Dos Dolomitas de volta ao aeroporto

Índice deste post

  1. Cencenighe Agordino 
  2. Lago del Mis
  3. Lago di Santa Croce
  4. Lago Morto
  5. Fossalta di Piave
  6. Aeroporto Marco Polo
  7. Conclusão da viagem

Hoje era o dia que deixaríamos os Dolomitas para trás. Tinha sido uma semana magnífica e sem dúvida os Dolomitas tinham ultrapassado todas as nossas expectativas. Para este último dia quisemos aproveitar a oportunidade para conhecer alguns dos sítios que ficam entre os Dolomitas e o aeroporto de Veneza. A visita a estes locais seria breve, mas provavelmente não os teríamos ficado a conhecer de outra forma. No total foram 5 paragens antes de chegarmos ao aeroporto e entregarmos o carro à Noleggiare (a companhia de aluguer de carros).

Cencenighe Agordino 

Esta paragem foi feita depois de conduzirmos por meia hora desde TEA San Pellegrino. Não houve uma razão específica para pararmos aqui sem ser termos achado esta vila (?aldeia) pitoresca. Deixámos o carro no Parcheggio Lago del Ghirlo que por sinal era gratuito e fomos em direcção ao centro. O que encontrámos em Cencenighe Agordino foi uma bonita vila rodeada por montanhas e acompanhada por um ribeiro. Como era Sábado, quando atravessámos uma das pontes que passam por cima do rio fomos dar ao mercado. Demos uma volta por ali a ver o que estava a ser vendido nos tendeiros indo depois até à igreja ‘Chiesa Parrocchiale di Sant’Antonio Abate’. A igreja infelizmente estava fechada por isso não pudemos visitá-la.

Cencenighe Agordino

Durante este passeio vimos uma pequena multidão no cruzamento principal de Cencenighe Agordino. Devia haver uma espécie de competição pois muita gente estava a sair dali de bicicleta. O mais curioso é que havia alguns que já iam bem tocados e outros iam agarrados às suas garrafas de cerveja enquanto pedalavam. Não sei que tipo de competição era aquela, mas não se podia dizer que não era animada.

Apesar do passeio ter sido breve gostámos bastante deste local e se ficarem em Belluno considerem antes ficar em Cencenighe Agordino do que na zona de Falcade.

Lago del Mis

Com uma condução de mais 40 minutos parámos no coração do parque nacional Dolomiti Bellunesi, no Lago del Mis. De todas as paragens que fizemos neste dia, esta foi a de que tive mais pena de não passar mais tempo a explorar. Estacionámos no parque de estacionamento ‘Parco naturale del Mis area parcheggio’ ao lado de um restaurante e café.

Lago del Mis

Fomos até à margem do lago onde várias pessoas descansavam e os mais aventureiros nadavam dentro das águas calmas. O tempo não estava assim grande coisa e passado uns 10 minutos, se tanto, começou a chover. Apesar da chuva não ter sido intensa acabámos por nos ir embora pouco tempo depois. Aproveitámos esta pausa para algo mais práctico, como ir à casa-de-banho, e foi nestas andanças que vi que dali se podia apanhar um trilho que entrava pela floresta adentro. A casa-de-banho foi bastante curiosa já que não havia sanitas apenas um buraco no chão.

Lago del Mis

Espero que no futuro tenha oportunidade de voltar ao parque nacional Dolomiti Bellunesi e explorar cascatas, trilhos e montanhas da zona.

Lago di Santa Croce

Do Lago del Mis até Farra d’Alpago foi practicamente uma hora a conduzir. E em Farra d’Alpago, ainda em Belluno, é onde fica o Lago di Santa Croce, a razão para esta paragem. O tempo a partir daqui começou a mudar e fomos apanhando cada vez mais calor até chegarmos ao aeroporto.

Praia da Farra

O estacionamento junto ao lago é pago, mas conseguimos encontrar um pequeno parque grátis que fica junto à ponte que passa sobre o ribeiro antes de chegar à vila. Este estacionamento não está sinalizado sendo muito fácil não se dar por ele. Fica no entanto aqui o aviso de que é preciso pagar o estacionamento ao pé da praia da Farra Enquanto ali estivemos vimos os carros a serem verificados várias vezes.

Antes de irmos até ao lago fomos passear pela vila, mas esta parecia deserta. Os restaurantes, cafés e padarias pareciam estar fechados e não se via vivalma. Isto mudou quando chegámos ao lago, mais especificamente à praia da Farra. Havia imenso pessoal deitado nas toalhas, ou a fazer windsurf (prancha e vela) ou kitesurf (prancha e parapente).

Praia da Farra

Nós como não estávamos vestidos para fazer praia ou qualquer tipo de desporto aquático ficámos um bom bocado sentados num dos bancos a conversar e a olhar para o lago.

Lago Morto

A menos de 10km para sul parávamos no último lago do dia, o Lago Morto. Este é um lago bem mais pequeno do que o Lago di Santa Croce, mas não menos importante. Como o tempo estava bom encontrámos um parque de estacionamento bastante concorrido. Havia pessoas a nadar no lago, outros sentados nas suas margens e ainda mais pessoas a fazerem como nós, sentados numa das mesas do Chiosco Paradiso by Bepy, um pequeno bar onde eram servidas bebidas e sandes.

