantar muito vou apenas dizer que apesar da fama do restaurante esta não foi a melhor refeição da viagem.

Antes de atravessarmos novamente a ponte e subir os 199 degraus ainda fomos a um pequeno jardim com uma belíssima vista sobre o cais de Whitby acompanhado no cimo da falésia pelas ruínas da abadia. Neste pequeno jardim também encontrámos outros dois pontos de interesse, os arcos feitos de osso de baleia (maxilar) – Whalebone Arch, e o Memorial ao Capitão Cook – Captain Cook Memorial.
Whitby Brewery
Como não íamos jantar ao Magpie Café decidimos comer qualquer coisa na Whitby Brewery (cervejaria de Whitby). Este local também tinha sido recomendado por um colega devido à variedade de cervejas que aqui são feitas. A Whitby Brewery fica no topo dos 199 degraus mesmo de frente às ruínas da abadia. Tanto é que sentados nas mesas do pátio podíamos continuar a admirá-las.

Esta cervejaria é recente, tendo começado em 2013. Em 2016, devido à popularidade e crescimento da empresa mudaram-se para aqui, onde estão actualmente, uma vez que as dimensões da propriedade eram maiores. Quando chegámos à Whitby Brewery o local já estava bastante apinhado até porque estava para começar um concerto de música ao vivo. Não sei dizer se a música ao vivo é algo normal neste estabelecimento ou era apenas parte do Gothic weekend. Pedimos as nossas cervejas e não tendo sítio para nos sentarmos na parte interior viemos então para o pátio onde ainda havia várias mesas disponíveis.

Para acompanhar a cerveja também pedimos uma pizza, a Prosciutto para dividir entre nós os dois. As pizzas do Whitby Brewery são feitas a forno de lenha e o serviço decorre todos os dias entre a 1 e as 7 da tarde. A única parte menos boa que talvez seja importante mencionar é que não há estacionamento nesta cervejaria, no entanto há estacionamento nas ruas ali à volta (que como disse acima foi a nossa opção quando chegámos para visitar a abadia). Estivemos por aqui durante cerca de 1 hora, até às 6 da tarde. Acabámos por não ficar mais tempo por duas razões; estava a arrefecer bastante para estarmos sentados na rua e ainda tínhamos de fazer o check-in em Egton, a vila onde íamos ficar nas próximas 3 noites.
Para visitar o website oficial da cervejaria cliquem em: Whitby brewery
The Witching Post Inn em Egton
A distância entre Whitby e Egton é de 12km o que de carro leva cerca de 15 minutos. Para nós, Egton foi o ponto perfeito para a viagem, perto o suficiente da costa, mas já dentro do parque nacional, o qual queríamos explorar nos dias seguintes. Chegámos a este pub/pousada já era noite cerrada e fomos recebidos num ambiente bastante acolhedor. Recebemos as chaves do quarto que ficava no primeiro andar, acima do pub. Não tenho nada de mau a apontar sobre o nosso quarto, mas depois da experiência que tínhamos vivido em Whitby, se nos tivessem sugerido que o quarto era assombrado não tínhamos duvidado. Talvez um bocadinho. Mas nunca vimos nada durante a nossa estadia. A parte mais aterradora era mesmo a possibilidade de bater com a cabeça na rampa que subia para a casa-de-banho se não fôssemos com cuidado. No total The Witching Post Inn tem 3 quartos disponíveis para alugar, mas aviso que este lugar costuma estar lotado. E não é de admirar nós adorámos o local tanto devido à localização como a forma como fomos recebidos e tratados. No final já conhecíamos a história do dono, a história do pub, os problemas da vila e as practicalidades de viver em Egton. E mesmo depois de meses de termos feito esta viagem ainda falamos imenso em voltar a Egton, o que faremos assim que a oportunidade surja.


