Escócia – Edimburgo

Índice nesta página

  1. Visitar Edimburgo
    1. Do aeroporto à cidade
  2. Primeiro dia em Edimburgo
    1. Calton Hill
    2. Holyrood Palace
    3. Royal Mile e almoço no Oink Scottish Hog Roast
    4. St. Giles Cathedral
  3. Segundo dia em Edimburgo
    1. Greyfriars Kirkyard e Greyfriars Bobby
    2. Castelo de Edimburgo
    3. Costa Coffee e vaguear pelo centro da cidade
    4. Restaurante Pomegranate
    5. Noite pela cidade
  4. Terceiro dia em Edimburgo
    1. Royal Yatch Britannia
    2. Jantar no Wings
  5. Últimas horas em Edimburgo (primeira viagem)
    1. Pequeno-almoço Inglês
  6. Quarto dia em Edimburgo (segunda viagem)
    1. The Scotch Whisky Experience
    2. Arthur’s seat
    3. Jantar no Wings
  7. Quinto dia em Edimburgo
    1. Royal Botanic Garden Edinburgh
    2. Almoço no The Black Fox

Visitar Edimburgo

Portugueses como somos encontramos-nos em qualquer sítio do mundo. Não existe nenhum país onde tenha ido que não tenho encontrado portugueses. Somos um povo emigrante que como todos sabemos tem a maior habilidade para se adaptar a qualquer novo desafio. Na minha família existem vários exemplos: eu mesma vivo perto de Londres, tenho um primo que vive na Suiça, muitos tios e primos afastados já viveram na Suíça mas que voltaram a Portugal e, a razão desta viagem, um primo que vive em Edimburgo. E foi por isso mesmo que já lá estivemos duas vezes. Eu aqui vou fazer como se fosse só uma viagem, mas hão-de notar pelas fotos que as alturas do ano em que fomos foram diferentes (a primeira vez fomos em Janeiro e a segunda em Abril) e por isso o tempo era completamente diferente. Das duas vezes fomos só por uns dias, por isso digamos que no total passámos quase uma semana em Edimburgo.

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Edimburgo é uma cidade com muitas vertentes, tem a parte velha, a “Old Town“, que nos remonta a tempos antigos, onde se encontra o castelo, museus, igrejas, e tem a parte nova onde se encontram as lojas e os restaurantes. Nota-se mesmo quando se passa de uma parte para a outra da cidade. Na nossa primeira parte da viagem concentrámos-nos mais na parte velha da cidade, enquanto que na segunda vez que fomos a Edimburgo explorámos outras partes da cidade, como o jardim botânico e a subida ao monte que se chama Holyrood Park e foi mais descontraído. Mas já la vamos.

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Esta foi a nossa primeira viagem para fora do país (tirando a que fizemos quando emigrámos para Inglaterra). Digamos que foi a nossa primeira viagem turística para outro país e como inexperientes que éramos chegámos a Edimburgo numa quarta-feira à noite sem planos nem ideias do que íamos ou queríamos ver. A nossa sorte foi mesmo termos o nosso primo que nos aconselhou o que visitar.

Do aeroporto à cidade

Do aeroporto para o centro da cidade a melhor opção de transporte é o Tram (como o eléctrico em Portugal) cujo bilhete são 5 libras. Este é um meio de transporte muito confortável, para além de económico visto que o aeroporto não fica perto do centro da cidade e por isso é uma excelente opção. De hotéis não vos posso falar muito, porque ficámos em casa do meu primo, mas tenho a certeza que no Airbnb ou no Booking.com (os sites que costumo usar) vos aparecerão opções que vos agradem.

Assim visitámos da primeira vez:

  • Holyrood Palace (Official residence of the British monarch in Scotland)
  • St Giles’ Cathedral
  • Camera Obscura & World of Illusions
  • Edinburgh Castle
  • Royal Yacht Britannia

Na segunda vez:

  • Subimos ao monte Holyrood até ao Arthur’s Seat
  • The Scottish Whisky Experience
  • Royal Botanic Garden Edinburgh

E como não podia deixar de ser, das duas vezes experimentámos diferentes pubs, bares e restaurantes.

