Visitar Barcelona em 4 dias

Índice desta página

  1. Preparativos para a viagem
    1. Hotel Capri by Fraser Barcelona
  2. Primeiro dia em Barcelona
    1. Almoço nos 100 Montaditos
    2. Parc Güell
    3. Arco do Triunfo
    4. Torre Agbar
  3. Segundo dia em Barcelona
    1. Planos para o dia
    2. Pequeno-almoço em Capri by Fraser Barcelona
    3. La Pedrera
    4. Casa Batlló
    5. Museu Egípcio
    6. Praia da Barceloneta
    7. Bairro Gótico & restaurante Venus Delicatessen
    8. Bosc de les fades
    9. Museu de L’Erótica
    10. Restaurante O Momo
  4. Terceiro dia em Barcelona
    1. Planos para o dia
    2. Museu d’Història de Catalunya
    3. Basilica di Santa Maria del Mar
    4. Museu de la Xocolata
    5. Montjuïc
    6. Estádio de FC Barcelona & almoço na Pans
    7. La Sagrada Família
  5. Quarto dia em Barcelona
    1. Aviso! Comprar bilhetes com antecedência
    2. La Boquería
    3. Passeig del Colom
    4. Museu Marítimo de Barcelona

E aqui vamos nós para mais uma viagem. Desta vez Barcelona. Esta viagem foi um bocadinho diferente porque não fui com o meu namorado mas sim com mais 3 amigos, 1 rapariga e 2 rapazes. Isto fez com que a viagem tivesse uma dinâmica um bocadinho diferente, porque normalmente sou eu e o meu namorado que organizamos toda a viagem, somos apenas nós que escolhemos o que nos interessa ver, onde vamos comer, onde vamos dormir, etc. Como desta vez fui com outras pessoas teve que haver cedências, já que obviamente uns querem ver umas coisas, outros outras e isso faz com que a experiência seja diferente (não quero de todo dizer que seja pior, muito pelo contrário, abre a possibilidade de experiências que de outra forma não se teria).

O primeiro passo foi escolher o hotel. Decidimos ficar todos no mesmo quarto, visto que assim ficaria mais barato e depois de pesquisarmos decidimos-nos pelo Capri by Fraser Barcelona. Este hotel não fica no centro de Barcelona, mas isso não nos incomodou por 2 razões, a primeira é porque as coisas que queríamos visitar não ficavam perto umas das outras, por isso de qualquer maneira teríamos que andar de transportes. A segunda razão associada à primeira era que este hotel ficava perto de uma estação de metro (o que nos deu imenso jeito) e também da Sagrada Família, uma das principais atrações de Barcelona. O quarto/apartamento que escolhemos tinha 2 camas, ou melhor, uma cama e um sofá-cama, casa-de-banho privativa e uma cozinha, o que nos agradou muito. A casa-de-banho era enorme e nós gostámos de imediato do apartamento que nos tinha calhado.

Como do aeroporto para o hotel tínhamos apanhado o comboio, apercebemos-nos de imediato que os transportes eram carotes (aliás um pouco como tudo em Barcelona) por isso decidimos comprar os passes de 2 dias com viagens ilimitadas, o que ficou a 15 euros a cada um (acreditem que ficava muito mais caro de outra forma). Estes cartões podem sem obtidos em qualquer máquina na estação do metro ou do comboio, tal como se comprassem um bilhete normal. Assim já instalados no hotel, era isto cerca das 4 da tarde, discutimos o que fazer no resto do dia. Como referi à pouco, o hotel  ficava perto da Sagrada Família e foi mesmo por aí que pensamos começar. Primeiro parar para comer qualquer coisa e depois visitar a Sagrada Família.

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Almoço nos 100 Montaditos

O almoço acabou por ser nos 100 Montaditos, uma rede de restaurantes que também existe em Portugal, e por isso tínhamos certeza que podíamos confiar neste sítio para almoçar.

Chegámos perto das 5 da tarde à Sagrada Família, todos contentes para entrar mas infelizmente disseram-nos logo que já não havia bilhetes e que o melhor era mesmo comprar os bilhetes pela Internet, de forma a  garantir a entrada. Como esperado havia imensa gente ali naquela zona, não só na entrada mas também nos arredores, da parte de fora. Mas não foi isso que nos surpreendeu, o que nos deixou mesmo de boca aberta foi o próprio monumento, a sua majestosidade que mete respeito a qualquer pessoa. Desta forma, ficámos logo avisados que para que lá irmos teríamos que comprar os bilhetes online, o que decidimos fazer mal voltássemos ao hotel.

Visto que não tivemos oportunidade de entrar, decidimos ir ao Parque Güell, onde também se encontra a casa-museu de Gaudí. Gaudí  foi o arquitecto que deu vida às obras controversas espalhadas em Barcelona e de quem  que falarei mais a frente. Esta casa-museu foi onde Gaudí morou entre 1906 e 1925.

