Yorkshire – Robin Hood’s Bay, Ravenscar e York

Índice deste post

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  2. Costa de Yorkshire
    1. Robin Hood’s Bay
    2. Ravenscar
  3. Cidade de York
    1. B+B York
    2. Shambles
    3. Valhalla
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Esta road trip começou pela costa de Norfolk, mais especificamente em Horsey Gap e Blakeney. Foi aqui que vimos pela primeira vez os leões marinhos e os seus bebés no seu habitat natural. No dia seguinte, conduzimos para norte até à costa de Yorkshire para conhecer duas vilas, Sandsend e Whitby. Já instalados em Egton, uma vila do parque nacional de North York Moors, passámos os dois dias seguintes a fazer trilhos e a visitar pitorescas vilas (dia 1 e dia 2). Os trilhos que escolhemos para esta viagem foram o Hole of Horcum, Dalby Forest, Littlebeck e Falling Foss e por último a cascata de Mallyan Spout. Em relação às bonitas vilas pudemos contar com Thorton-le-Dale, Grosmont e Goathland. Hoje vamos falar do último dia que passámos em Yorkshire, agora em outra parte da costa onde mais uma vez vimos leões marinhos e os seus bebés.

Costa de Yorkshire

Hoje foi o dia da viagem com pior tempo; algum nevoeiro, frio e aquela humidade desconfortável que não chega bem a ser chuva. Tempo típico de Inglaterra, portanto.

Costa de Yorkshire

A manhã deste quinto dia da viagem começou com o pequeno-almoço no pub The Witching Post Inn. Nos últimos dias tinha pedido o famoso pequeno-almoço inglês (Full English Breakfast), mas em prol da saúde hoje pedi torradas com ovos escalfados, um dos meus pequenos-almoços preferidos. Depois do pequeno-almoço chegou a hora do check-out e foi com muita pena e promessas de voltar que deixámos Egton.

Robin Hood’s Bay

O destino para o final deste dia era a cidade de York onde iríamos passar a noite. Mas antes estava planeado conhecer mais duas vilas da costa de Yorkshire, Robin Hood’s Bay e Ravenscar.

Chegámos a Robin Hood’s Bay por volta das 10 da manhã e deixámos o carro numa das ruas da vila onde o estacionamento era gratuito. A vila pareceu-nos meio deserta, o que afinal não nos surpreendeu já que o tempo não puxava para grandes caminhadas. No entanto, esta vila pescatória é um dos locais mais procurados da zona para caminhadas e praia.

A costa de North Yorkshire conta com uma distância de cerca de 70km entre as vilas de Staithes e Filey, caracterizada por falésias íngremes, instáveis e em constante erosão, formando baías como Robin Hood’s Bay. O aparecimento destas falésias começou no período do Jurássico Inferior com a formação de xistos, os quais foram posteriormente cobertos por arenitos durante o Jurássico Médio. Por sua vez, estes foram mais tarde cobertos por depósitos glaciares. As grandes baías e vales que se formaram são a consequência visível da erosão de zonas mais frágeis, de falhas geológicas, da glaciação e de deslizamentos de terras pela linha costeira de Yorkshire.

Praia de Robin Hood’s Bay

Quanto à nossa visita à vila de Robin Hood’s Bay, esta não se alongou por muito tempo, já que o tempo estava por esta altura bastante desagradável. Mas não nos fomos embora sem primeiro passear pelas pitorescas e estreitas ruas da vila que nos levaram até ao miradouro Mosaic Seal Wall. Aqui encontrámos um placard contendo informações sobre os esforços que se tem feito para reduzir o impacto da erosão em Robin Hood’s Bay. Descemos pela King Street até à praia e subimos depois pela New Road de regresso ao carro.

Ravenscar

De Robin Hood’s Bay até Ravenscar demorámos cerca de meia hora de carro. Também se pode fazer o trilho de 11 milhas (17 km) a pé entre estas duas vilas que é na verdade o trilho mais popular da região. Com o tempo como estava nem sequer chegámos a considerar essa opção. Estacionámos o carro em Raven Hall Road perto das casas de banho públicas. O parque de estacionamento junto à estrada nesta altura do ano é gratuito e perto de onde começa o trilho que desce pela falésia. Viemos até Ravenscar por uma razão, não para conhecer a vila, mas para ver a colónia de leões marinhos que vive na praia mesmo abaixo da falésia onde fica o hotel Grand Villa Heights.

Em Ravenscar

O percurso começa por atravessar campos verdejantes com pouca inclinação. No entanto, chegando a um cruzamento o caminho que desce a inclinada falésia até à praia torna-se muito mais irregular. Enquanto descemos por este caminho fomos encontrando placards com avisos e cuidados a ter ao nos aproximarmos da colónia. O principal é claro o de não disturbar a colónia de leões marinhos já que assustar estes animais pode levá-los a magoar-se ao tentar fugir por entre as rochas. A forma mais segura é mesmo levar binóculos e vê-los de uma distância de segurança para os animais e de certa forma para as pessoas. Nós descemos até à praia e ficámos numa zona afastada, quase escondida atrás das rochas. E ali estavam aqueles animais engraçados. O incrível era o barulho que faziam, quase como um cântico. E talvez por não ser esperado ou talvez por os leões marinhos estarem mais em grupo gostei ainda mais desta experiência do que a de Norfolk, sem querer tirar o brilho a nenhuma delas. Fomos muito sortudos poder ver estes animais no seu habitat natural e como eles interagem entre si.