Como tínhamos comido a pizza na cervejaria em Whitby e não havia muita fome acabámos por fazer o mesmo para jantar, pedimos uma pizza do menu para partilhar. Das 4 opções disponíveis escolhemos a hotshot que se confirmou ser bastante picante (hot = picante). Durante o jantar verificámos que as primeiras aparências com que ficámos do The Witching Post Inn estavam certas – um pub local com um ambiente informal e acolhedor, onde todos se conhecem.
Antes de acabar este primeiro dia em Yorkshire, vou só falar da história deste pub: Em 1704 esta pousada fazia parte de uma quinta que incluía uma cervejaria. A cerveja que era aqui produzida tinha o objectivo de fornecer líquidos e calorias aos trabalhadores da quinta uma vez que o sistema de água era bastante abaixo dos padrões de higiene sanitária. Em 2012 a pousada que na altura se chamava Ye Old Horshoe encerrou e voltou a abrir em 2017 com um novo nome, The Witching Post Inn. Este nome foi escolhido devido ao ‘witch post’ (poste das bruxas) que se encontra à entrada do pub, o qual foi esculpido em madeira e posteriormente benzido por um padre.


Os ‘witch post’ são oriundos da época medieval e tradicionais desta zona do país, North York Moors, pois acreditava-se que estes postes protegiam as casas da entrada indesejada de bruxas. A história associada a este local por coincidência espelhou toda a experiência que estávamos a ter naquele dia com o fim-de-semana do Halloween (Dia das Bruxas) e da celebração gótica em Whitby.
O website oficial deste pub/pousada pode ser acedido em: The Witching Post Inn
Segundo dia
Pequeno-almoço em The Witching Post Inn
O terceiro dia da viagem começou com o pequeno-almoço no pub onde tínhamos passado a noite, o The Witching Post Inn. Este local oferece pequeno-almoço cozinhado que inclui os vários componentes do famoso english breakfast. E para o primeiro dia foi isso mesmo que pedimos. Os pratos que nos chegaram à mesa para além de bem servidos eram deliciosos, desde a salsicha, aos feijões ao black pudding. Até da caneca eu gostei!

Ainda antes de sairmos, estivemos um bocado à conversa com o dono do pub, conversa essa que acabou por incluir os locais que queríamos visitar naquele dia, aos quais ele nos deu umas dicas. E depois deste pequeno-almoço considerável era altura de irmos fazer o primeiro trilho.
Trilho em Hole of Horcum
O trilho que estávamos prestes a começar em Hole of Horcum não era o nosso primeiro em North York Moors. Quando viemos conhecer a cidade de York pela primeira vez, no início de 2024, tínhamos feito o percurso à volta de Rosadale. E provavelmente teria sido um dos trilhos da lista para esta viagem se não o tivéssemos já feito.

Aliás a maior parte dos trilhos que fizemos em North York Moors foram sugeridos por uma das minhas colegas que é desta zona e por isso sabe melhor que ninguém quais são os melhores trilhos, qual a dificuldade de cada um e quais são as pequenas vilas que vale a pena visitar. Hole of Horcum, tal como Rosadale, foi um dos primeiros trilhos a serem sugeridos. Para fazer este percurso o melhor é estacionar o carro em Saltergate car park mesmo este não sendo gratuito. A viagem entre Egton, de onde partimos, até este parque de estacionamento foi de cerca de meia hora e às 9 e meia já estávamos prestes a começar este trilho.


Hole of Horcum é uma das secções do vale Levisham Beck e conhecido pelo ‘buraco’ em forma circular de 120 metros de profundidade, resultado da linha de nascentes que segue ao longo da fronteira entre duas camadas rochosas. Existe uma lenda associada a este ‘Hole’ e de como ele surgiu. De acordo com a história, este buraco foi criado por um gigante chamado Wade ao agarrar num pedaço de terra para atirar à sua mulher, Bell, durante uma discussão.
Quanto a nós, o percurso circular teve uma distância de quase 9 quilómetros (8.38km para ser mais precisa) e levou-nos cerca de 2 horas e meia a completá-lo. O mapa abaixo mostra os detalhes do nosso percurso de e até Saltergate car park.
No início do trilho escolhemos seguir pelo caminho que ia a direito deixando a subida para último. Apesar da subida final ter sido mais inclinada foi mais curta do que indo no sentido inverso.