No Parc Güell
No Parc Güell

Então lá começámos a subir e a subir e a subir e a subir, porque o parque ficava no topo do monte e nós não queríamos gastar dinheiro em transportes (só queríamos começar a usar os passes no dia a seguir). Chegámos finalmente ao cimo, de bofes de fora e fomos para a bilheteira. Qual foi o nosso espanto, e também um bocadinho já de desespero misturado, quando nos disseram que podíamos visitar o parque mas que os bilhetes para a casa-museu já se encontravam esgotados para aquele dia. Estava mesmo a começar bem esta viagem. Como já ali estávamos fomos visitar o parque.  Este parque foi concebido por Gaudí e em 1984 foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Talvez faça agora sentido falar do arquitecto que transformou Barcelona.  Antoni Gaudí foi um famoso arquitecto catalão, cujas obras revelam um estilo único e imaginativo e que se encontram na sua maioria em Barcelona, sendo a Sagrada Família a mais conhecida. As suas obras são marcadas pelas suas grandes paixões: a arquitectura, a natureza e a religião. Todos os pequenos pormenores nas suas criações tem um sentido, um significado. Ele mesmo introduziu novas técnicas que se podem observar nas suas obras. Este parque isso mesmo o mostra, o reflexo da criatividade e individualidade artística de Gaudí. Este parque foi criado no período no qual o arquitecto catalão aperfeiçoou o seu estilo pessoal, inspirando-se nas formas orgânicas da natureza.

Vista da cidade de Barcelona do Parc Güell

Assim nos perdemos por aqui a passear durante o resto da tarde. A vista daqui sobre a cidade era soberba e apesar da caminhada estávamos contentes por ali estar.

A caminho da descida do monte para o hotel, passámos pela Arco do Triunfo, onde nos sentámos um bocadinho para descansar (estávamos derreados por esta altura). Confesso que achei este arco muito mais bonito que o de Paris (preferência pessoal).

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Arco do Triunfo

Quando finalmente  chegámos ao hotel fomos de imediato comprar os bilhetes para a Sagrada Família, não para o dia a seguir, porque já não havia bilhetes mas para dali a dois dias. Não comprámos os bilhetes para a casa-museu porque decidimos ir lá no último dia de manhã bem cedo (foi um estúpida decisão mas isto é para explicar mais à frente). Acabámos por ir jantar ao Burguer King ao pé do hotel (eu sei, uma coisa banal, mas estávamos cansados para mais aventuras e para escolhas de restaurantes). O nosso hotel ficava ao pé da Torre Agbar ou a Torre Glòries e como tal tivemos oportunidade de a ver iluminada durante a noite.

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Torre Agbar

Nós fizemos esta viagem no princípio de Maio e este segundo dia calhou no dia 1 de Maio, o dia do trabalhador e por isso como sabem era feriado. Nunca tínhamos pensado que isso tivesse impacto na nossa viagem, mas infelizmente teve. Já vos explico melhor.

Para hoje tínhamos planeado visitar:

  • La Pedrera ou casa Milà
  • Casa Batlló
  • Museu Egípcio
  • Museu de História da Catalunha
  • Praia Barceloneta
  • Museu do Chocolate
  • Bairro Gótico
  • Las Ramblas (incluindo um café “Bosc de les fades”)
  • La Boquería (o mercado que fica na rua das Ramblas)

Comecemos então pelo pequeno-almoço. Como normalmente eu e o meu namorado pedimos sempre o pequeno-almoço incluído no quarto do hotel para já sairmos meio almoçados, visto que normalmente ninguém consegue escolher o que quer comer até ficarmos rabugentos e insuportáveis, hoje também decidimos tomar o pequeno-almoço no hotel. Tínhamos feito as contas ainda quando estávamos a marcar o hotel e ficava-nos mais barato pagar o pequeno-almoço todos os dias, em separado do que já incluído no preço do quarto. Eles até muitas opções diferentes mas todos nós achámos um bocadinho caro, mas o esperado para os preços em Barcelona. Mas não duvidem, já que tinha pago aproveitei para comer bem. Os meus amigos não foram assim como eu (ah a experiência conta muito), e  por isso ao princípio da tarde já havia rabugice por causa da fome. Mas isso foi muito mais tarde. Portanto voltando aonde estávamos.

Saímos então do hotel, apanhámos o metro e saímos na saída de Girona, que dali até à “La Pedrera” era um saltinho, e assim também conseguíamos passear um bocadinho por Barcelona. O que foi uma grande ideia, porque Barcelona é deveras uma cidade pitoresca. Chegámos ao Passeig de Gràciauma das maiores e mais movimentadas ruas de Barcelona e onde se encontram exemplos da arquitectura de Gaudí, a La Pedrera e a Casa Batlló.

