Escrever sobre Londres é algo que está há muito tempo na minha lista. E quando digo há muito tempo refiro-me a anos. Mas nunca me sinto preparada para escrever sobre esta cidade. Porque ainda mesmo agora, depois de 8 anos, a visitar ocasionalmente Londres, e morando a meia hora de distância, ainda não sinto que possa dizer que conheço Londres. Na verdade, nem sei se alguém pode dizer que a conhece totalmente. Não é só pelo tamanho da cidade e pelos vários distritos que a dividem, de tal maneira que até já me disseram que cada zona de Londres tem sotaques diferentes, mas porque está sempre muita coisa a acontecer ao mesmo tempo. Todos os fim-de-semanas há feiras, espetáculos e experiências a acontecer, dependendo da altura do ano.

Eu tenho a felicidade de dizer que já visitei Londres em todas as estações do ano e não há uma melhor que a outra, desde o Verão com os vários jardins para explorar, ao Outono com os tons de laranja a colorir a cidade, ao Natal com as suas ruas decoradas com mil luzinhas até à Primavera com as árvores em flores. Em qualquer altura que venham vão gostar de conhecer a cidade, uma cidade que é uma das mais multiculturais do mundo e uma das mais procuradas em todo o mundo. Qualquer que seja o vosso gosto em viagens, Londres tem. Qualquer que seja a vossa cozinha preferida, Londres tem. O que quer que procurem, Londres tem.Vão encontrar uma cidade que anda sempre num ritmo de mil à hora, mas no fim da viagem vão ter memórias de uma cidade inesquecível.

Eu nunca fiz o clássico turismo em Londres, como por exemplo passar uma semana a conhecer a cidade. Normalmente vou só por um dia visitar algo específico ou encontrar-me com amigos, por isso os próximos posts vão ser de locais que visitei, restaurantes que experimentei, coisas que vi, mas não numa forma planeada para um dia ou para uma semana em Londres. Do que incluir neste blog depois podem escolher o que mais vos agrada ou incluí-los com outros locais que ainda não visitei. Eu, por norma, em relação a museus vou aqueles que são de entrada gratuita, o que vão ver que são bastantes. E aproveito aqui para dar um alerta – confirmar o que já se sabe – que Londres é caro. Não quero desanimar ninguém mas contem com isso. Aliás é conhecido entre os que cá moram, como piada, que basta de sair de casa em Londres para já se ter gasto 50 libras. Mas a experiência é única e para ajudar eu vou falar de locais que não vos vão deixar paupérrimos e que vos vão dar uma experiência clara do que é a cidade de Londres.


Eu vou tentar por nos posts locais que ficam relativamente perto uns dos outros para que possam assim organizar-se por dia. Se me perguntarem o tempo ideal para visitar Londres eu diria que se querem ficar só no centro e ficar a conhecer os locais mais turísticos para aí uns 4 a 5 dias. Também depende de como se vão querer deslocar, se for a pé vão demorar muito mais do que se forem de transportes públicos, mas isso também se aplica a qualquer outra cidade. Mas há várias partes da cidade que ficam longe umas das outras e aconselho a que visitem a cidade também a pé, vão passar por feiras, apreciar a paisagem, encontrar pequenas roulottes com comida. A experiência será mais enriquecedora. No entanto, aconselho a aproveitarem os transportes públicos, para puderem incluir mais na vossa viagem. Suponho que o ideal é encontrar um balanço entre andar a pé e ir de transportes.
Transportes públicos em Londres
O meio de transporte mais conhecido e o preferido da cidade é o metro. Abaixo tem o mapa do metro e logo concordam que coloca o de Lisboa a um canto, tal como um jogo de crianças. Eu sei que a início pode parecer confuso, mas na verdade só tem de saber para que estação querem ir e em que linha é que a estação fica. As estações estão bem sinalizadas e só é mesmo confuso pelo número de linhas e paragens. Mas é um dos melhores meios de transportes, rápido, eficiente e constante. Se perderem um metro passado uns minutinhos outro estará a chegar