Durante o caminho ainda encontrámos uma ou duas pessoas, mais já na parte final quando íamos junto ao riacho Levisham Beck. O que nos acompanhou durante todo o caminho foram as ovelhas que pastavam pelos campos. Infelizmente nada de vestígios de gigantes, mas as paisagens de campos a perder de vista alegraram as primeiras horas deste dia.
Trilho em Dalby Forest
O próximo local que estava agendado para aquele dia era a floresta de Dalby. Esta floresta conta com cerca de 240 km2 e por ela encontram-se imensos trilhos para caminhadas, corridas e até trilhos próprios para bicicleta.
Para visitar a floresta estacionámos o carro mesmo ao lado do Visitor Centre (centro de turismo) da floresta de Dalby. Tal como em Saltergate também aqui o parque de estacionamento é pago. Talvez tenha sido por o tempo estar meio murcho ou de ser meio da semana em novembro, ou talvez por ambas as razões, a verdade é que tanto o centro de turismo como a floresta estavam practicamente desertos. Não que isso fosse um problema, não de todo. Quando entrámos por uns momentos no Visitor Centre encontrámos um pequeno café aberto e uma coisa que costuma ser bastante importante para viajantes – casas-de-banho.


Na entrada do centro de turismo estivemos a estudar o mapa onde os vários trilhos estavam marcados. Tínhamos 5 à escolha todos de nível fácil, o que mudava era mesmo a distância:
- Housedale Rigg Trail – 4.5km
- Sneverdale Rigg Rabbit Run Trail – 3.8km
- Ellerburn Trail – 5.5km
- Dalby Beck Trail – 6.7km
- Pexton Moor Trail – 2.7km
Nós escolhemos fazer o Dalby Beck Trail já que era o mais longo. Contudo sem querer fizemos um pequeno desvio a meio, pois em vez de irmos pelo trilho de caminhada, acabámos por ir parar a um trilho para bicicletas. E esta foi a parte mais difícil do percurso, com uma descida bastante acentuada. No entanto, foi a parte em que entrámos pela floresta adentro onde vários grupos de cogumelos engraçados cresciam. Por isso este desvio teve os seus prós e contras.
O percurso completo teve uma distância de 6.4km (menos 300 metros do que o trilho oficial devido ao tal desvio) e levou-nos cerca de 2 horas a percorrê-lo. Dalby forest foi uma óptima escolha principalmente para ver as cores outonais da época.


Qualquer itinerário a North York Moors deve incluir Dalby Forest tal como Hole of Horcum e Rosadale especialmente para quem gosta de fazer caminhadas. Para todas as informações tal como trilhos, actividades disponíveis, horários e preços cliquem em Dalby Forest (todas as informações).
Thornton-le-Dale
A vila de Thornton Dale ou Thornton-le-Dale fica a menos de 10 minutos do Dalby Forest Visitor Centre e foi a nossa última paragem antes de voltarmos para Egton, antes do jantar. Thornton Dale é considerada a vila mais pitoresca do North York Moors e, portanto, esta paragem é por muitos mencionada como obrigatória. E depois de a visitar, estou completamente de acordo.

Conseguimos deixar o carro no centro da vila em frente a uma pastelaria, a Baldersons – Bakery & Sandwich Bar. Como já eram 3 da tarde e por esta altura o pequeno-almoço era apenas uma memória, entrámos nesta pastelaria para comprar uma das muitas tentações que estavam expostas na montra. Escolhemos uma das versões de Rocky Road, um bolo feito de bolacha, chocolate branco e marshmallow. E tal como é sugerido pelo nome ‘Rocky’ (rochoso), o bolo era bastante duro. O incrível é que era duríssimo, mas o sabor era delicioso. Se calhar esta dureza é propositada, para não se acabar o bolo numa só assentada. Mas talvez aconselhe a pedirem algo mais fácil de comer como uma tarte de Bakewell ou um flapjack. Bem, o que eu quero dizer é que há imensa escolha (como mostra a fotografia abaixo à esquerda) e se tiverem oportunidade visitem esta pastelaria que está aberta desde 1937 (website: Baldersons bakery).