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La Pedrera

Quando chegámos à La Pedrera, o edifício falava por si só e vá de toda a gente tirar as suas máquinas fotográficas/telemóveis. A nossa ideia era entrar, acreditem que sim, mas depois de ver que o preço de entrada, 25 euros, pensámos duas vezes, até porque queríamos ver muita coisa e não queríamos estourar o dinheiro logo ali.

Ainda tirámos umas fotos à entrada e estivemos na loja de recordações, mas foi só isso. Ainda por cima estava a chover e ir ao telhado, uma das zonas que se deve visitar (por este preço acho que se deve ver tudo e mais alguma coisa, olhando para todos os pormenores), seria complicado, decidimos não entrar e depois voltar se houvesse tempo (parece-me que toda a viagem foi um pouco dentro desta dinâmica). Só para vos elucidar um bocadinho da história de “La Pedrera”: É um edifício com uma arquitectura magnífica, idealizado e concretizado por Antoni Gaudí, reconstruído de um edifício já ali existente entre 1906 e 1912 a pedido dos seus donos Pere Milà e Roser Segimon (e daí também ser chamada de Casa Milà). A ideia dos seus donos era que o nível inferior fosse a sua habitação e que os restantes andares arranjados de maneira a serem arrendados. Este processo foi complicado pois o próprio Gaudí mudou o projecto várias vezes durante a reconstrução deste edifício, tendo pelo caminho levantado problemas legais e financeiros com as suas mudanças e ideias controversas. Para terem uma ideia, só o volume do próprio edifício era ilegal. Mas apesar de todas as contrariedades, o edifício ali está: construído e acabado para poder ser apreciado.

Como não entrámos, começámos a descer a avenida até à segunda construção de Gaudí agendada para este dia, a Casa Batlló. O que posso dizer é que aqui ainda havia mais gente na fila para entrar. Mas o preço do bilhete rondava o mesmo  do da La Pedrera. Portanto se não tínhamos entrado numa, também não íamos entrar na outra.

A casa Batlló é um edifício colorido com uma arquitectura exorbitante própria do arquitecto que lhe deu vida. Este edifício definitivamente demonstra que o arquitecto tinha uma forte ligação com a natureza. Também este edifício é resultado de uma reconstrução de um outro edifício que ali se encontrava anteriormente. O seu nome deve-se a família que ali vivia, a família Batlló, cujo dono não impôs limitações a Gaudí, pois ele mesmo queria um edifício único, que não se pudesse comparar a nenhum outro, mostrando audácia e ousadia. A Casa Batlló ficou pronta em 1906.

Como também só andámos ali a tirar uma fotos, fomos descendo um pouco mais a avenida a apreciar a arquitectura dos edifícios daquela avenida. Perto da La Pedrera encontrava-se o Museu Egípcio e foi por aí mesmo que decidimos tentar a nossa sorte. E não é que tivemos mesmo sorte?! Estava aberto e íamos puder comer depois de pagar o bilhete de entrada (sarcástica?! Talvez não tanto como pensam). O museu não é muito grande e a sua entrada podia até passar despercebida, mas não sei se foi de ser este o primeiro sítio que entrámos depois de tantas tentativas falhadas, eu adorei este museu. Aqui retrata-se a excitante história do tempo dos faraós, contando com várias exibições, onde se inclui múmias (sim, verdadeiras!), amuletos, jóias e….sarcófagos!

A exposição temporária naquela altura e talvez a mais significativa/conhecida foi a “Tutankhamon, Història D’un Descubrimiento”, cuja exposição relata os acontecimentos da descoberta do túmulo de Tutankhamón. Afinal quem não conhece a maldição e os estranhos acontecimentos que se deram aquando desta maravilhosa descoberta?! (Se não conhecem é só fazer uma pesquisa rápida no google e ficam logo a saber).

Assim saímos do museu com outro espírito. Afinal sempre tínhamos conseguido visitar alguma coisa do que tínhamos organizado para este dia!

O seguinte era o Museu de História da Catalunha. Para virmos para aqui tivemos que apanhar o metro e como era mesmo ao pé da praia da Barceloneta, a ideia era darmos aqui uma voltinha depois de visitar o museu. Quando chegámos lá e para não nos esquecermos das dificuldades que tínhamos encontrado até agora o museu estava fechado porque era feriado. A moral voltou a ficar um bocado em baixo, mas também não havia nada que pudéssemos fazer. E assim nos dirigimos para a praia da Barceloneta.

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Praia da Barceloneta

Esta zona da Barceloneta é bastante movimentada, onde se encontram vários restaurantes, a marina e um passadiço onde várias pessoas aquela hora (incluindo nós) passeavam. Sentámos-nos no muro ao pé da praia a decidir o que íamos fazer com o resto do dia, afinal ainda era só 1 da tarde. Como o museu de História da Catalunha estava fechado, decidimos ir ao museu do chocolate a seguir e depois ir ver uma parte do que tínhamos  planeado visitar no dia seguinte, o Bairro Gótico e as Las Ramblas. Assim no dia seguinte teríamos tempo de voltar aqui.