Leões marinhos e os seus bebés em Ravenscar

Por outro lado, a paisagem que se estendia pela linha costeira era incrível mesmo não sendo um dia de sol, o que deve sem dúvida aumentar a beleza do local.

Uma das curiosidades sobre a vila de Ravenscar, que confesso acabámos por não visitar, tem origem no final da época vitoriana, altura em foram projectados planos para tornar Ravenscar em um grande resort que iria rivalizar com as cidades à volta como Scarborough e Whitby. Seguindo os planos, estradas foram pavimentadas, o sistema de esgotos instalado e até algumas casas construídas. No entanto, ‘Peak’, o nome do tal resort, acabou por nunca ser construído. E é por isso que hoje em dia o National Trust descreve Ravenscar como a ‘the town that never was’ (a cidade que nunca existiu).

Cidade de York

Quisemos chegar à cidade de York antes das 5 da tarde para irmos comer ao Shambles Market, o mercado da cidade. Nós já tínhamos vindo a York em janeiro de 2024, onde passámos um fim-de-semana grande a visitar a catedral, o que resta da fortaleza à volta da cidade, e até o museu, onde se encontra replicada uma rua típica da era vitoriana. Para além de toda a comida deliciosa que tínhamos experimentado em The House of Trembling Madness, Shambles Kitchen e Ambrosia Greek Food.

Os detalhes dessa viagem a York estão disponíveis na seguinte página deste blog: York

B+B York

Desta vez ficámos hospedados no B+B York, mas confesso que gostei mais do sítio onde ficámos da primeira vez, no The Crescent Guesthouse. No entanto, não foi um mau sítio, o nosso quarto era virado para a parte de trás por isso não tivemos o barulho do trânsito e era perto o suficiente para pudermos ir ao centro da cidade a pé.

Pequeno-almoço (eggs benedict) do B+B York

O espaço do quarto era adequado, talvez precisasse de alguns melhoramentos, e o pequeno-almoço também teve a qualidade esperada. Para além que oferecia estacionamento gratuito, o que pode ser um desafio em York.

Shambles

Depois do check-in feito e as malas postas no quarto fomos então em direcção ao mercado de Shambles (Shambles market). Chegámos perto das 4 e meia indo logo para a roulotte que tínhamos ambos em mente, a NaNa Noodle Bar. Este restaurante ambulante já nos tinha chamado a atenção na primeira vez que aqui viemos, mas na altura escolhemos o gyros da Ambrosia Greek Food que vos garanto também é uma óptima escolha.

No NaNa Noodle Bar escolhemos o pad thai e noodles com frango frito e molho agridoce. Como gostámos imenso de ambos os pratos, ainda fizemos um terceiro pedido antes do mercado de fechar: noodles com camarão tempura. Cada pedido vinha em grandes caixas de cartão e cada custou cerca de 9 libras.

Depois do mercado fechar às 5 da tarde, fomos dar uma volta pela cidade, passando pela zona dos Shambles, uma das zonas mais históricas de York, e entrando na igreja de todos os santos – Parish of All Saints, Pavement. Este passeio durou cerca de 1 hora até porque já tínhamos conhecido grande parte das lojas como a ‘The Shop that must not be named’ em referência ao Harry Potter e a The Society of Alchemists guardada pelo dragão que respira.

Valhalla

Apesar da ideia inicial para esta noite era a de fazer um pouco pub crawl acabámos por terminá-la mais cedo do que o esperado. Como a gripe decidiu aparecer em força no final deste dia acabámos por voltar para o quarto bastante cedo. No entanto, ainda fizemos uma paragem no bar viking Valhalla. Já tínhamos vindo aqui durante a primeira viagem a York, aliás viemos várias vezes durante essa viagem, e hoje não poderíamos perder a oportunidade de vir até Valhalla mais uma vez.

O melhor deste bar são os hidroméis de diferentes sabores como o de framboesa, alperce, cereja e o esperado mel. A decoração do local também é bastante impressionante com crânios de animais e ossos, mas ao mesmo tempo tem uma atmosfera incrivelmente confortável.

E foi a bebericar um copo de hidromel e a ouvir música metal que acabámos a noite em York. De novo deixo aqui o link da página da nossa viagem a esta que é considerada uma das cidades mais assombradas de Inglaterra: York

Próximo post

O próximo post será o último desta road trip e será sobre a cidade de Leeds. Esta cidade foi incluída no itinerário por termos bilhetes para um concerto e já que cá estávamos aproveitámos para ficar a conhecer um pouco da zona. Todos os detalhes estarão brevemente disponíveis neste blog.

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