Os Balderson, os donos desta pastelaria, é uma das famílias que vivem em Thornton-le-Dale há gerações. E facilmente nos apercebemos da presença importante desta família na vila uma vez que na mesma correnteza de lojas a seguir à pastelaria encontramos a loja de lembranças – Baldersons Gallery & Gifts e a gelataria – Balderson’s Ice Cream Parlour.
Mas uma visita a Thornton-le-Dale não é só para guloseimas. Na verdade, em Thornton-le-Dale é o Beck Isle Cottage, construído no século XVII, o edifício mais conhecido e mais fotografado na vila. A sua fama deve-se à sua arquitectura e à sua localização na curva do rio Thornton Beck criando um cenário pitoresquíssimo. Esta casinha de contos de fadas ou dos 7 anões foi já várias vezes restaurada sempre com o cuidado em manter o seu carácter histórico e hoje é símbolo da herança da vila de Thornton-le -Dale e da arquitectura rural.

Depois de visitarmos o cottage, andámos pelas várias ruas da vila, sem rumo certo e sem pressas. Saímos de Thorton-le-Dale por volta das 4 da tarde de regresso ao nosso quarto em Egton para um descanso merecido antes de voltarmos a sair para jantar.
Magpie Café em Whitby
O jantar desta noite estava marcado no famoso Magpie Café. E assim estávamos de regresso a Whitby. Estacionar em Whitby pode por vezes ser um desafio especialmente durante o fim-de-semana e se o alvo for o centro da cidade. Mas numa segunda-feira perto das 7 da noite e depois do gothic weekend conseguimos encontrar facilmente estacionamento livre no West Cliff car park. Este parque é pago apenas de 1 de março a 31 de outubro. Ou seja, não só encontrámos estacionamento como ainda por cima era gratuito.
E assim enquanto andávamos em direcção ao Magpie Café tivemos de novo o privilégio de puder ver a paisagem sobre a cidade de Whitby e o cais. Quando chegámos ao Magpie Café, tendo reserva, fomos rapidamente levados até à nossa mesa. Mas devo dizer que mesmo sendo uma segunda-feira, o restaurante estava bastante cheio.

Afinal por que razão é este local assim tão procurado? Em suma há vários factores, começando pela sua presença na cidade desde 1750 especialmente numa zona tão próxima do cais. Magpie Café tem, portanto, uma longa ligação com a indústria piscatória e naval tendo começado a sua história na cidade como uma casa mercante e mais tarde tornando-se propriedade de um dos membros de uma família baleeira, os Scoresby. Por outro lado, a visita de vários críticos de comida e as suas óptimas reviews adicionado ao facto de este restaurante ter sido vencedor de alguns prémios, fizeram dele um dos mais procurados e famosos principalmente pelo prato da casa, o fish and chips.
Quanto à nossa experiência, para começar a nossa refeição pedimos, como entrada, amêijoas cozinhadas num molho de vinho, natas e alho. E era absolutamente delicioso. Se nos tivessem dado aquele molho como sopa podem ter a certeza de que o teríamos comido com toda a satisfação. Para prato principal quisemos experimentar o famoso peixe frito com batatas fritas, já que é o prato especial e aclamado da casa. Infelizmente, ficou muito aquém das expectativas. Acho que na verdade em vez de ser um dos melhores que comi, foi talvez um dos mais fracos. E sim, as expectativas eram muito altas. Mas quanto às amêijoas, é um prato que recomendo vivamente a experimentar.

Por outro lado, também achámos alguns preços um bocadinho puxados – quanto às amêijoas que custou 10 libras, acho que foi um valor justo. Afinal estamos a falar de marisco. Quanto ao prato principal cada um custou 16.95 libras o que para aquilo que comemos não foi um bom valor. Mas pronto, o jantar pode ser considerado como um ‘feito’ naquela que é a experiência gastronómica mais turística em Whitby. E afinal é certo que este lugar tem um valor histórico para a cidade. Para além de que há sempre a possibilidade de termos vindo num dia mau para este restaurante.
Para ver mais sobre este restaurante vejam o website oficial: Magpie Café.
Terceiro dia
Trilho circular entre Littlebeck e a cascata Falling Foss
Este dia começou de forma bastante semelhante à do dia anterior – a tomar o pequeno-almoço no The Witching Post Inn enquanto dávamos dois dedos de conversa ao dono do pub. No final, ainda antes de sairmos marcámos mesa para jantar aqui, já que às terças-feiras há uma promoção de um dos pratos da casa. Mas do jantar falarei mais abaixo.