Há que dizer que a esta altura alguns de nós já estavam a ficar com fome, mas com fome a sério pelo nível de rabugice que apresentavam. Ah pois, não tomaram um pequeno-almoço como eu, agora é que eram elas. Eu como já sabia o que a casa gasta, até nem tinha fome naquela altura e disse para eles escolherem um restaurante que lhes faria companhia mas que não ia comer, pelo menos para já. Eles bem que olharam para vários restaurantes na zona da Barceloneta, mas ninguém foi capaz de escolher um restaurante (um pouco do mesmo quando sou eu com o meu namorado). Por isso como ninguém ia tomando uma decisão íamos avançando ao mesmo tempo que um dizia “Vá escolham qualquer restaurante”, outro propunha enquanto lia o menu do restaurante mais perto “Este?” com a finalização do terceiro “Há mais ali para a frente” e com isto chegámos ao museu do chocolate. Como já era perto das 2 e meia da tarde e o museu fechava às 3 (tudo por causa do maldito feriado), aconselharam-nos a voltar noutro dia visto que segundo as meninas que estavam ao atendimento, demorava-se cerca de 1 hora no mínimo a ver o museu.

Assim, ainda mais rabugentos dirigimos-nos para o Bairro Gótico. Da maneira como estávamos nem demos bem valor ao que estava a nossa volta, mas como estivemos aqui várias vezes eu já vos falo um bocadinho deste bairro. Lembrámos-nos de ir almoçar ao tal bar/café nas Ramblas. Andámos um bocado por ali perdidos sem conseguir encontrar esse tal sítio. Perguntámos a uns quantos funcionários que trabalhavam nos muitos restaurante daquela rua, até que uma rapariga nos deu as indicações. Podem achar engraçado mas também não foi aqui que almoçámos. Olhámos para o menu, que não tinha muito escolha no que toca a alimento e dissemos: “vamos comer primeiro a qualquer sítio e depois voltamos”. Sim a este ponto já estávamos a ser estúpidos. Então voltámos ao Bairro Gótico, até que depois de muita da mesma conversa ouvida na Barceloneta, escolhemos por fim um restaurante, o Venus Delicatessen. O mais engraçado é com tanta andança eu acabei por almoçar quando me chegou a fome. Eu experimentei moussaka que é um prato tradicional de um país completamente diferente mas estava deliciosa e isso é que interessa. Para perceberem melhor os meus amigos, aquele que se queixou mais da fome e que estava mais rabugento deixou metade da comida no prato, não porque não era boa, mas porque já estava cheio. Não é preciso dizer que ele é homem, e logo aqui deixo pausa para reflexão.

Então de barriga cheia, isto já era 3 e meia da tarde, lá fomos dar um volta como deve ser ao Bairro Gótico.

Este é um sítio cheio de personalidade, com as suas ruas estreitas e recantos escondidos. É um bairro medieval que junta o passado histórico a uma cidade moderna como a de Barcelona. É aqui também que existem muitas, mas mesmo muitas lojas de recordações. Sendo que a minha amiga tinha mais de mil e uma recordações para comprar para a família, amigos, conhecidos e acho que alguns até deveriam ser desconhecidos, digamos que passámos uma grande, mas mesmo uma GRANDE parte do tempo (a meu ver demasiado tempo) a entrar nestas lojinhas, não só aqui no Bairro Gótico mas por qualquer sítio que passámos e onde havia estas lojas (ou seja por todos os pontos turísticos). Andámos um pouco por aqui, até que fomos dar às Las Ramblas. Esta é que é uma rua feita mesmo para turistas. Existem milhares de restaurantes (um tanto com a Rua Augusta em Lisboa) e pessoas a vender as mais variadas coisas, sim incluindo recordações. Não deixo de reconhecer que é uma zona vibrante, cheia de cor, de pessoas e que vale a pena vir conhecer.

Em seguida, já que aqui estávamos fomos ao tal bar “Bosc de les fades”. Para quem também quer vir aqui , a forma mais fácil de vos explicar onde é, é dizer-vos que fica mesmo ao lado do museu da cera (que apesar de não lá termos ido, fiquei com muita curiosidade de lá entrar). O museu tem algumas “pessoas” nas janelas do museu o que achei engraçado e para além disso fazem digressões à noite, o que me pareceu bastante interessante.