A maneira mais fácil (e barata) de se deslocarem em Londres é adquirirem um Oyster Card ou um Travel Card. Tem mais informações tanto sobre o Oyster Card como sobre as outras opções disponíveis, de acordo com os locais que querem visitar e a frequência com que vão ou pensam que vão apanhar transportes públicos, a partir deste webiste: https://tfl.gov.uk/travel-information/visiting-london/getting-around-london/best-ways-for-visitors-to-pay#on-this-page-1
Outra opção de transportes são os famosos autocarros vermelhos. Mas aviso desde já que o trânsito em Londres é terrível, por isso se a distância for curta aconselho a irem a pé pois há uma probabilidade muito grande de chegarem primeiro a pé do que o autocarro, especialmente à hora de ponta.

Na primeira vez que a nossa família nos veio visitar a Inglaterra, decidimos que para mostrar toda a cidade, sem ter de andar muito, apanhar os autocarros turísticos London Hop-on Hop-off. No entanto, não ficámos fãs da experiência! Primeiro o trânsito faz com que se perca muito tempo, tal como as filas para entrar nos mesmo autocarros que muitas vezes estavam apinhadíssimos! Aviso desde já que também o metro costuma estar muito cheio e que ao final do dia especialmente em dias de verão se encontra muitos desafios especialmente focados em cheiros e distância corporal. Mas claro que os tais autocarros vos leva a ter uma ideia sobre os vários locais centrais da cidade, pois passa por todos os pontos mais conhecidos. Apesar da minha opinião outros podem achar que é a opção ideal e por isso deixo aqui um link para várias empresas de autocarros turísticos: https://www.hop-on-hop-off-bus.com/london-bus-tours


Acrescento apenas que andar de metro em Londres é por si uma experiência turística. Este complexo de linhas é tão especial que até foi descoberto uma subespécie de mosquitos própria deste ambiente. Um microclima debaixo da cidade, onde milhares de pessoas percorrem estes túneis diariamente.
Hampstead Heath
Para entrar no mundo da vida londrina começar por mencionar um bom sítio especialmente se vierem no Verão – Hampstead Heath.
Para perceberem um bocadinho da cultura deste país, devido à imensa quantidade de dias por ano que não se vê sol, que chove, que está frio, mal há uma aberta azul no céu corre tudo para os parques. Durante um dia de Verão há gente espalhada por tudo o que é relvado, quer a fazer um picnic, quer a ler um livro, tanto sozinhos como com um enorme grupo de amigos. Se forem a Hamsptead Heath num sábado de manhã encontrarão imensa gente a correr, um hábito bastante comum de cá, ou a passear pelo parque com as crianças, cães ou amigos. E isto não se aplica só em Hampstead Heath mas a todos os locais com jardins como o Hyde Park ou mesmo Camden Town.

Hampstead Heath é um local muito especial, talvez mais conhecido pela paisagem lindíssima sobre a cidade de Londres e os seus altos edifícios, mas é especial porque apenas existe devido a uma longa e persistente luta no século XIX a fim de proteger um dos últimos ‘pulmões de Londres’. Quando vierem a Londres vão se aperceber o quanto é raro encontrar esta floresta com os seus lagos cobrindo mais de 3 Km2 a pouco menos de 6 Km do centro de Londres. Não é sem razão que este é um local bastante adorado por pintores, fotógrafos e até escritores. Outra coisa que podem fazer neste local é nadar. Sim nadar! Há uma zona dos lagos onde é permitido o fazer. E acreditem que mesmo em dias de frio há gente aventureira que o faz.
Venham com tempo para passear, mesmo que não queiram entrar dentro de água, ou fazer uma corrida, apenas aproveitar a paisagem panorâmica, num sítio tão improvável de ainda existir.