Primeiro dia em Edimburgo

Calton Hill

Hoje era o nosso primeiro dia para a passeata e como o meu primo ia trabalhar estávamos por nossa conta até ele sair do trabalho, por volta das 6 da tarde. O que nos apercebemos primeiro e nem foi preciso andar muito é que o frio que se sentia aqui era muito pior do que se sentia em Londres. Apesar de termos tido a sorte do dia estar bonito, realmente estava um frio para caraças, se desculpam a minha expressão. Posso dizer que foi a primeira vez na minha vida que usei calcas térmicas por baixo das calças de ganga. Como o meu primo vive na parte nova da cidade e o que queríamos visitar se encontrava já na parte velha, para la nos começámos a dirigir.

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Subimos por uma colina que agora sabemos chamar-se Calton Hill. Este lugar foi o primeiro sítio de onde tivemos uma visão mais abrangente  da cidade, que nos abriu a mente para Edimburgo, uma cidade tão bonita, com tanto charme. Neste monte pode-se encontrar o  National Monument of Scotland (Monumento Nacional da Escócia),  o Nelson Monument (Monumento de Nelson) e o Observatory City (Observatório da cidade), entre outros. Tenho que referir que aqui também se encontra o Dugald Stewart Monument (Monumento de Dugald Stewart) que é um dos ícones que aparecem em muitas fotografias de Edimburgo.

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Só para mencionar por alto o significado de algum destes monumentos:

  • Dugald Stewart Monument é uma homenagem ao filósofo e matemático Dugald Stewart, que foi um dos impulsionadores da época do Iluminismo na Escócia
  • National Monument of Scotland representa o memorial nacional escocês, em memória dos soldados e navegantes escoceses que morreram na luta durante a guerra napoleónica.
  • O Nelson Monument foi construído entre 1807 e 1815, em honra da vitória de Vice Admiral Horation Nelson sobre a França e a Espanha na Batalha de Trafalgar em 1805, assim como homenagear a sua morte nessa mesma batalha. Se quiserem saber mais um bocadinho sobre esta batalha e sobre Horatio Nelson podem consultar este site https://www.historic-uk.com/HistoryUK/HistoryofEngland/Admiral-Lord-Nelson/.

Holyrood Palace

Andámos a passear um bocadinho por esta zona e fomos descendo a colina. No sopé encontra-se o edifício do Parlamento Escocês e o Palácio de Holyrood, este último o que nos interessava de momento.

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O palácio de Holyrood é a residência oficial da rainha na Escócia e onde se conta a história da realeza deste país. Para além do palácio, também neste recinto se encontra a abadia de Holyrood. Como não podia deixar de ser, sendo a monarquia inglesa uma entidade tão prestigiada e admirada, tudo aqui transmite riqueza e luxo. Se pretendem visitar este local encontra-se muita informação no seguinte site:https://www.rct.uk/visit/palace-of-holyroodhouse

Royal Mile e almoço no Oink Scottish Hog Roast

O palácio de Holyrood encontra-se numa das pontas da Royal Mile, a estrada principal da zona antiga da cidade que tem o comprimento exacto de uma milha, daí o seu nome, e  que liga o palácio de Holyrood ao castelo de Edimburgo (cada qual na ponta oposta da Royal Mile). Como esperado de uma estrada com tanta importância, esta é cheia de movimento, onde podemos encontrar pubs, restaurantes, lojas de recordações e até mesmo museus. E como é claro em qualquer sítio turístico, aqui se encontram imensas pessoas. Mas sabem que mais? Apesar de eu não ser muito a favor de lugares inundados de pessoas, aqui sente-se harmonia e até mesmo um certo acolhimento. Como nos tinha sido aconselhado fomos almoçar aqui na zona, a um sítio chamado Oink (Oink Scottish Hog Roast). Nós fomos ao que nos estava mais perto, claro, mas existem mais dois “restaurantes” em Edimburgo.

