Roteiro na Irlanda: Malin Head & Letterkenny

Neste post vou falar da segunda parte do primeiro dia na Irlanda, quando chegámos a Greencastle depois de termos apanhado o ferry em Magilligan Point. A travessia de ferry de uma costa à outra foi rapidíssima, mal chegou a 15 minutos. Depois de sairmos do ferry em Greencastle fizemos uma paragem em Inishowen. Esperávamos um miradouro com uma vista maravilhosa para a costa, mas encontrámos apenas umas vacas a pastar no campo e um casebre abandonado. Afinal em Inishowen se tiverem tempo o que há para fazer é o trilho de Inishowen Head Loop com uma distância de 8.5Km que demora de 2 a 3 horas a percorrer (https://www.govisitinishowen.com/directory/inishowen-head-loop/).

Inishowen

Malin Head

Voltando para o carro e uma vez que o tempo estava bom, fantástico na verdade, fomos até Malin Head. Quando planeámos o nosso percurso tínhamos deixado este lugar com um ponto de interrogação, pois não tínhamos a certeza se teríamos tempo suficiente para conduzir até lá ou se o tempo nos deixaria. Com chuva certamente que a experiência não teria sido a mesma. Mas sem chuva ou nevoeiro, Malin Head foi um dos locais mais marcantes da viagem.

Miradouro de Malin Head

Como tinha dito no último post, Malin Head é o ponto mais a norte da Irlanda continental, onde nos encontramos frente a frente com falésias dramáticas e rochedos espalhados pela costa. A paisagem é esmagadora.

Para chegar a Malin Head o melhor é deixar o carro no parque de estacionamento, este gratuito, e seguir pelo trilho de terra. Este caminho estreito segue até ao ‘miradouro’, Malin Head viewpoint, onde se vê as duas ilhas, ou melhor os dois rochedos, Scheildren Mór e Scheildren beag. Todo o percurso pelo trilho segue junto à costa oferecendo vistas magníficas da costa e das várias formações rochosas.

Percorrer o caminho do parque de estacionamento até ao miradouro de Malin Head e depois de volta levou-nos cerca de 1 hora e pouco. Mas facilmente se passa aqui mais tempo se se quiser estender o trilho ou mesmo visitar a torre de Lloyds Signal, mesmo ao lado do parque de estacionamento. A torre já teve vários papéis como o de torre de sinalização, torre meteorológica e de estação telegráfica dos correios. De momento, a torre encontra-se em desuso. O trilho não é difícil de percorrer, quase sempre a direito, mas como é de terra batida com chuva pode tornar-se bastante escorregadio. No entanto, se o tempo permitir vale imenso a pena visitar e explorar Malin Head.


Yellow Pepper em Letterkenny

A viagem entre Malin Head e Letterkenny levou-nos 1 hora e meia. Como a meio da viagem já apetecia petiscar parámos numa pequena vila, Muff, onde vimos um pub com uma grande pintura na fachada (figura abaixo). O pub chamava-se The Squealin’ Pig. Chegámos a entrar, mas afinal não vendiam comida. Para não perder tempo acabámos por parar na bomba de gasolina ali ao lado, onde havia um pequeno supermercado, ou mais uma loja de conveniência. Acabámos por comprar não só snacks para comer antes do jantar como para o pequeno-almoço do dia seguinte.

Fachada do pub The Squalin’ Pig

Quando chegámos a Letterkenny já estava na hora do jantar e decidimos ir para o restaurante e depois então fazer o check-in na nossa acomodação. Tínhamos tido uma dica de um amigo sobre um dos melhores restaurantes em Letterkenny, o Yellow Pepper. E não foi preciso pensar duas vezes, era ao Yellow Pepper que iríamos jantar.

O edifício do restaurante foi originalmente uma fábrica de camisas é desde 1994 tornou-se neste restaurante familiar muito procurado. O restaurante manteve as paredes de pedras originais, as vigas vitorianas de ferro fundido e os pisos de madeira desgastos onde tantas e tantas pessoas pisaram desde 1800. O restaurante Yellow Pepper tem 5 salas para jantar. A nós calhou-nos uma sala coberta onde entrava a luz natural de fim de tarde. A sala transmitia um ambiente descontraído e agradável. No entanto, ficámos com pena de não termos ficado na sala principal onde o ambiente pareceu-nos mais íntimo e aconchegante. Mas não ficámos assim tão desapontados quando chegou a comida. Para tal qualidade claro que os ingredientes são locais. Eu escolhi o prato de bacalhau, ‘spanish style cod fish’, com molho de tomate, pimentos e paprica. Estava delicioso e nenhuma fotografia faz jus à qualidade dos ingredientes deste prato. Também os cocktails eram óptimos e só não bebemos mais porque ainda tínhamos de conduzir até à nossa acomodação.

Spanish style cod fish no restaurante Yellow Pepper em Letterkenny

Melhor ainda que a comida e a bebida foi o atendimento. Eu estava completamente assombrada (pela positiva) com a maneira como fomos recebidos e tratados durante toda a refeição. Não podiam ter sido mais amistosos, atenciosos e no final até nos deram indicações de como encontrar a casa onde íamos ficar. Se estiverem em Letterkenny, Yellow Pepper é o local a não perder.


Dormir em Procklis

Vista do nosso Airbnb

Como tinha dito no primeiro post sobre esta viagem não consigo encontrar o link para o Airbnb. O que é uma pena porque foi uma óptima escolha. Não só podemos fazer o check-in à hora que quisemos, check-in esse que constava em ir buscar a chave a um determinado local dentro da quinta, como o celeiro renovado oferecia condições óptimas. O celeiro tinha dois quartos, uma cama de casal num dos quartos e duas camas de solteiro no outro, uma casa-de-banho e uma enorme sala e cozinha conjuntas. Como a quinta ficava numa zona sossegada passámos uma noite em completo silêncio.

No dia seguinte acordámos cedo e a bebericar a nossa primeira caneca de café aproveitámos para aproveitar a paisagem da nossa varanda incluindo um céu limpo azul sem nuvens. Depois de nos arranjarmos, de pequeno-almoço tomado e malas no carro, estávamos preparados para mais um dia e para a nossa próxima paragem, o parque nacional de Glenveagh, ou em gaélico Loch Ghleann Bheatha.


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