Para chegarem aqui apanham a linha de metro ‘Northern Line‘ e param na estação de Hampstead. Antes ou depois do passeio aconselho a que venham ao brunch em Silverberry. Este local não aceita reservas prévias, por isso muito provavelmente terão de esperar na fila. Mas vale imenso a pena. Eu experimentei os ovos turcos (imagem acima) e fiquei logo convencida, mas dos pratos que vi passar parece-me que qualquer escolha será uma boa escolha.
Camden Town

Londres é uma cidade enorme e em cada canto há algo para ver ou viver. É-me difícil escolher e dizer para fazer isto ou aquilo quando vai depender muito dos gostos de cada um. E dependendo dos gostos assim vão ser os locais em Londres que mais vos agradará. Talvez um dos locais mais conhecidos, pela sua diferença, é Camden Town. Este é talvez um dos locais que mais tenho visitado em Londres. É uma zona que tem de entrar em qualquer roteiro turístico, não só pelas suas ruas com as muitas lojas chamativas pelo seu design, como o canal por onde se pode passear, mas também pelo mercado com imensa comida deliciosa. Camden Town é talvez uma das zonas onde a diversidade cultural é mais sentida pois é um local onde se mistura todos os estilos. Eu adoro esta zona exatamente por isso, independentemente do estilo, do que se gosta de vestir ou como se parece fisicamente, vai-se sempre integrar nesta comunidade. É por isso uma zona muito procurada talvez mais por uma geração mais nova, mas não deixa de ser um local a visitar e a apreciar como turista. Naquelas ruas encontra-se o significado puro de uma cidade multicultural.


Em Camden Town o mercado é talvez o sítio central para comer. Aqui encontrarão várias bancas de cozinhas diferentes e todos de preços bastante acessíveis. Eu recomendo as Halloumi Fries de banca Oli Baba’s para petiscar e para uma refeição mais substancial, se também se quiserem sentar, porque no mercado torna-se difícil, a Pizza Pilgrims. Também podem aproveitar a promoção do restaurante Tai Pan Alley, se quiserem um jantar com bebidas à descrição. Deixo aqui o website se quiserem experimentar: https://www.taipanalley.co.uk/bottomless-dinner


Mas sem dúvida, aproveitem para passear pelas ruas e ao longo do canal, especialmente se estiver um dia bonito. Também podem sempre parar num dos pubs para umas bebidas, como por exemplo no pub The Ice Wharf mesmo ao lado do canal ou no The World’s End. The World’s End pode para muitos ser apenas um pub, mas é na verdade um marco na história no norte de Londres. O pub, no piso do rés-do-chão está disposto como a de um mercado, sendo um reflexo do mercado que outrora existia naquele mesmo local. Por baixo deste piso encontra-se The Underworld, o segundo bar onde há vários espetáculos de música, música esta que se pode dizer não apela a todos os gostos. É uma mistura de música eclética, e por isso mesmo o Underworld é muito procurado. Estes pubs têm uma longa história de pessoas famosas frequentadoras deste espaço, como por exemplo Charles Dickens.

The Regent’s Park


Mesmo ao lado de Camden Town e mudando completamente de vibe encontra-se The Regent’s Park, um jardim considerado como muitos a jóia da coroa britânica. O parque é um obra-prima de paisagismo e planejamento urbano projetado em inícios do século XIX por John Nash. Nash planeou a construção de várias casas residenciais que seriam altamente procuradas pela Regência para além de um palácio de Verão para o príncipe Regente. O palácio nunca se chegou a erguer e das casas apenas 8 foram construídas. No entanto, este passou a ser um Parque Real que apenas a partir de 1835 foi aberto ao público, no entanto apenas começando pelo lado leste do parque. Como podem imaginar, apesar dos planos de Nash não se terem realizado, esta é realmente uma das zonas caras de Londres.

Desde 1838 que a Royal Botanic Society (Sociedade Real Botânica) tem tido uma influência neste parque com a inclusão de o Inner Circle onde vão encontrar um lago e a coleção de rosas nos jardins Queen Mary’s Gardens, colecção esta que é mundialmente famosa. Também neste parque se encontra o Zoológico de Londres, no entanto nunca tive o prazer de o visitar.