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Escrevi restaurante entre aspas, porque é mais um sítio de fast-food, que tem a opção de take away. Basicamente eles todos os dias assam um porco inteiro e é desta carne que  vão fazendo as sandes que eles vendem. Eles servem até a carne daquele porco acabar. Pode-se escolher o tamanho da sandes, o tipo de pão, o molho e acompanhamento. Normalmente não esta aberto durante todo o dia, convém que almocem em horas normais (o que sempre não acontece connosco em viagem).  Se quiserem podem ver o site deles a ver se vos interessa https://www.oinkhogroast.co.uk/

St. Giles Cathedral

A meio da Royal Mile parámos na St Giles’ Cathedral (Catedral de St Giles). Este é um dos locais principais de oração na Escócia e tem o sido  por pelo menos 900 anos. O edifício é impossível de não ser notado pela sua imponência, que tal como descobrimos é o tanto pelo lado de fora como pelo lado de dentro.

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Aqui nesta zona, na rua, encontra-se sempre um senhor fardado tradicionalmente à escocês a tocar gaita de foles (se está lá sempre não sei, mas nós nas duas viagens o vimos sempre que por ali passámos durante o dia). Como ele não morre de frio ali é que eu não sei. Mas não deixa de ser um espectáculo que nos remonta exactamente à cultura escocesa. Fomos então subindo mais um bocadinho a rua e mesmo pertinho do castelo tivemos que fazer uma decisão, à nossa frente tínhamos o castelo, mas já tínhamos decidido o  visitar no dia seguinte (no dia percebem porquê), então tínhamos que escolher entre “whisky” (The Scotch Whisky Experience) ou Camera Obscura and World of Illusions.

Como estava a ficar tarde para irmos ao whisky decidimos-nos pelo o mundo de ilusões. Por acaso foi muito engraçado, aquilo é um edifício com diferentes salas, cada qual com o seu diferente tipo de ilusão. Um exemplo conhecido é a casa de espelhos. O que eu gostei mais foi uma ponte num túnel em que as paredes do túnel tem tela preta com luzes brilhantes que está constantemente a girar. Haviam de ver o meu namorado a tentar passar aquilo com a sensação que ia cair! Ele não conseguia andar a direito nem por nada. Já eu me ri (eu sei, só maldade). Podemos também subir ao telhado onde se tem uma vista magnífica da cidade. Apesar de não ser algo muito cultural foi algo muito giro para fazer, recomendo 100%. Se quiserem ver bilhetes e preços este site vos irá ajudar https://www.camera-obscura.co.uk/

Quando saímos já começava a escurecer e fomos descendo agora em direcção à parte nova da cidade. Acabámos por ir ter à National Gallery. Faltava apenas 1 hora para fechar, porque felizmente era quinta-feira, o dia que fica aberto até às 7 horas (nos outros dias fecha às 5 da tarde) e assim ainda conseguimos entrar. 

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Em seguida dirigimos-nos para casa aproveitando para ver a parte da nova da cidade, que não deixa de ter o seu encanto. Como disse eu acho esta cidade maravilhosa.

Para jantar, o nosso primo decidiu que tínhamos que experimentar algo muito “escocês”. Se estão a pensar em iguarias imagináveis, tirem daí a ideia. Fomos a uma loja de fast-food que também tem take-away perto do sítio de onde ele vive, e qual foi o nosso espanto quando para além de encomendar a pizza normal, também pede deep-fried pizza. Sim, escrevi bem, pizza frita. Eu sei, não bastava as calorias da pizza “normal” também agora temos pizza frita. Em termos simples isto é pizza congelada frita. Sim, eu sei que não vos estou a vender bem o petisco. Mas não fiquem espantados, pelos vistos eles também fritam as barras normais de chocolate como o Mars (que é o mais conhecido). Mas o Mars deixámos para experimentar no dia seguinte, senão as nossas veias não aguentavam com tanta gordura de uma vez só.  Eu experimentei só um bocadinho da pizza frita e é demasiado gorduroso para puder ser apreciado, mas pelos vistos é mesmo só a minha opinião pessoal, visto que os homens estavam deliciados com tamanha iguaria. Se também quiserem ter um ataque de coração, a deep-fried pizza é vendida em grande parte das lojas de fast-food (também chamadas de chip shops) que podem ser encontradas em quase cada esquina da cidade.