O primeiro trilho de hoje era perto de Littlebeck, uma pequena vila do parque nacional, para fazer o percurso circular entre Littlebeck e a cascata Falling Foss, uma das cascatas mais bonitas de North York Moors. Em vez de começarmos o trilho em Littlebeck começámo-lo perto da cascata, deixando o carro no parque de estacionamento Sneaton Forest, um estacionamento pequeno, de terra e gratuito.


O trilho começou com uma descida mais ou menos acentuada até a uma ponte e um pequeno café que naquela altura estava fechado, o Falling Foss Tea Garden. Daqui já se conseguia ouvir a cascata de 9 metros, a Falling Foss. E foi para ela que nos dirigimos. Como disse, apesar de não ser muito alta, a cascata e a floresta envolvente formam um cenário encantador. No final, o percurso circular teve uma distância de 6km e demorámos cerca de 2 horas e meia até estarmos de volta ao carro. O trilho que fizemos pode ser acedido através do mapa baixo.
Durante o percurso tivemos a oportunidade de percorrer a floresta sempre perto do ribeiro Little Beck, um pequeno afluente do rio Esk. Pelo caminho passámos por uma espécie de caverna chamada The Hermitage (a ermida), que fazia antes parte de uma casa, a casa Newton. Quando chegámos a Littlebeck não sabíamos bem qual era o caminho para voltar para trás, que não fosse o mesmo por onde tínhamos vindo. Depois de passarmos por alguns descampados onde apenas cabras e bodes pastavam lá o descobrimos regressando à cascata Falling Foss.


Goathland
Goathland começou a ganhar popularidade no século XIX quando foi construído aqui um spa levando a que homens de negócios de Yorkshire procurassem esta vila como um lugar de descanso e de férias. A sua popularidade cresceu ainda mais quando a vila se tornou palco de filmagens de uma série de televisão muito conhecida em Inglaterra, Heartbeat.
Trilho até à cascata Mallyan Spout
A nossa primeira paragem em Goathland foi junto ao hotel Mallyan Spout, o hotel com o mesmo nome da cascata que vínhamos visitar. Deixámos o carro num banco de terra na estrada principal já que assim o estacionamento seria gratuito e estávamos perto o suficiente do hotel onde começa o caminho que desce até à cascata.


O trilho não é longo tanto que ir e vir teve uma distância de 2km e pouco. Contudo é preciso ter cuidado em algumas partes já que pelo caminho tem de se subir e passar por pedras soltas e molhadas havendo o perigo de se escorregar. Mas indo com cuidado faz-se o caminho sem azares. A cascata Mallyan Spout mede 21 metros e é alimentada pelo rio Esk. Levámos quase uma hora a ir e vir incluindo as paragens obrigatórias para tirar fotografias.
Estação de comboios de Goathland
Vou já confessar a razão para querer visitar esta estação de comboios; bem na verdade houve duas, mas a primeira foi o de esta estação ter sido palco de filmagens do filme Harry Potter e a Pedra Filosofal. Foi esta estação a escolhida para representar a estação de Hogsmeade onde o comboio chega e parte de Hogwarts.

A segunda razão teve um valor mais cultural. A linha ferroviária que liga Whitby a Pickering e passa por Goathland é uma das mais antigas de Yorkshire. Esta linha foi inaugurada em 1836 e esteve em serviço durante anos até ser encerrada pela British Rail em 1965. No entanto, o troço entre Grosmont e Pickering foi reaberto em 1973, resultado do esforço de um grupo de entusiastas que não quis ver a história daquela ferrovia acabar ali. Hoje em dia não só a linha ferroviária está em funcionamento como é a ferrovia histórica com mais passageiros no Reino Unido, transportando mais de 350,000 passageiros por ano. Portanto, é possível fazer esta viagem de comboio a vapor, ou como nós, ver o comboio passar pela linha ferroviária, razão pela qual fomos mais tarde até Grosmont. Isto porque nenhum comboio passaria por Goathland durante as horas seguintes.
O horário diário dos comboios a vapor pode ser acedido no final da seguinte página: North Yorkshire Moors Railway
Casa de chá em Goathland
Como o tempo começou a piorar, frio e cinzento com aquela chuva miudinha irritante e já que tínhamos mais de 1 hora até o comboio passar por Grosmont, fomos visitar o centro da vila de Goathland decidindo por entrar no Goathland Tea Rooms. Ao entrar, demos com uma casa de chá de decoração giríssima e, como o tempo assim próprio de Outono pedia uma bebida quente e uma fatia de bolo, foi isso mesmo que pedimos.