Passemos então ao tal bar. Vale mesmo a pena vir conhecer o espaço. É um bocado carote? É, tal como tudo em Barcelona. Mas eu acho que vale a pena vir aqui na mesma. Eu e a minha amiga já tínhamos ouvido falar deste invulgar bar na Internet e tínhamos posto como um dos sítios que queríamos definitivamente visitar. O que tem este sítio de especial? Este café por dentro é um bosque, mas um bosque encantado. Quando se entra o ambiente é um pouco misterioso, não há muita luz e representa mesmo uma floresta à noite. Havia mesmo sítios dentro do café onde estava tão escuro que não se via nada. Não falta dizer que também estava apinhado, mas por acaso conseguimos encontrar uma mesinha para nós. Tivemos sorte que enquanto aqui estivemos houve uma “trovoada” cheia de relâmpagos, o que foi muito giro. Pode-se dizer que este é mesmo um bar de conto de fadas.

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Entrada para o café ‘o bosque das fadas’
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Interior do café ‘o bosque das fadas’
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Interior do café ‘o bosque das fadas’

Depois de nos maravilharmos com este sítio, decidimos  passar ao restante plano para este atribulado dia. Seguimos para La Boquería, o mercado  que fica nas Ramblas. Convém dizer que estava fechado. Só para não ficarem com a ideia que já estava a correr tudo bem para os nossos lados. Assim, como ainda tínhamos tempo para matar onde nós nos fomos enfiar? AHAHAH, gosto da minha inocência na escolha de palavras! Então onde é que nós fomos??? Fomos ao Museu de L’Erótica  que ficava mesmo em frente ao mercado. Não vale mesmo a explicar muito o que se viu por lá, acho que o nome fala por si mesmo. Posso dizer que tenho como experiência, uma experiência bem estranha, de ver filmes porno de 1930’s ou 40’s (já nem tenho bem a certeza) com os meus amigos. Antes que pensem que sou estranha, vou passar a explicar. No museu estava a passar uns filmes porno feitos com um rei qualquer desta altura e estavam a mostrá-los. Acho que tivemos hum…não sei, talvez 10 minutos até nos apercebermos-nos bem do que se estava a passar. As coisas que acontecem em Barcelona!!

O resto da tarde, depois desta estranha mas divertidíssima experiência, foi passada a passear ou melhor a vaguear entre Las Ramblas e o Bairro Gótico, pois tínhamos decidido ir comer paella num restaurante ali no Bairro Gótico. Afinal estávamos em Espanha e tínhamos que entrar um bocado no espírito tradicional do país. Depois de queimar umas boas duas horas muito deste tempo a entrar em lojas de recordações fomos jantar. Tínhamos visto as reviews de vários restaurantes da zona e o melhor avaliado era o Pitarra. Mas adivinhem o que aconteceu? Estava fechado! Pois, que raio de sorte a nossa naquele dia! Então fomos ao restaurante da frente: o Momo. Eles tinham um menu com tapas para entrada, paella como prato principal e sobremesa por um preço de 22 euros. Não nos pareceu muito mau e não queríamos passar pela mesma palhaçada do almoço. O restaurante era acolhedor e eu gostei da comida. Havia uns croquetes de fiambre que eu se pudesse tinha comido meia dúzia. E gostei da paella, mas também nunca tinha comido, era a primeira vez. Quem já tinha experimentado este prato disse que já tinha comido melhor, mas eu gostei. E já andei a ver depois no tripadvisor e o restaurante não esta nada mal avaliado, até pelo contrário. Por isso acho que se pensarem em lá ir não ficarão mal servidos. Peço desculpa mas as fotografias aqui não tem grande qualidade, mas em minha defesa a luz dentro do  restaurante também era um bocadinho para o reduzida.

Vamos lá passar ao 3º dia em Barcelona. Depois do dia de ontem, estávamos mesmo com esperanças que o de hoje fosse, digamos menos problemático. Acordámos bem cedinho para termos tempo de vermos tudo o que queríamos. E hoje finalmente íamos puder visitar a Sagrada Família. Mas já lá vamos. Como disse, acordámos bem cedo, arranjámos-nos mas havia ali um pequeno probleminha. A minha amiga não conseguia andar muito bem, doía-lhe imenso o pé, ela que já se tinha começado a queixar no dia anterior à noitinha hoje sentia-se pior. Por ela dizer que aguentava, no início do dia não lhe demos muita atenção, mas infelizmente foi piorando com o passar do dia. Mas como ela de manhã dizia ‘Bora lá’ seguimos com os nossos planos que incluíam visitar:

  • Museu d’Història de Catalunya 
  • Museu de la Xocolata (Museu do chocolate)
  • Montjuïc
  • La Sagrada Familia

Pode parecer pouquinho mas o Montjuïc ficava afastado do resto das outras coisas e pensávamos que íamos por lá passear bastante tempo. Bem cedinho chegámos à zona da Barceloneta para a nossa primeira paragem. Vejam só que chegámos ainda antes da hora da abertura do museu, tal era a nossa vontade de aproveitar ao máximo o dia.