Segundo dia em Edimburgo

Greyfriars Kirkyard e Greyfriars Bobby

Aqui vamos ao segundo dia em Edimburgo. Hoje tínhamos que estar no castelo no máximo perto da 1 da tarde. E porquê isto? Porque à 1 da tarde, todos os dias, um oficial faz disparar o canhão. Pois é, não podíamos perder esta oportunidade, ver um verdadeiro canhão ser activado! Assim lá fomos subindo a Royal Mile outra vez em direcção ao castelo. Como ainda tínhamos tempo, fizemos um desvio e fomos visitar um cemitério, o Greyfriars Kirkyard, onde se encontram enterradas várias figuras importantes da Escócia, tais como arquitectos, físicos, químicos e matemáticos, entre muitos outros. Este cemitério é ainda mais conhecido por estar associado a uma estátua de um cão, o Greyfriars Bobby. Esta estátua homenageia um cão que ficou bem conhecido no século XIX por guardar o túmulo do seu dono durante 14 anos, até que o dia em faleceu. (Quem de mente sã prefere gatos a cães, certo?)

Castelo de Edimburgo

Estando a chegar a hora fomos indo para o Castelo de Edimburgo. Ali à volta já havia várias pessoas à espera do mesmo. Fomos entrando, comprar os bilhetes para depois entrar no castelo e ficámos lá espera. Lá apareceu o oficial, muito compenetrado no seu papel com um relógio de bolso que está sempre acertado ao segundo para no momento certo disparar o canhão. Foi um ritual formal que vale a pena ver, especialmente se se vai visitar o castelo. Ainda pudemos tirar fotos com o oficial. Ah também vale a pena mencionar que do castelo se tem uma vista óptima de Edimburgo.

Segui-se a visita propriamente dita que incluiu também visita à capela, ao museu da guerra e ao cemitério onde estão enterrados os cães-soldados que morreram em serviço. Passámos aqui grande parte da tarde, especialmente porque na loja de recordações estavam a oferecer Bruadar, um licor de whisky com mel. Obviamente que tivemos que experimentar várias vezes, mas para não pensarem que somos forretas até comprámos uma garrafa para abrirmos com o meu primo.

Costa Coffee e vaguear pelo centro da cidade

Fomos descendo a Royal Mile, ainda fizemos um desvio e passámos ao pé da universidade de Edimburgo (no campus que se encontra no centro da cidade). Como estou farta de dizer vale sempre passear-vaguear por esta cidade e acabámos por parar no Costa para comer um bolinho e beber um café (porque estava a ficar mesmo muito frio), enquanto esperávamos que o meu primo saísse do trabalho.

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Restaurante Pomegranate

Para jantar estava agendado um restaurante tradicional do médio oriente chamado de Pomegranate onde para além de se puder comer (porque é efectivamente um restaurante) também se pode fumar shisha. Eu gostei imenso deste restaurante, pedimos vários pratos diferentes para partilhar, tipo tapas. O restaurante é giríssimo porque tem uma rua muito estreitinha do lado de fora onde há vários compartimentos como uma espécie de cabines/quartos privados para os clientes e onde nós nos instalámos, muito giro mesmo. E esta foi a primeira vez que fumei shisha (eu bem já vos tinha dito que esta tinha sido a cidade em que tinha tido a primeira experiência em algumas coisas). Apesar de já vos ter falado que tinha fumado shisha em Budapeste, só para quem não sabe o que é shisha e pense já que é alguma droga ilegal, a shisha é um cachimbo de água onde realmente se pode fumar tabaco, mas também se pode escolher a opção sem tabaco com diferentes sabores (que foi o nosso caso). Não foi só a minha primeira vez, também foi a do meu namorado (sim eu sei que fica muito bonito isto escrito) e por isso a nossa reacção foi como a de um miúdo que recebe um brinquedo novo. Nos vídeos que tenho deste jantar só se vê fumo, é mesmo ridículo o quanto nós nos estávamos a divertir com aquilo.

Noite pela cidade

A seguir ao jantar fomos dar uma volta pela cidade, ver como era sair à noite em Edimburgo (e posso dizer que as escocesas são imunes ao frio pela forma que andavam vestidas/ despidas quando estavam graus negativos. Sim, eu sei que pareço uma velha a falar). Só mostra que a vaidade está acima de tudo. Fomos  entretanto experimentar algo conhecido na Escócia, o deep-fried Mars (Mars frito). Acho que o nome fala por si, mas se por acaso o problema é não gostarem de Mars há sempre uma imensa variedade de barras de chocolate que podem escolher para serem fritas. Nós comprámos uma barra e dividimos por 4 e mesmo assim achei enjoativo. Digo-vos este é um passo demasiado longe do aceitável como alimento. Por acaso não sei o nome do sítio onde parámos para comprar, mas existem várias lojas na cidade (chamadas de chip shops, como já vos falei no post anterior) onde podem experimentar. Normalmente estas lojas também vendem outras maravilhas de fast-food como hambúrgueres, batatas fritas, pizzas, peixe frito (o conhecido fish and chips). Acho que até se pode dizer que  na Escócia fritam tudo, até as sobremesas.