A casa de chá fazia ligação com a loja de recordações onde fomos tentados a comprar uma recordação antes de avançarmos com o nosso itinerário.
Grosmont
A viagem de carro entre Goathland e Grosmont foi de apenas 10 minutos. Estacionámos o carro já fora da vila na estrada perto do parque de estacionamento Grosmont Car & Couch Park. Assim não ficávamos longe da estação de comboios e mais uma vez não tínhamos de pagar estacionamento. Chegámos à estação a poucos minutos das 3 e meia onde o comboio a vapor acabava de parar com o fumo da locomotiva ainda a fumegar. Enquanto estivemos aqui pudemos ver como a parte da frente da locomotiva é mudada para o outro lado do comboio (tornando-se a parte de trás agora a parte da frente). E esta é uma das razões para Grosmont ser uma das melhores estações para ver o comboio a vapor pois é aqui que as carruagens são mudadas.
No website oficial do North Yorkshire Moors Railway podem ser adquiridos diferentes tipos de bilhetes. Claro que mesmo o bilhete normal é mais caro do que um bilhete de comboio normal, já que não é um comboio normal. Para uma experiência ainda mais especial há a possibilidade de comprar o bilhete de comboio com refeição incluída podendo-se assim viajar através do parque nacional a saborear uma refeição de 3 pratos.
Quando voltávamos para o carro houve um episódio meio caricato pois de repente apareceu-nos várias galinhas no meio da estrada completamente alheias ao perigo de ali estarem. Supomos que elas tenham fugido de algum galinheiro, no entanto não vimos ninguém a vir atrás delas. Foi apenas estranho como elas apareceram ali do nada e ali ficaram.
Jantar no The Witching Post Inn
Depois de regressarmos a Egton pelas 4 da tarde demos um pequeno passeio por esta vila que incluiu a Igreja de Santa Hilda. A vila em si não é muito grande e como a noite chegou cedo, o jantar também começou mais cedo do que o normal. Às 6 e meia já estávamos sentados numa das mesas do pub prontos para começar. No entanto, ao contrário do esperado, o jantar não acabou cedo, aliás muito pelo contrário, a refeição acabou por se estender pela noite adentro. O ambiente e a conversa e talvez também um pouco o álcool fizeram com que assim fosse.

Quanto à comida que experimentámos durante o jantar apenas posso dizer que estava tudo óptimo tendo sido esta uma das melhores refeições desde há muito tempo. Para entrada, pedimos para dividir peixinhos fritos com maionese de limão e pimenta (whitebait with lemon pepper mayo with brown buttered bread and lemon garnish). Eu que não costumo ser muito apreciadora deste tipo de comida, especialmente quando inclui peixes que se comem juntamente com as espinhas – gostei imenso deste prato. E o meu marido ainda mais já que ele adora este tipo de petiscos.

Para prato principal tivemos de pedir o frango à parmegiana já que era uma terça-feira e às terças-feiras este pub oferece a promoção de 2 pratos de frango à parmegiana pelo preço de 1. Para recheio escolhia-se entre manteiga de alho, pepperoni ou molho picante. Eu pedi o pepperoni e o meu marido a manteiga de alho. Só posso dizer que desde então temos falado desta refeição várias vezes e do quanto queremos voltar a Egton para pudermos comer outra vez neste pub.

Das bebidas disponíveis, não resistimos a provar as cervejas e os gins, ambos de produção local. Mas não fomos só nós a prová-las também os outros clientes e empregados/dono do pub o fizeram. O que claro contribuiu para que a conversa se prolongasse pelo serão dentro.
Quarto dia
Costa de Yorkshire
Hoje foi o dia da viagem com pior tempo; algum nevoeiro, frio e aquela humidade desconfortável que não chega bem a ser chuva. Tempo típico de Inglaterra, portanto.