De todo os lugares onde estivemos durante o dia, este foi onde passámos mais tempo. Pedimos duas rodadas de bebidas que incluíram cerveja, Midori Spritz e Hugo Spritz. Tivemos de nos ficar pelas duas bebidas pois ainda tínhamos um longo caminho até ao aeroporto. A meio pedimos uma sandes para dividir já que o jantar seria só no aeroporto.

Sugestão: estas três últimas paragens devem fazer parte do itinerário para quem quer ficar a conhecer a zona de Belluno e o parque nacional. Nós só visitámos estes locais de passagem, mas parece-me valer a pena incluí-los numa viagem a esta zona de Itália.

Fossalta di Piave

Esta foi uma paragem que aconteceu ao acaso e na verdade só aconteceu porque tínhamos algum tempo livre. Apesar das várias paragens chegámos a Fossalta di Piave às 6 da tarde. Como o nosso voo era só às 11 ainda tínhamos umas horas para nos entreter e escolhemos Fossalta di Piave por ser a cidade mais perto do aeroporto. Sem grandes planos saímos para um sol abrasador apesar de estarmos já a entrar no final de tarde. Deixámos o carro no parque de estacionamento grátis na rotunda em frente à torre ‘Monumento della Prima e Seconda Guerra Mondiale’. Esta torre foi uma inesperada surpresa pois é bastante parecida embora mais pequena com o famoso Campanário de São Marcos em Veneza. As parecenças na sua arquitectura não podem ser negadas (ver fotografias abaixo)

Já que aqui estávamos fomos visitar dois locais, o Battistero della Pace e a Ponte di barche Zamuner. Aproveitámos assim para passear um pouco pelas ruas desta cidade sem pressas e ao contrário do normal, sem expectativas.

O Battistero della Pace é um monumento que foi inaugurado em junho de 1983 e é dedicado à paz, tal como o seu nome indica. Este monumento é um memorial aos ‘Ragazzi del 99’ (em português: os rapazes de 99), expressão que se refere aos italianos que nasceram em 1899 e que foram convocados para a guerra em 1917 ao fazerem 18 anos. Penso que é possível visitar o interior deste memorial, mas à hora em que aqui estivemos encontrava-se fechado. Antes de voltarmos para trás fomos rapidamente ver a ponte flutuante privada construída em 1951, Ponte di barche Zamuner, que ainda hoje está em funcionamento e que requer o pagamento de uma taxa para atravessá-la.

Aeroporto Marco Polo

E assim chegávamos ao nosso destino. Depois de encontrarmos uma bomba de gasolina perto do aeroporto para enchermos o depósito do carro, de acordo com o contracto de aluguer, fomos entregá-lo à Noleggiare. Este é sempre um momento de alguma ansiedade. Não porque aconteceu alguma coisa ao carro, mas por causa das histórias que ouvimos e lemos de estragos causados anteriormente serem atribuídos na altura da entrega. Por isso é que nós no dia em que ficamos com o carro tiramos sempre bastantes fotos ainda antes de sairmos do aeroporto. Mas não houve problemas e a entrega do carro foi super rápida, recebendo a confirmação da devolução do depósito nesse mesmo dia.

Hambúrguer de pancetta e provola no Doppio Malto

Deixo esta viagem com o nosso jantar que foi bastante melhor do que o esperado. Escolhemos o restaurante da franchise Doppio Malto e acabámos por escolher hambúrgueres de pancetta e provola para jantar. Se procurarem sobre este local na internet aviso desde já que está mal avaliado, mas a nossa experiência não teve nada de errado. Arranjaram-nos mesa rapidamente, o serviço foi rápido com o nível de simpatia e atenção esperada e a comida era bastante boa.

Um de nós até disse que esta tinha sido uma das melhores refeições de toda a viagem – e isto é um grande elogio já que tivemos muito boas refeições. Mas bons hambúrgueres e boas batatas fritas que levaram ao final desta fantástica viagem.

Website oficial do Doppio Malto: https://www.doppiomalto.com/it/ristoranti/venezia/

Conclusão da viagem

Os Dolomitas era um dos locais que constava na nossa lista de viagens já há algum tempo. E não há dúvida que merecem toda a atenção que tem aumentado ao longo dos anos. Se íamos com imensas expectativas todas elas foram ultrapassadas pela positiva. Foram dias de constantes paisagens dignas de quadros; uma atrás da outra sendo a parte mais difícil a de não parar a cada 5 minutos para tirar fotografias.

O meu conselho: se tiverem oportunidade de fazer uma viagem aos Dolomitas façam-na, mas como tenho tido algumas vezes façam-na a vosso gosto, a vosso ritmo e tenham tempo para puder ver os locais com olhos de ver. Não interessa o que outros viram se mais se menos, aproveitem cada minuto da VOSSA viagem porque as memórias no final serão vossas. Porque se para nós esta viagem chegou ao fim, as memórias ficarão para sempre.

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