Um trilho para todos nos Dolomitas e jantar em San Cassiano

Índice desta página

  1. Trilho de 10Km em Vallunga
    1. Onde estacionar
    2. Vallunga
    3. Trilhos em Vallunga
    4. Mapa do nosso trilho
  2. Restaurante La Vedla

Trilho de 10Km em Vallunga

Depois da manhã e parte do início da tarde passados a explorar Seceda e Ortisei, chegávamos a Selva di Val Gardena para o segundo trilho do dia, o trilho de Vallunga.

Início do trilho de Vallunga. A capela de São Silvestre pode ser vista mais à frente no caminho.

Tínhamos escolhido este trilho por ser de nível fácil, sendo considerado um dos melhores trilhos para quem vem com crianças pequenas ou tem problemas de mobilidade. É também um bom local para picnics. Nós vínhamos com a ideia de fazer o trilho de 5km, mas como estávamos enganados! Porque acabámos por fazer mais que 10Km. Mas já lá vamos.

Onde estacionar

Para quem vem a Vallunga de carro há um pequeno parque de estacionamento logo à entrada do trilho, perto do café Ristoro Jause. O parque de estacionamento é pequeno, mas à hora que viemos, por volta das 3 da tarde, havia bastante estacionamento e o melhor ainda é que o parque era gratuito. Pelo menos as máquinas não estavam a funcionar no início de junho, mas suspeito que em julho e agosto já não seja assim. Para nós foi uma óptima surpresa.

Vallunga

Vallunga é um vale parte do parque nacional Puez-Odle, ao qual também pertence Seceda. Apesar de não se ter as vistas magníficas de Seceda não deixa de ser um lugar lindíssimo com planatos e floresta envoltos por magníficas montanhas.

Trilhos em Vallunga

Logo no início do trilho há um mapa com os vários caminhos e as diferentes distâncias (fotografia abaixo). O que nós queríamos fazer era o caminho de 5Km, ou seja, o DROC, mas em algum ponto perdemos a placa a indicar onde virar para trás e continuámos a andar e a andar até chegarmos ao grande planalto Pra da Rì. Ou seja pelo mapa acabámos por fazer o trilho dos 10Km.

Mapa com os diferentes trilhos em Vallunga

Pelo trilho fomos encontrando certos pontos de interesse. Nos primeiros quilómetros passámos por uma pequena capela, a Cappella di San Silvestre, e por uma estátua de uma cabra ou talvez bode montanhês. Curiosamente, não vimos nenhuma ao vivo. Nem cabras, nem vacas, nem ovelhas, que são alguns dos animais que alguns websites dizem podermos encontrar em Vallunga. Mais à frente entrámos na zona florestal onde encontrámos a Selva fontana naturale, uma fonte que nos deu imenso jeito no caminho de volta quando já estávamos quase sem água. Também passámos por um ponto histórico, Kalkbrennofen, um forno de cal que data 1870. Este forno foi usado até 1950, altura em que o cimento passou a ser o material de eleição para construção. Pelo caminho também encontrámos em pontos estratégicos vários bancos de madeira que serviam tanto para descansar como para apreciar a paisagem.

A mais ou menos meio caminho passámos por um portão de ferro onde indicava que estávamos prestes a entrar no parque nacional Puez-Odle. E pouco mais à frente foi quando chegámos ao grande planalto Pra da Rí. Depois de passarmos este planalto encontrámos um pequeno riacho que supusemos ser alimentado por uma das cascatas que vimos ao longe pelo caminho. E o trilho continua depois do riacho, mas foi aqui que decidimos voltar para trás.

Banco de madeira no trilho de Vallunga

O caminho de volta foi practicamente o mesmo da ida, mas depois da fonte quisemos seguir pelo trilho que continuava pela floresta em vez do que passava junto à capela (ver o mapa abaixo).

O que não sabíamos é que esta escolha ia ter um impacto enorme na forma como acabaria para nós este trilho. Então não é que passa um cervo mesmo à nossa frente no meio do caminho? Isto foi quase momento da Disney. Mas o cervo nem se manifestou com a nossa presença, passou de um lado para o outro da floresta sem nos ligar nenhuma.

Com isto tudo acabámos por sair de Vallunga já às 7 da tarde, o que foi bem mais tarde do que queríamos.

Mapa do nosso trilho

Concluindo, Vallunga é um bom trilho para quem não quer grandes desafios, mas quer ver bonitas paisagens. Eu confesso que não dei o devido valor a este trilho, depois de Seceda estava cansada, a ficar com fome, a ficar sem água, que é uma das piores coisas que pode acontecer num trilho, e as pernas e os pés já começavam a queixar-se. No entanto, voltaria a fazê-lo, mas noutras condições, ou com mais tempo ou menos cansada.  

Restaurante La Vedla

Chegámos à Pensione Edelweiss pouco antes das 8 da noite e a esta hora a barriga já estava a pedir por alimento. Por isso foi tomar banho, mudar de roupa e ir jantar. Depois deste dia intenso a nossa vontade era de não voltar a pegar no carro. E foi por isso que decidimos ir jantar ao restaurante-pizzeria La Vedla que ficava mesmo ao lado da pensão.

Mesmo sem marcação rapidamente nos arranjaram mesa e apresentaram-nos os menus. Nós vínhamos com ideias de comer pizza e foi isso que escolhemos.

Pizzas do restaurante La Vedla

Eu pedi uma pizza com mortadela, burrata e pistachio (Mortazza), enquanto que o meu marido escolheu uma com anchovas (pizza Estate), que era algo que ele já andava há algum tempo para experimentar. Para beber ‘teve de ser’ um aperol spritz. O serviço foi rápido e gostei do ambiente animado do restaurante. E gostava de puder dizer que as pizzas eram deliciosas. Mas penso que este foi o jantar mais fraquinho de todos os que tivemos nos Dolomitas. A massa da pizza não era a melhor, especialmente comparando com a do dia anterior, no restaurante L’Fanà. A pizza do meu marido era bastante salgada devido às anchovas e a mistura com as azeitonas não ajudava a cortar o salgado. A minha pizza, no entanto, não era má. Aliás as pizzas não eram más, de todo, apenas piores em comparação com as dos outros restaurantes onde fomos. Tal como o aperol, os dos outros restaurantes foram melhores. Ou seja, bom ambiente, bom serviço, mas comida e bebida medianas.

Mas a localização do restaurante era ideal para nós especialmente depois de um dia longo a fazer mais de 25Km a pé. Por isso não houve nenhum arrependimento em vir jantar aqui.

Strudel com gelado de baunilha do restaurante La Vedla

Desta vez ainda houve espaço para sobremesa e escolhi algo que estava na minha lista de ‘pratos a provar nos Dolomitas’ – o famoso strudel. Nada como acabar uma refeição com algo doce acompanhado por um bom café espresso.

Website oficial do restaurante La Vedla pode ser acedido aqui: https://lavedla.it/la-vedla-2/

No próximo post (Alpe di Siusi, o planalto do alto)

No próximo post vamos falar do nosso terceiro dia nos Dolomitas, dia esse que começou em Alpe di Siusi. Depois de um trilho acompanhado de nuvens fomos visitar duas igrejas lindíssimas, e onde ficámos a saber que naquele dia era feriado em Itália. E nós a pensar que vínhamos bem preparados para esta viagem 😅.

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