A manhã deste quinto dia da viagem começou com o pequeno-almoço no pub The Witching Post Inn. Nos últimos dias tinha pedido o famoso pequeno-almoço inglês (Full English Breakfast), mas em prol da saúde hoje pedi torradas com ovos escalfados, um dos meus pequenos-almoços preferidos. Depois do pequeno-almoço chegou a hora do check-out e foi com muita pena e promessas de voltar que deixámos Egton.
Robin Hood’s Bay
O destino para o final deste dia era a cidade de York onde iríamos passar a noite. Mas antes estava planeado conhecer mais duas vilas da costa de Yorkshire, Robin Hood’s Bay e Ravenscar.
Chegámos a Robin Hood’s Bay por volta das 10 da manhã e deixámos o carro numa das ruas da vila onde o estacionamento era gratuito. A vila pareceu-nos meio deserta, o que afinal não nos surpreendeu já que o tempo não puxava para grandes caminhadas. No entanto, esta vila pescatória é um dos locais mais procurados da zona para caminhadas e praia.


A costa de North Yorkshire conta com uma distância de cerca de 70km entre as vilas de Staithes e Filey, caracterizada por falésias íngremes, instáveis e em constante erosão, formando baías como Robin Hood’s Bay. O aparecimento destas falésias começou no período do Jurássico Inferior com a formação de xistos, os quais foram posteriormente cobertos por arenitos durante o Jurássico Médio. Por sua vez, estes foram mais tarde cobertos por depósitos glaciares. As grandes baías e vales que se formaram são a consequência visível da erosão de zonas mais frágeis, de falhas geológicas, da glaciação e de deslizamentos de terras pela linha costeira de Yorkshire.

Quanto à nossa visita à vila de Robin Hood’s Bay, esta não se alongou por muito tempo, já que o tempo estava por esta altura bastante desagradável. Mas não nos fomos embora sem primeiro passear pelas pitorescas e estreitas ruas da vila que nos levaram até ao miradouro Mosaic Seal Wall. Aqui encontrámos um placard contendo informações sobre os esforços que se tem feito para reduzir o impacto da erosão em Robin Hood’s Bay. Descemos pela King Street até à praia e subimos depois pela New Road de regresso ao carro.
Ravenscar
De Robin Hood’s Bay até Ravenscar demorámos cerca de meia hora de carro. Também se pode fazer o trilho de 11 milhas (17 km) a pé entre estas duas vilas que é na verdade o trilho mais popular da região. Com o tempo como estava nem sequer chegámos a considerar essa opção. Estacionámos o carro em Raven Hall Road perto das casas de banho públicas. O parque de estacionamento junto à estrada nesta altura do ano é gratuito e perto de onde começa o trilho que desce pela falésia. Viemos até Ravenscar por uma razão, não para conhecer a vila, mas para ver a colónia de leões marinhos que vive na praia mesmo abaixo da falésia onde fica o hotel Grand Villa Heights.

