Depois de no último post vos ter deixado uma ideia do porquê o parque nacional Exmoor é considerado um local especial para observação do céu, agora deixo-vos as razões porque este lugar é especial para amantes da natureza. Nós estivemos cerca de 2 dias e meio em Exmoor e foi tempo suficiente para pararmos nas zonas mais turísticas, nos locais mais conhecidos e percorrer os trilhos mais bem avaliados. No entanto, se quiserem percorrer a área a fundo terão que estender a vossa estadia. Mas, como disse, para nós foi o suficiente.
O trilho de Watersmeet
Depois de um pequeno-almoço no Exmoor Lodge que inclui fruta fresca, café/chá, sumo de fruta natural e ovos mexidos com salmão fumado, Watersmeet foi a nossa primeira paragem do dia.
Pequeno-almoço em Exmoor Lodge Ovos mexidos com salmão fumado em Exmoor Lodge
Watersmeet é um dos trilhos mais bem avaliados em Exmoor e por isso não podemos deixar de aqui vir. Estacionámos ao pé da ponte Hillsford onde existe uma entrada para o trilho de Watersmeet. O percurso não é longo e também não pede muito ao corpo (como muitas vezes acontece). O percurso circular (ida e volta) demorará cerca de 1 hora se forem com calma e são cerca de 3Km.
Hillsford bridge Watersmeet
Nós não fizemos o percurso oficial que pode ser encontra no website: https://www.nationaltrust.org.uk/watersmeet/trails/watersmeet-to-ash-bridge-circular-walk, que começa no estacionamento “oficial” do local e começa em Watersmeet até à ponte de Ash. Como normalmente esses parques de estacionamento são pagos, preferimos deixar o carro noutro local (ao é da ponte de Hillsford) e começar o trilho pela ponta oposta. Assim sendo, Watersmeet foi o nosso marco de viragem. Como o tempo estava ótimo e a paisagem pedia a isso, estivemos bastante tempo por aqui a tirar fotografias e como não podia de ser a molhar os pés. E mesmo só os pés porque a água era muito fria. Nesta zona também existe um café com mesas no jardim onde podem desfrutar relaxadamente da paisagem.
Lynton and Lynmouth Cliff Railway


Segunda paragem foi em Lynmouth, uma cidade costeira. Existe um trilho que liga Watersmeet a Lynmouth, mas nós fizemos o caminho entre os locais de carro, devido a restrições de tempo. Aviso que para estacionar em Lynmouth não é assim muito fácil, existe um parque de estacionamento na cidade, mas pelo menos no dia em viemos estava cheíssimo. Mas o tempo estava fantástico, o mar mesmo ali ao lado e uma cidade bonita fazem o conjunto perfeito para o chamamento de turistas e locais. Nós quisemos vir a Lynmouth devido ao funicular que liga Lynton (topo da escarpa) a Lynmouth (rapé). Este funicular foi construído em 1888 e encontra-se em funcionamento desde 1890. O funcionamento do funicular é bastante único porque é unicamente movido a água, água essa proveniente do rio completamente renovável. Este funicular é a ferrovia mais alta e mais íngreme movida a água do mundo. O bilhete para a ida são 3 libras por pessoa.
Como fizemos a subida de Lynmouth até Lynton aproveitámos por passear pelas ruazinhas da vila e fizemos uma paragem rápida num pub até seguirmos para a nossa próxima paragem.



Valley of Rocks
O Valley of Rocks, ou traduzindo para português, o vale de rochas é um local conhecido pela sua geologia e paisagem. O Valley of Rocks fica a cerca de 1Km de Lynton, por isso podem sempre fazer o percurso de Lynton até aqui a pé. No Valley of Rocks fizemos o trilho que vai junto à escarpa, onde se é acompanhado pelo azul do mar.
Fotografia do trilho que vai junto à escarpa
Também ainda subimos até um dos montes mas não nos atrevemos a subir até ao topo, visto que a queda era muito provavelmente fatal.Dizem que este local também é conhecido pelos rebanhos de cabras selvagens, mas nós não as encontrámos.

Tarr Steps
Este foi o nosso último local de paragem em Exmoor, já na segunda-feira. Tarr Steps é mais conhecido pela ponte pedonal antiga feita de pedra que atravessa o rio Barle. Seguimos pelo trilho circular em volta do rio (eu diria que é mais um riacho de que um rio) e aproveitámos para tirar mil fotografias. Assim como nós, muita gente andava ali a aproveitar o bom tempo e o contacto com a natureza.
O último jantar
Bem, estou a deixar a escrever relutantemente a review do local onde jantámos no Domingo à noite – “The Crown Hotel Exmoor”. O local até está bem avaliado, mas talvez seja pela acomodação que oferecem. A comida não era má, talvez um bocadinho mais cara do que o esperado para comida de pub, mesmo com a apresentação bonita das sobremesas. No entanto, o que ficou bem aquém desta experiência e posso mesmo dizer que me causou desconforto foi o ambiente que ali se gerou. É normal que não havendo muita seleção de pubs, os locais se concentrem num local para beber e parece que este foi o local escolhido. No entanto, quando acabámos a refeição, as pessoas que estavam a beber ao balcão – e a nossa mesa estava a poucos metros deste – estavam aos berros e completamente bêbados. E como ocupavam todo o balcão nem sabíamos como poderíamos pedir a conta, visto que já nem havia serviço às mesas. Depois de nos resignarmos lá fomos ao balcão, onde como se esperava começaram a fazer comentários desnecessários de tal modo que até o funcionário do estabelecimento nos disse para sairmos por outra porta. Uma situação extremamente desagradável, para uma refeição bastante mais dispendiosa que o normal e quando reviews semelhantes à minha se encontram na internet.



E como não quero acabar a minha viagem com uma nota negative sobre o Parque Nacional de Exmoor, até porque foram 2 dias e meio a passear em locais maravilhosos e bonitos deixo-vos uma curiosidade – uma árvore que se encontra em Tarr Steps:
Money tree – “Árvore do dinheiro”

Era costume no início do século XVIII colocar-se moedas em troncos árvores para pedir desejos. Estas moedas eram cravejadas no tronco das árvores com martelos ou com a ajuda de pedras. As pessoas deste tempo acreditavam por exemplo que enfiar uma moeda desta forma no tronco da árvore passaria a doença para a árvore e ocasionalmente para a pessoa que se atrevesse a tirar a moeda da árvore.