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Marina junto ao museu da história da Catalunha

Como o nome indica, o Museu d’Història de Catalunya conta-nos a história desta zona, através de recriações das diferentes épocas, desde do paleolítico até aos tempos actuais. Uma das muitas coisas que eu gosto quando visito um novo país é ter a oportunidade de descobrir um bocadinho da história desse mesmo país. Às vezes ler nos livros os factos históricos não se tornam tão apelativos como quando se está nesse mesmo país. Quando tens contacto com uma nova cultura acabas por te interessar saber um bocadinho do que se passou ali. E este museu é definitivamente um sítio onde se pode ter acesso à história da Catalunha.

Quando saímos daqui a minha colega já estava aflita com o pé e por isso foi decidido ir ao Bairro Gótico a uma farmácia para verem se lhe conseguiam arranjar alguma coisa que aliviasse a dor que ela tinha. Enquanto ela foi à farmácia, nós ficámos sentados num largo e quando me dei conta à nossa frente estava uma igreja. Eu como sou daquelas pessoas que quer ver tudo, aproveitei logo para entrar.

A igreja afinal era a Basilica di Santa Maria del Mar. Sabem o que é ainda mais engraçado? No dia anterior tínhamos passado pela a entrada principal e não tínhamos lá ido porque se pagava para entrar, mas pelos vistos entrando por uma das laterais já não é preciso pagar (ou talvez só se pagasse no dia anterior porque era feriado?). Esta igreja foi construída entre  1329 e 1383, cujo exterior transmite-nos a sensação de alguma austeridade que é completamente abatida pelo seu interior, que nos dá a impressão de espaço e de luz.

Depois desta pequena paragem seguimos para o Museu de la Xocolata. Estávamos portanto a contar passar lá uma hora de acordo com o que nos tinham dito no dia anterior. A primeira coisa boa quando lá chegámos é que os bilhetes são um chocolatinho embrulhado em papel com a bandeira do país de onde somos (obviamente que isto é perguntado na bilheteira). E ainda bem! Porque o cheiro a chocolate que se sente dentro do museu abre mesmo o desejo para comer chocolate. Na verdade dá vontade de se enfardar com chocolate. Mas tivemos que nos contentar com o bilhete (o melhor bilhete de sempre, diga-se de passagem). No início da exposição começa-se um pouco por explicar de onde vem o chocolate, do seu valor na sociedade apresentando vários anúncios antigos onde o chocolate tem o foco central. E depois temos as mais impressionantes esculturas feitas unicamente com chocolate. E são realmente impressionantes, as cores, os detalhes faz pensar que seja impossível que a criação que temos perante nós seja feita apenas com chocolate.

Mas apesar de serem mesmo, mesmo boas as esculturas, não passámos aqui uma hora, nem pouco mais ou menos. Passámos aqui meia hora, se muito. Afinal podíamos ter vindo no dia anterior.

Nota: Se o bilhete para vocês não for suficiente eles tem uma loja com os mais diferentes chocolates que podem comprar, ou se não comprarem como nós, pelo menos podem-se babar.

Saindo então mais cedo do que o esperado, seguimos para o nosso próximo ponto, o Montjuïc. Como os bilhetes de transporte que tínhamos comprado no primeiro dia também davam para o fonicular, íamos aproveitar para irmos neste meio de transporte que nos levaria até a meio do monte. Agora a meio do monte para chegarmos ao topo tínhamos três opções: ir a pé, mas a minha amiga não aguentava andar tanto tempo por isso esta opção estava excluída; irmos de camioneta que o nosso bilhete também dava ou de teleférico. Eu confesso que gostava muito ter ido de teleférico, porque acho que a vista deve ser espectacular dali de cima, mas como ainda era carote decidiu-se ir de camioneta.

Agora o que é este tal Montjuïc?

Basta dizer que e o berço de Barcelona. Foi aqui que nasceu e de onde cresceu a cidade que hoje visitamos. Este monte em documentos antigos catalães é também chamado de “Monte dos Judeus”. No topo desta colina encontra-se o castelo que é um antigo forte construído em 1640 e hoje é um sítio turístico não só pelo seu valor histórico mas também pela belíssima vista da cidade e da marina que daqui se tem. Uma das curiosidades sobre este forte é que foi um dos pontos escolhidos  para a determinação da unidade de medida de comprimento, o metro, juntamente com a cidade de Dunkirk no norte de França. Determinações essas feitas pelos astrónomos franceses Jean Baptiste Joseph Delambre e Pierre François André Méchain.

Também aqui se encontra o Estádio Olímpico que foi o palco dos Jogos Olímpicos de 1992.

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Castelo em Montjuïc
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Vista do topo de Montjuïc
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Vista para a praia da Barceloneta do topo de Montjuïc

Neste sítio, no Montjuïc, existem vários edifícios que nós não tivemos oportunidade de explorar como a Fundação Joan Miró, o cemitério de Montjuïc, os jardins botânicos, o museu de etiologia, o museu catalão de arqueologia e o museu Olímpico e do desporto, entre outros.