Claro que dependendo da altura do ano a experiência da visita é diferente. Como podem ver pelas fotografias eu vim a meio do Outono, mas mesmo assim ainda consegui ver algumas rosas para além da magnífica panóplia de cores que esta estação do ano oferece.
Brunch & estações de St Pancras e King’s Cross
Começo-me a aperceber que este post devia ter começado ao contrário – do British Museum até Camden Town em vez de Camden Town até ao British Museum. Daí o título do post – já que já falei de locais para jantar quando ainda não falei do pequeno-almoço. E é por isso mesmo que o próximo local é para o brunch – The Sandwich Street Kitchen. Não aceitam reservas por isso não estranhem se encontrarem fila. Nós quando viemos já era mais perto de um almoço tardio do que propriamente de um brunch mas por isso não tivemos que esperar por mesa, apesar de estar várias pessoas chegarem quando entrámos. Para além de não aceitarem reservas prévias só terão mesa quando estiverem todos do vosso grupo. Isto apenas mostra o quanto popular é o sítio. Eu experimentei o Mediterranean Breakfast e para além de ser muito bom, trouxe imensas variedade de comida. Muito bom e não foi nada caro para o tabuleiro que nos chegou à mesa.

Este restaurante fica perto de duas estações de comboio (Euston e St Pacras) que fazem conexões com todo o país ou mesmo a nível internacional, como é o caso da estação de St. Pancras de onde podem apanhar o Eurostar para França ou Bélgica. A estação só por si vale a pena visitar e acreditem quando digo que é enorme como imensas lojas e até um piano se souberem tocar e estiverem para aí virados. E mesmo ali ao lado para aqueles que são fãs do Harry Potter encontrarão a plataforma 9 3/4. É verdade, a estação que aparece nos filmes de Harry Potter é a estação de King’s Cross. E se querem experimentar a sensação de estar num dos filmes nada como ir até lá e tirar uma fotografia com o carrinho que já está meio dentro da parede. Claro que se o fizerem não podem perder uma visita aos estúdios do Harry Potter em Watford – vejam o post aqui.


British Museum


A entrada para este museu é gratuita e é um dos museus mais conhecidos da cidade pela sua imensa variedade de exposições. Para terem uma ideia do tamanho deste museu e do seu valor cultural encontram-se mais de 60 galerias cobrindo a história de mais de 2000 anos. E como devem calcular no total, as exposições cobrem todo o mundo desde a Ásia, China e Índia, até Roma e Grécia antigas, até ao misterioso mundo do Egipto. Se adorarem arte vão passar muitos horas a percorrer os dois pisos deste museu. Eu já vi cá várias vezes e encontro sempre coisas fascinantes e nem sou muito apreciadora de arte. Para dizer a verdade o meu interesse vem mais do meu marido que é de conservação e restauro e que tem um conhecimento vasto sobre as várias civilizações e períodos da história, a maior parte deles retratados neste museu.

Para aqueles que não são dados a museus, posso sempre dizer que aconselho a ficarem com ele como opção em caso de estar a chover, o que é bastante provável. Também ali há um cafézinho e casas-de-banho para quem precisar.


Nando’s
Para jantar, se acharem que Camden Town fica longe de onde estão alojados e principalmente se estão a tentar encontrar uma coisa não muito cara, mas meio que saudável, existe esta franchise – Nando’s. Muitos vos dirão que o Nando’s é um restaurante português. Não é português, mas é bastante bom. Aliás em qualquer cidade de Inglaterra vão encontrar um restaurante desta companhia. Eu já jantei algumas vezes no restaurante ao pé da estação de Euston e aconselho a quem quiser experimentar uma refeição mais leve mas mesma assim cheia de sabor. E o frango que é o que é mais famoso do Nando’s é bastante bom.

Pastelaria L’ETO Caffe
Começar o dia na pastelaria L’ETO Caffe é com certeza um dia especial. A pastelaria abre às 9 da manhã e fecha às 8 da noite, por isso sempre podem decidir tomar o brunch aqui de manhã e depois voltar para um chá e bolo à tarde. Falei dos que adoram doces porque o principal são os diversos e deliciosos bolos, mas de manhã também há várias opções desde bagels com salmão até panquecas. Se, no entanto, vierem pelos bolos existem sempre muitas opções e o difícil será mesma a escolha. Para acompanhar o bolo nós fomos para o chá e um bule deu bem para duas pessoas. Também podem ser atraídos pelos cafés oriundos de diferentes países ou pelos smoothies. A decoração é feminina, mas de uma maneira subtil.