Terceiro dia em Edimburgo

Royal Yatch Britannia

Hoje o nosso primo foi connosco e até foi um dia bastante relaxado, nada de correrias nem de planos com horários muito apertados. Como queríamos ir todos visitar algo que nenhum de nós ainda tinha visto, fomos até ao Royal Yatch Britannia. Como o nome indica este era a “casa marítima” da realeza, tendo navegado mais de 1,000,000 milhas à volta do mundo, durante 40 anos. Aqui pode-se visitar o barco por completo, incluindo os vários andares do navio. Tem-se acesso às diversas salas que pertenciam a diferente membros da família real, salas que se destinavam aos mais diversos eventos, como jantares, festas, bailes. E também temos acesso à sala das máquinas, aos quartos dos respectivos marinheiros que velejavam este navio. Sim, nota-se uma grande, mas mesmo uma grande diferença entre os aposentos da rainha e os aposentos dos pobres coitados que trabalhavam naquele navio.

Este ponto turístico fica mesmo ao lado de um centro comercial, the Ocean Terminal, que é um shopping completamente normal e onde acabámos por almoçar. Para virmos do centro de Edimburgo para aqui, apanhámos o autocarro (tal como fizemos no regresso). Voltámos para Edimburgo já no início/meio da tarde, onde nos perdemos por ali a entrar em vários pubs e a passear na zona nova da cidade. Como vos tinha tido este foi um dia mesmo de passeio, só mesmo rondar por Edimburgo e também conhecer mesmo um pouco do dia-a-dia dos escoceses. Durante a tarde ainda aproveitámos para dar umas dentadas em queijo derretido com geleia de framboesas. Jesus que coisa boa! Já eu tenho saudades disso. Eu que sou uma grande apreciadora de queijo, já podem imaginar o quanto me estava a deliciar.

Jantar no Wings

Para a noite, o nosso primo quis nos levar a um sítio que se pode dizer especial. O local chama-se Wings, e tal como o nome indica a especialidade são asinhas de frango. Este restaurante situa-se na Old Town e no menu tem asinhas de frango com os mais diferentes molhos e com vários níveis de picante. Eles tem uma parede só com fotografias, chamado de Wall of Flame, com pessoas que conseguiriam comer 6 asas de frango com o molho mais picante que eles tem (o temido desafio). Claro que os homens passaram-se e queriam ter uma foto lá na tal parede. Só diziam que não podia ser assim tão difícil, especialmente porque havia fotografia de raparigas (sim, o machismo estava em alta).

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Primeiro pedimos asas de frango sem picante ou com pouco picante acompanhadas com molho de mostarda e mel, com molho de queijo, com molho barbecue, eu sei lá, existem mesmo muitas opções, é só escolher. Nós pedimos umas quantas para partilhar. Depois os senhores meu namorado e meu primo quiseram pediram as asinhas mas com um molho um bocadinho menos picante do que o do nível máximo (um nível abaixo), só para terem uma ideia de como era o molho mais picante, diziam eles. Epá, depois de darem uma pequena dentada digo-vos, um chorava para um lado, outro ia-se vomitando todo de tanto tossir, a sério que risada. Até tenho um video, é mesmo de chorar a rir só com as figuras deles. E digo-vos que tiveram pelo menos meia hora à volta daquilo, a tentar “ultrapassar” o picante. Só diziam que a sensação de queimado estava a ficar pior, que nem beber água ajudava. Escusado será dizer que o desafio de conseguir a tal fotografia foi logo posta de parte.