O percurso começa por atravessar campos verdejantes com pouca inclinação. No entanto, chegando a um cruzamento o caminho que desce a inclinada falésia até à praia torna-se muito mais irregular. Enquanto descemos por este caminho fomos encontrando placards com avisos e cuidados a ter ao nos aproximarmos da colónia. O principal é claro o de não disturbar a colónia de leões marinhos já que assustar estes animais pode levá-los a magoar-se ao tentar fugir por entre as rochas. A forma mais segura é mesmo levar binóculos e vê-los de uma distância de segurança para os animais e de certa forma para as pessoas. Nós descemos até à praia e ficámos numa zona afastada, quase escondida atrás das rochas. E ali estavam aqueles animais engraçados. O incrível era o barulho que faziam, quase como um cântico. E talvez por não ser esperado ou talvez por os leões marinhos estarem mais em grupo gostei ainda mais desta experiência do que a de Norfolk, sem querer tirar o brilho a nenhuma delas. Fomos muito sortudos poder ver estes animais no seu habitat natural e como eles interagem entre si.
Por outro lado, a paisagem que se estendia pela linha costeira era incrível mesmo não sendo um dia de sol, o que deve sem dúvida aumentar a beleza do local.
Uma das curiosidades sobre a vila de Ravenscar, que confesso acabámos por não visitar, tem origem no final da época vitoriana, altura em foram projectados planos para tornar Ravenscar em um grande resort que iria rivalizar com as cidades à volta como Scarborough e Whitby. Seguindo os planos, estradas foram pavimentadas, o sistema de esgotos instalado e até algumas casas construídas. No entanto, ‘Peak’, o nome do tal resort, acabou por nunca ser construído. E é por isso que hoje em dia o National Trust descreve Ravenscar como a ‘the town that never was’ (a cidade que nunca existiu).
Cidade de York
Quisemos chegar à cidade de York antes das 5 da tarde para irmos comer ao Shambles Market, o mercado da cidade. Nós já tínhamos vindo a York em janeiro de 2024, onde passámos um fim-de-semana grande a visitar a catedral, o que resta da fortaleza à volta da cidade, e até o museu, onde se encontra replicada uma rua típica da era vitoriana. Para além de toda a comida deliciosa que tínhamos experimentado em The House of Trembling Madness, Shambles Kitchen e Ambrosia Greek Food.
Os detalhes dessa viagem a York estão disponíveis na seguinte página deste blog: York
B+B York
Desta vez ficámos hospedados no B+B York, mas confesso que gostei mais do sítio onde ficámos da primeira vez, no The Crescent Guesthouse. No entanto, não foi um mau sítio, o nosso quarto era virado para a parte de trás por isso não tivemos o barulho do trânsito e era perto o suficiente para pudermos ir ao centro da cidade a pé.

O espaço do quarto era adequado, talvez precisasse de alguns melhoramentos, e o pequeno-almoço também teve a qualidade esperada. Para além que oferecia estacionamento gratuito, o que pode ser um desafio em York.
Shambles
Depois do check-in feito e as malas postas no quarto fomos então em direcção ao mercado de Shambles (Shambles market). Chegámos perto das 4 e meia indo logo para a roulotte que tínhamos ambos em mente, a NaNa Noodle Bar. Este restaurante ambulante já nos tinha chamado a atenção na primeira vez que aqui viemos, mas na altura escolhemos o gyros da Ambrosia Greek Food que vos garanto também é uma óptima escolha.
No NaNa Noodle Bar escolhemos o pad thai e noodles com frango frito e molho agridoce. Como gostámos imenso de ambos os pratos, ainda fizemos um terceiro pedido antes do mercado de fechar: noodles com camarão tempura. Cada pedido vinha em grandes caixas de cartão e cada custou cerca de 9 libras.
Depois do mercado fechar às 5 da tarde, fomos dar uma volta pela cidade, passando pela zona dos Shambles, uma das zonas mais históricas de York, e entrando na igreja de todos os santos – Parish of All Saints, Pavement. Este passeio durou cerca de 1 hora até porque já tínhamos conhecido grande parte das lojas como a ‘The Shop that must not be named’ em referência ao Harry Potter e a The Society of Alchemists guardada pelo dragão que respira.
Valhalla
Apesar da ideia inicial para esta noite era a de fazer um pouco pub crawl acabámos por terminá-la mais cedo do que o esperado. Como a gripe decidiu aparecer em força no final deste dia acabámos por voltar para o quarto bastante cedo. No entanto, ainda fizemos uma paragem no bar viking Valhalla. Já tínhamos vindo aqui durante a primeira viagem a York, aliás viemos várias vezes durante essa viagem, e hoje não poderíamos perder a oportunidade de vir até Valhalla mais uma vez.


O melhor deste bar são os hidroméis de diferentes sabores como o de framboesa, alperce, cereja e o esperado mel. A decoração do local também é bastante impressionante com crânios de animais e ossos, mas ao mesmo tempo tem uma atmosfera incrivelmente confortável.
E foi a bebericar um copo de hidromel e a ouvir música metal que acabámos a noite em York. De novo deixo aqui o link da página da nossa viagem a esta que é considerada uma das cidades mais assombradas de Inglaterra: York