National Gallery em Trafalgar Square
Para queimar essas calorias aconselho por começar em Trafalgar Square através das estátuas dos leões enquanto se dirigem para a National Gallery. E este é o museu que mais tenho visitado, seguido do British Museum. Há sempre exposições novas para visitar e nas permanentes há sempre algo que não se tinha reparado nas visitas anteriores. Está aberto todos os dias da semana entre as 10 da manhã até às 6 da noite, sendo as sextas-feiras exempção pois fecha mais tarde, às 9 da noite.

O que posso dizer sobre a National Gallery? Há mesmo muita coisa para ver…A entrada é gratuita o que é sempre um bónus. Com uma colecção que conta com mais de 2600 quadros é um dos museus mais visitados do mundo depois do museu do Louvre em Paris, do British Museum em Londres, incluído no post anterior, e do Met (museu metropolitano de arte) em Nova Iorque. Aqui vão encontrar quadros de Anthony van Dyck, Vincent van Gogh, Andrea di Bonaiuto da Firenze, Masolino e Rembrandt, apenas para mencionar alguns dos artistas representados. No total estão presentes quadros de 885 artistas de várias épocas e de várias regiões do mundo. Preparem-se para passar aqui umas boas horas e o desafio vai ser não se perderem nas imensas galerias onde encontram pinturas desde meados do século XIII até ao século XIX.




Leicester Square, Piccadilly Circus & Regent Street
Saindo da National Gallery tem-se logo ao lado a Leicester Square, uma praça onde vão encontrar várias estátuas sendo que talvez a mais conhecida será a do urso Paddington. Contudo, é uma zona bastante animada da cidade e que vale a pena conhecer, mesmo que seja só de passagem. Seguindo a estrada encontrarão Piccadilly Circus, e vão rapidamente reconhecer esta praça pelo edifício coberto de ecrãs. Nesta zona costuma haver imensa gente, com especial atenção pela altura do Natal pois a partir daqui podem passear pela Regent Street, uma rua com imensas lojas desde Zara a Tommy Hilfiger a Michael Kors a H&M, e onde encontrarão os famosos anjos feitos de luzes de Natal ao longo da rua.

Daqui vão ter a outra rua também muito aconselhada para quem gosta de fazer compras, a Oxford Street. Apesar de estes locais não terem muito para visitar apenas conhecê-los e ter a oportunidade de passar por eles é importante, pois são marcos da cidade de Londres.


Big Ben
Se, no entanto, preferirem ir mais para sul a partir do Trafalgar Square vão encontrar a mais famosa torre do relógio, o Big Ben. O Big Ben já está em pleno funcionamento, depois de 5 anos de trabalhos de restauro. A torre foi construída entre 1843-1859 contando actualmente com mais de 160 anos. O mais fantástico é que cada mostrador é composto de 324 peças de vidros, unidas por uma moldura de ferro fundido. O relógio da torre tem quatro mostradores por isso conta no total com 1292 peças individuais de vidro. Apesar de eu já ter feito o erro mais comum e ter chamado Big Ben a toda a torre, na verdade Big Ben é apenas o nome do sino. O nome oficial da torre é Torre Elizabeth em homenagem da Rainha Elizabeth II, nome dado quando decorrem as celebrações do Jubileu de Diamante (60 anos de coroação).


Estando aqui podem decidir se querem visitar o Palácio de Westminster, a Abadia de Westminster (onde normalmente decorrem as celebrações reais) ou o Palácio de Buckingham. Eu confesso que não visitei nenhum destes locais, apenas conheço a sua parte exterior. No entanto, já passei várias vezes pelo parque St James em frente do Palácio de Buckingham em dias que o sol espreitava. Todos estes locais são de entrada paga, a razão pela qual nunca os visitei, mas são certamente edifícios de valor cultural muito valioso para Inglaterra e que com se certeza se tiverem oportunidade valerá a pena a visita.