Últimas horas em Edimburgo (primeira viagem)

Pequeno-almoço Inglês

Como não vale a pena fazer um post só por causa de umas horitas do dia seguinte, vou já me adiantando. Ao contrário do que pensava, o dia seguinte amanheceu lindíssimo, céu azul e completamente limpo e nem havia neve na rua, o que a mim, inexperiente nestas coisas, me surpreendeu. Mas digo-vos que estava mesmo muito frio, foi preciso muito agasalho aqui em Edimburgo. De manhã fomos todos tomar o pequeno-almoço lá num cafezito de Edimburgo e foi aí que experimentei pela primeira vez o Full English Breakfast, o famoso pequeno-almoço inglês com feijão e salsichas e ovos e a tudo o que tínhamos direito. Eu fiquei fã, talvez não para pequeno-almoço logo de manhãzinha, mas para pequeno-almoço/almoço, recomendo mil vezes. Ainda por cima experimentei um chocolate quente com laranja que era delicioso.

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E pronto, à tarde lá fomos de avião de volta para casa, sem ainda sabermos que iríamos regressar em Abril no ano seguinte.

Quarto dia em Edimburgo (segunda viagem)

Aqui começa a nossa segunda viagem a Edimburgo. Desta vez fomos numa quinta-feira à noite e viemos no Domingo a meio da tarde. Tínhamos já decidido algumas das coisas que queríamos fazer e ver. Em primeiro lugar na lista constava as coisas que não tínhamos conseguido fazer da última vez, como subir ao monte Holyrood e ir à experiência de whisky escocês. Outra das coisas que também queríamos fazer, mas até já tínhamos feito da última vez era voltar ao restaurante das asinhas de frango. Como os homens já se tinham esquecido como tinha sido há um ano atrás, agora voltavam a estar convencidíssimos que iam conseguir parar ao tal muro da fama. Não vou falar da quinta-feira à noite (dia da chegada), porque foi mesmo chegar, jantar em casa do meu primo e estar um bocado à conversa, e por isso vou  já passar para sexta-feira.

The Scotch Whisky Experience

Na sexta-feira de manhã mesmo antes de tomar o pequeno-almoço pusemos-nos a caminho do The Scotch Whisky Experience. Pois, aconselho a não fazerem o mesmo, aconselho a comerem qualquer coisinha antes para aconchegar o estômago.

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Começámos a tour por nos sentar numa espécie de sofá em forma de barril que se encontrava sobre uns carris e que parava várias vezes durante o percurso, onde havia sempre uma espécie de vídeo em que explicava os diferentes passos de como o whisky é feito. Também entrámos numa sala onde nos foi explicado os diferentes tipos de whisky que há, as suas diferenças não só de sabor mas também as diferenças de processamento e quais as áreas da Escócia de onde os vários tipo de whisky são oriundos e tradicionais.

No final entrámos para uma sala enorme onde se encontra a colecção de whisky que dispõem: é só cerca de quase 1350 garrafas de diferentes whisky, nada de especial! Obviamente que aqui se encontram garrafas raras de whisky como não podia deixar de ser. Para virem aqui visitar, existem vários pacotes ou vários bilhetes que se distinguem pelo que oferecem (e com isso também distintos preços) – podem ver aqui: https://www.scotchwhiskyexperience.co.uk/.

Nós escolhemos a Silver tour que nos deu direito a no final da tour experimentar, no bar, os 5 principais tipos de whisky que nos foram apresentados anteriormente (ah, não disse mas durante a tour pudemos experimentar um dos tipos de whisky da Escócia que mais tínhamos curiosidade  em provar).

Eu como não sou grande apreciadora de whisky acabei por beber mais o copo de água que vinha com os copos de whisky, para limpar o palato entre cada tipo de whisky, do que propriamente whisky. Mas mesmo assim, de barriga vazia não há maneira de resistir ao poder desta bebida e por isso já mais bem alegres, fomos comprar umas sandes para o almoço. Olhem nem sei bem se foi no Pret a Manger ou se foi no Costa, mas sei que em seguida foi subir e subir e subir.

Arthur’s seat

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A tão aguardada subida ao monte de Holyrood até ao topo conhecido como Arthur’s seat  (assento de Artur). Por acaso tivemos sorte que estava bom tempo para fazermos a tal escalada. Para isto aconselho que tirem umas horitas para subir a montanha com calma e para puderem explorar um bocadinho este monte. Acho que não preciso de dizer que a vista que se tem sobre a cidade do cimo do monte é magnífica.