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Mapa de Montjuïc

Visto que passámos aqui menos tempo do que o que tínhamos contado (tal como no museu do chocolate) decidiu-se ir visitar o Estádio de Barcelona antes de ir para a Sagrada Família (os nossos bilhetes estavam marcados só para as 6 da tarde). O estádio do Barcelona era algo que os rapazes gostavam de ver mas que tínhamos tido dúvidas se haveria tempo ou não. Afinal tivemos.

Assim fui eu com os rapazes. Relativamente à capacidade deste estádio, este é o maior da Europa e o terceiro maior estádio do mundo, por isso podem perceber a sua enormidade e importância no mundo do futebol. A zona do estádio é bastante atractiva, tem vários sítios onde se comer, a maior e mais fantástica loja de desporto que tinha visto até hoje e até se quiserem existe a possibilidade de comprarem bilhetes para a tour pelo museu e pelo estádio. Demos por ali uma voltinha rápida e como nesta altura a fome já estava a apertar decidimos ir ter com a nossa amiga e ir almoçar. Não vos tinha dito mas na noite anterior tínhamos ido ao supermercado comprar qualquer coisa para o nosso pequeno-almoço, por isso não pensem que ainda não tínhamos comido nada. Porque se isso tivesse acontecido tinha havido a mesma festa que do dia anterior. Assim parámos no Pans para comer qualquer coisa e descansar.

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Às 5 e meia já estávamos a chegar à La Sagrada Família. Eu cada vez que olhava para aquele edifício, que ainda está em construção, admirava-me por ver algo assim tão majestoso. E é por isso mesmo que vou-vos falar um bocadinho da Sagrada Família, mas  atenção há tanto para dizer, há tanto simbolismo envolvido que se ficarem interessados em saber mais podem ler mais no site http://www.sagradafamilia.org/es/

A Sagrada Família é um edifício que conjuga a religião com a natureza. A Sagrada Família, como o nome próprio indica, remete-nos para a religião católica, para Jesus, Maria e José, a Sagrada Família, o exemplo supremo. Muitas das esculturas encontradas da parte exterior retratam diferentes episódios da vida de Jesus, como por exemplo o seu nascimento e a sua crucificação. Pelo seu cariz religioso este é considerado um sítio de culto, de reza e de respeito. O edifício pode ser repartido em três fachadas, cada uma se centralizando numa passagem diferente da vida e dos ensinamentos de Jesus.  Uma das fachadas foca-se no nascimento de Jesus, outra foca-se na sua crucificação e ressurreição e a terceira foca-se na sua Glória, presente e futura. Cada fachada é depois separada por diferentes portais. Por exemplo, a fachada frontal do edifício centra-se no nascimento de Jesus, sendo esta parte separada no Portal da Fé, no Portal da Esperança, no Portal da Caridade, a parte superior no Portal da Caridade e nas Torres do Sino. No site que vos disse acima podem ler os diferentes simbolismos de cada fachada e de cada portal, se estiverem interessados. Irão-se aperceber tal como nos aconteceu a nós que cada mínimo detalhe tem um simbolismo associado.

Na parte interior, o jogo de luzes e a forma das colunas (semelhante a troncos de árvores) foram pensados e concretizados de forma a que se de a sensação de estar dentro de um bosque. Aqui  pretende-se reflectir calma, serenidade e o convite à reza e à reflexão. Não só aqui se vê o papel da natureza, também na parte exterior existem esculturas que representam por exemplo folhas e flores. Sobre a Sagrada Família e o seu simbolismo podia-me alongar muito mais, mas não quero ser demasiada detalhista. O que vale mesmo a pena fazer e virem visitar este sítio.

Este edifício, como disse, ainda se encontra em construção, sendo as doações uma grande parte do financiamento recebido. A finalização da Sagrada Família está marcada para 2028 (já sabem esta é a altura de visitar/voltar a visitar Barcelona), quando faz 100 anos desde o inicio da sua construção. E sim aqui passámos bastante tempo, até porque existem varias exposições, umas relativamente a este projecto e às suas alterações durante o tempo, outras sobre as diversas obras de Gaudí, existe uma sala onde apresentam um vídeo muito bom, muito informativo em que explicam o simbolismo envolvido na Sagrada Família, o seu processo de concretização e os seus planos para o futuro. Também aqui nesta edifício encontra-se o caixão com o corpo do arquitecto que deu origem a todo este processo, Antoni Gaudí.

Definitivamente este foi o ponto alto da nossa viagem. Esta zona como é turística é óbvio que não podia faltar lojas de recordações e por isso foi mais um tempão a olhar para chávenas e canecas e canetas e não sei que mais. E assim chegava-se a hora de jantar. Como nos estávamos mesmo cansados, depois de acordar tão cedo, e como a minha colega estava mesmo a rasca do pé, decidimos ir ao supermercado comprar qualquer coisa para comer e ficar por casa. Assim passámos a noite a ver televisão espanhola e basicamente a gozar com o que estávamos a ver.