Mas não se preocupem se vierem sem tempo para ver tudo, mesmo vendo apenas o exterior destes locais fica-se com uma perspetiva bonita da cidade de Londres. Como já disse em outros posts, Londres é uma cidade bastante cara e por vezes temos que fazer escolhas, por isso pesquisem aquilo que querem fazer e escolham apenas o que mais vos agrada dos locais onde a entrada não é gratuita e aproveitem aqueles em que a entrada o é. Na volta para o Convent Garden, aproveitem para passar pelo Admiralty Arch, apesar de se encontrar temporariamente fechado a sua parte exterior vale a pena o pequeno desvio.

Convent Garden
Agora Convent Garden e Soho, dois bairros vizinhos com diferenças bastante notáveis. Ambos os bairros não têm pontos turísticos propriamente ditos, mas tanto um como o outro tem uma atmosfera animada, uma mistura variada de lojas, restaurantes, teatros e bares que faz com que ambos sejam bastante procurados. Soho é o centro LGBTQ+ em Londres enquanto Convent Garden continua a ser o coração do Teatro, sendo este também acompanhado por mercados de rua e interiores. Na altura do Natal, o Convent Garden enche-se de luzinhas e já agora aproveito para mencionar que existe também um pequeno mercado de Natal em Leicester Square.



Restaurantes e bares perto de Trafalgar Square
Em Oxford Street parar para uns cocktails no Simmons Bar e aproveitem o Happy Hour que começa às 3 da tarde e termina às 8.

- Em seguida passear pelo Convent Garden, tanto pelos mercados como pelas muitas lojas que se encontram espalhadas por esta zona.
- Se vierem pela altura do Natal nada como aproveitar o mercado de Natal em Leicester Square e beber um vinho quente (mulled wine) ou deliciar-se com as muitas guloseimas que se vendem nas barraquinhas.


Para jantar podem escolher o restaurante Happy London em Piccadilly Circus, onde vão ter imensa escolha, desde as entradas às sobremesas. Desde hambúrgueres a massas a bifes e até a marisco. Outra boa opção e bastante aclamada pelos locais é o Soho Joe, um restaurante de comida libanesa.



Se procuram algo mais simples têm o All Bar One em Leicester Square. Aqui a comida é mais tradicional de pub, o que poderá ser exactamente aquilo que procuram – uma verdadeira experiência britânica. Porque acreditem quando digo que há um pub em cada esquina e não me refiro só a Londres. Nada é mais cultural do que ir a um pub especialmente como os das fotografias no final deste post.


Sei que também experimentei na zona de Soho um restaurante greco e uma pizzaria, mas não tenho fotografias nem sei o nome dos restaurantes. O que prova que Soho é uma óptima escolha para jantar e seguir para a farra a noite toda. Mas nesta zona podem rapidamente procurar um restaurante onde jantar, o difícil vai ser mesma escolher porque há uma imensa variedade de opções.


Viagens Sazonais a Londres
Natal em Londres
Visitar Londres é sempre especial, não interessa a altura do ano ou a hora do dia. Claro está que apenas vou falar sobre os locais que visitei, mas claro que há muito mais para ver e para dizer verdade basta passear pelas ruas, não apenas nas mais conhecidas como a Oxford ou Regent streets, para se viver uma experiência magnífica. É até por isso que há uma tour de autocarro própria para ver as luzes de Natal nos vários pontos da cidade. Mas lembrem-se que o trânsito é uma loucura. E nesta altura do ano a cidade enche-se de multidões!


Não se pode perder Covent Garden, um dos locais mais conhecidos durante esta época do ano. A grande árvore de Natal à frente do Covent Market é já um símbolo da época. Depois é seguir para Regent Street, Oxford Street e Carnaby Street para ver as incríveis luzes de natal, desde os anjos iluminados às bolas enormes a luzir.