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Jantar no Wings

Como vos tinha dito no início deste post quisemos ir outra vez jantar ao Wings.  Ainda não vos falei da decoração deste lugar por isso aqui vai: primeiro a tal Wall of Fame, chama-se na verdade Wall of Flame, acho que o nome indica que o molho deve ser um niquinho de nada picante. Da decoração alguns pode achá-la um bocado infantil, porque aqui se encontra banda desenhada com super heróis conhecidos, cartoons, miniaturas de diversas figuras bem conhecidas como é o caso dos tropers da guerra das estrelas. Desta vez os senhores meus acompanhantes, decidiram pedir as tais asinhas com o molho picante. Bem lá experimentar, realmente experimentaram, agora comer as 6 asinhas é que não mesmo. Eu experimentei um bocadinho de nada do molho, só mesmo na ponta da língua, e acreditem que tive a língua dormente por um bom bocado, por isso imaginem o que é comer 6 asinhas de frango envoltas naquele molho. Mas se quiserem aceitar o desafio já sabem: Wings em Edimburgo.

Com a história das Wings, esqueci-me de vos dizer. Antes de irmos jantar estivemos lá parados na Royal Mile porque na altura que fomos a Edimburgo estavam a gravar os Avengers: Infinity War. Tal como nós, havia lá imensa gente e assim tivemos quase duas horas especados a ver as gravações.

Depois do jantar, ainda passámos outra vez no lugar das gravações, demos uma volta em Edimburgo e acabamos a noite num pub.

Quinto dia em Edimburgo

Royal Botanic Garden Edinburgh

Como hoje o nosso primo também nos ia acompanhar, decidimos ir ao Royal Botanic Garden Edinburgh (Jardim Botânico Real de Edimburgo). Saímos depois de tomarmos um bom pequeno-almoço e seguimos a pé. Eu sou sempre adepta de passear a pé, porque é a maneira mais fácil de conhecer a cidade mais a fundo. Claro que desta maneira vê-se o melhor e pior da cidade. Principalmente hoje, porque o jardim botânico não se situa na parte mais conhecida da cidade. Mas não deixa de valer a pena visitar. A entrada para o jardim botânico é gratuito, se isto de alguma forma os preocupa.

Este jardim botânico é o centro cientifico de estudo de plantas, da sua diversidade e da sua conservação. Foi criado no século XVII por dois médicos para cultivo de plantas medicinais. Este local encontra-se divido em varias áreas, cada qual com as suas plantas específicas. Este é um local muito agradável para passear e ainda por cima tivemos sorte, porque estava um sol magnífico. Na volta, em direcção da casa do meu primo, aproveitámos para dar uma volta por esta parte da cidade, talvez menos turística mas sem perder a sua beleza. Edimburgo tem algo que vale a pena apreciar em cada canto, em cada esquina.

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Hoje íamos jantar em casa e já vos digo o  porquê. Primeiro o meu primo queria ir comprar uma pizza-kebab que disse que tínhamos que experimentar (foi na mesma loja da pizza frita, lembram-se de vos falar?) e depois porque tínhamos comprado umas garrafas de bebidas espirituosas para jogarmos um jogo que nós tínhamos levado de Londres: o Jenga, mas versão alcoólica. O principio do jogo é o mesmo do clássico mas cada peça tem “missões” relacionadas com beber. Da pizza confesso que não gostei muito, mas porque eu sou esquisita quando a carne tem aspecto assim mais duvidoso mas os homens gostaram muito. O jogo foi muito, muito engraçado. Fartámos-nos de rir e de beber e foi mesmo uma noite bem passada.

Almoço no The Black Fox

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Claro que acordámos tarde. Fomos almoçar a um pub chamado The Black Fox, e em seguida fomos a um café português só mesmo para beber café e comer um pastelito de nata. O português no estrangeiro não deixa passar estas oportunidades em branco. Andámos um bocadinho por essa rua, a ver se o efeito do álcool desaparecia completamente e a fazer tempo para irmos apanhar a camioneta para o aeroporto.

E assim acabou a nossa viagem (viagens) a Edimburgo. Uma cidade maravilhosa que nos acolheu por uns dias (com muita bebida e charme à mistura).

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