Chegámos assim ao último dia em Barcelona. Hoje teríamos que apanhar o comboio a meio da tarde para o aeroporto de volta a Portugal. Esta não foi realmente uma viagem fácil, a minha colega estava pior do pé e eu tinha acordado com uma violenta constipação (que vos posso dizer que foi uma das piores que apanhei até hoje).

Como vos disse no primeiro dia, não tínhamos comprado os bilhetes para a casa-museu que ficava no parque Güell, porque tínhamos decidido cá vir de manha cedíssimo. Pois bem, quando chegámos ao parque (cedíssimo!) já só havia bilhetes para as 7 da tarde daquele dia e nós a essa hora já estávamos a regressar a casa. E foi assim que ficámos sem ver a casa-museu, o que foi uma pena porque era uma das coisas que  gostávamos mesmo de ter visto (é onde se encontram os lagartos com o padrão característico de Antoni Gaudí). Como não pudemos fazer nada senão aceitar a derrota, fomos para o mercado de La Boquería. Entre a paragem da camioneta e a paragem do metro ainda tivemos que andar um bocadinho e enquanto fazíamos esse percurso vimos uma igreja que parecia grandinha. Primeiro até pusemos a hipótese der ser um parque de diversões mas eu acho que deveria ser o Temple Expiatori del Sagrat Cor (Templo do Sagrado Coração de Jesus). Naquela zona, por acaso, também existe um parque de diversões, talvez daí a roda gigante que víamos. Nós não tivemos tempo para explorar aquela zona, mas acho que também deve ser giro visitar o templo.

Chegámos então à La Boquería que fica na ruas das Ramblas. Este é chamado na realidade de Mercat de Sant Josep de la Boquería (mercado de São José de La Boquería) mas é mais conhecido apenas por La Boquería. La Boquería é um enorme mercado público onde se podem encontrar os mais diversos alimentos, crus e cozinhados, de todas as formas e feitios. Este é um lugar cheio de cor, de vida tal como se espera num mercado e se  vieres com fome (até sem fome) podes ter a certeza que é muito difícil resistir à tentação. Eu agora pensando até gostava de ter experimentado pelo menos algumas coisas, como chocolates, batidos, empanadas, mas como estava constipada e até acho que estava com febre não estava com disposição para aproveitar o que tinha em frente dos olhos. Como se pode esperar o mercado estava a abarrotar de gente, mas transmite tal vivacidade e provoca de tal forma os nossos sentidos, com o cheiro, a cor, os sabores, que La Boquería é um dos locais que deve ser visitado em Barcelona.

Depois de se ter almoçado e como ainda tínhamos um tempinho para passear, entrámos dentro do Bairro Gótico e voltámos a sair do lado do mar, no Passeig del Colom. Como havia por ali uns banquinhos, estivemos  ali sentados apenas a apreciar a paisagem, do lado direito o Montjuïc, do lado esquerdo a Barceloneta. Enquanto estávamos ali sentados reparámos que no fundo da rua das Ramblas havia um pilar com uma escultura. Como estávamos curiosos de quem seria fomos nessa direcção e chegámos ao Monumento a Colón, também chamado de Mirador de Colón.

Como ao lado deste monumento fica o museu marítimo de Barcelona e foi para lá que nos dirigimos.

Como para entrar dentro do museu para ver a exposição permanente era preciso pagar, mas a temporária era de entrada livre,  por aqui nos ficámos. O Museu Marítimo de Barcelona tem como missão conservar, estudar e difundir o património marítimo do país, que é um duns mais ricos do mediterrâneo. Este museu encontra-se no edifício das Drassanas Reials, o local que era dedicado à construção de barcos entre o século XIII e o século XVIII.  Em 2012 foram feitas escavações nesta zona onde foi descoberto que nos fins do século XVI um novo edifício teria sido construído: o que faz parte da estrutura do de agora. Um cemitério romano também aqui foi descoberto durante essas mesmas escavações. O museu marítimo de Barcelona reabriu ao publico em 2014 depois da restauração ter sido acabada em finais de 2013. Este museu foi declarado em 2006 museu de interesse nacional pelo governo da Catalunha.

Entrada para o museu marítimo de Barcelona

Depois de 4 dias intensos chegava a hora de voltarmos a casa. Primeiro metro, depois comboio e no final avião, de volta a Portugal. Eu ia cansada, doente e com uma certa frustração de ter visto tanto e não ter visto nada, porque no fundo Barcelona tem tanto para oferecer que mesmo tendo visto tanta coisa, muita mais tinha ficado para ver. Se voltarei? Não sei. Mas não me esquecerei dos momentos passados em Barcelona.