Para comer há sempre o mercado de Natal no Leicester Square e apesar de nos últimos dois anos ter vindo aqui, os preços são exorbitantes, exactamente como se espera de um mercado de Natal numa das cidades mais caras do mundo.


Se forem dados a aventuras podem sempre ir patinar para a pista de gelo que abre todos os anos mesmo ao lado do Museu Nacional de História Natural. É talvez um dos locais mais fotografados e mais esperados!


E claro que mesmo que não venham às compras há lojas que entram de tal maneira no espírito natalício que é impossível não passar por lá tal como a Cartier com o seu gigante laço vermelho ou a Fortnum & Mason que este ano tornou-se num calendário de Natal gigante (os calendários de Natal são uma tradição aqui por Inglaterra). Um outro local que é MUITO famoso é o Winter Wonderland, um parque de diverções mesmo no centro do Hyde Park. No entanto, desde o COVID é preciso comprar os bilhetes com antecedência mas vale a pena visitar pelo menos uma vez na vida.

Se adoram o Natal esta é a altura ideal para visitar a cidade quer procurem conhecer Londres, fazer compras ou experimentar o famoso mulled wine (vinho quente).
Lumiere London
Janeiro, depois de toda a vibração do Natal, costuma ser um mês chochinho. Mas em Londres é em janeiro que acontece um festival de luzes na cidade – Lumiere London.



Em 2024 este evento vai decorrer no dia 18 de janeiro entre as 5 e meia e as 10 e meia da noite. Há efeitos de luzes um pouco por toda a cidade tornando Londres num bonito espectáculo de luzes. Mais uma razão para visitar esta cidade logo no primeiro mês do ano.
Cheese and wine
Uma das coisas (entre muitas) que me foi dado a conhecer em Inglaterra foi o cheese and wine (tábua de queijos e enchidos acompanhado por uma degustação de vinhos). E o quanto os ingleses adoram este tipo de petiscada! Em Londres há várias opções pelos mais variados preços.


Eu aconselho a tentarem encontrar um desconto no Wowcher ou no Groupon para que a experiência fique mais em conta. Nós encontrámos um voucher no Groupon e ficou-nos a mais ou menos 15 libras a cada um, o que acreditem é uma verdadeira pechincha. E o cheese and wine cai bem em qualquer altura do ano.
Passeio de barco no rio Tamisa
Talvez este passeio seja do lado mais turístico do que propriamente de entrar na cultura inglesa. Mas é uma oportunidade única de ver a cidade noutra perspectiva e poder passar por baixo das várias pontes.


Também há aqui várias opções a diferentes preços, desde fazer um pequeno passeio de barco passando pelos edifícios mais icónicos da cidade como a jantar dentro do barco ou mesmo a participar numa festa! Tudo isto enquanto passeiam pelas águas tranquilas do rio Tamisa – tranquilas, mas sujas – que a cor meio acastanhada mostra o quanto nível de poluição existe nesta cidade. Em relação à poluição em Londres há um episódio chamado de ‘Great Smog of London’ que aconteceu em dezembro de 1952 em que a cidade foi coberta por um denso nevoeiro. Podem ver mais aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hmrjwAkMveE&ab_channel=FascinatingHorror
Wembley stadium
E já que estão em Londres façam uma pesquisa de espetáculos, concertos ou desportos que estão a decorrer na altura que vierem. Se não for um concerto será uma peça de teatro, há sempre qualquer coisa para ver. Nós fomos ver os ZZ top a um dos estádios mais famosos do arredores de Londres – Wembley!
Deixo aqui mais algumas sugestões:
Não podia deixar de mencionar a passagem de ano – uma actividade que deve fazer parte de muitas bucket lists – ver o maravilhoso espetáculo de fogo de artíficio e música sobre o rio Tamisa e a roda gigante, o London Eye.
Afternoon tea – nada é mais britânico do que comer um scone ou um cupcake acompanhado por um chá
Harry Potter studios – especialmente na altura do Natal ou do Halloween
Bottomless brunch – começar o dia com um brunch e com bebida à descrição